Nossa viagem começou em Betim (MG), no sábado, dia 16/04/16 e durou nove dias, durante os quais rodamos um total de 3.212 km. O período do ano foi escolhido para ficar entre o fim das chuvas no Sudeste e o início do frio nas Serras Catarinenses.
Os dias que antecederam a nossa partida foram marcados por várias reuniões maravilhosas, cada dia na residência de um casal. A curtição da viagem começava e a ansiedade só aumentava.
A viagem foi feita em três Harley-Davidson: Márcio Batata numa Electra e Robert Bodão e Milton Machado nas Heritage.
No primeiro dia saímos de Betim seguindo pela Rodovia Fernão Dias e depois pela Dom Pedro I até Itatiba (SP), onde fizemos nosso descanso no Hotel Pit Stop, depois de percorrermos 540 km. Boa opção pela localização e pela sua decoração, no estilo vintage, voltado para o automobilismo.
No dia seguinte descemos para Curitiba, passando pela estrada conhecida por Rastro da Serpente (SP-250/BR-476). Fizemos uma parada estratégica no Porthal Rastro da Serpente, em Capão Bonito, um bar temático para motociclistas muito bem montado, onde fomos bem recebidos e encontramos com outros motociclistas que também estavam curtindo aquele desafio.
Antes de partirmos e desafiarmos as 1.200 curvas em 280 quilômetros tivemos um pneu furado, mas como tínhamos ferramentas, compressor, reparador e câmara reserva, não tivemos dificuldades para resolver o problema e seguir viagem.
Muito bacana o trecho até Curitiba, mas nos primeiros 90 km até Apiaí (SP), o pavimento estava com muitos remendos e obras e foi preciso andar devagar. De Apiaí a Curitiba, com asfalto bom, foi só curtir as curvas. Foram 600 km nesse dia.
Percorremos os 300 km bastante movimentados da BR-101 até Florianópolis, onde encontramos nossas esposas Adriana, Bernardet e Keila, que foram de avião. Fizemos um tour pela cidade e conhecemos, além de Jurerê Internacional e outras belas praias, a diversidade da culinária da região, o distrito de Santo Antônio da Lisboa, região de cultura Açoriana, a Lagoa da Conceição e o Mercado Central, com destaque para o Box 32, onde comemos deliciosas ostras e outros frutos do mar. Conhecemos também a história do Manezinho da ilha, contada pelos nativos de Florianópolis.
O ponto alto da viagem foram os 281 km seguintes que incluíram a subida para São Joaquim pela Serra do Rio do Rio do Rastro, considerada pelo Jornal Britânico The Guardian como a quinta entre dez estradas de tirar o fôlego e um dos lugares mais espetaculares para se conhecer ao redor do mundo. Com muitas matas e cachoeiras, é um dos cartões-postais do estado. Localiza-se entre os municípios de Lauro Müller e Bom Jardim e fica a 1.421 m de altitude. O percurso da rodovia SC-390 é caracterizado por subidas íngremes e curvas fechadas, com vários grupos de motociclistas fazendo o percurso. Paramos nos mirantes para apreciar as paisagens e tirar fotos.
Em São Joaquim tomamos o tradicional café colonial, fomos à Festa Nacional da Maçã e tomamos os excelentes vinhos daquela região. Destaque para a educação e receptividade de todos com quem conversamos.
No dia seguinte retornamos para Florianópolis pelas belas paisagens da SC-416 e BR-282 (230 km). No mirante da chegada de Urubici, encontramos com outros grupos de motociclistas que subiam para São Joaquim e apreciamos o pinhão cozido, iguaria da região.
Em Urubici o Márcio Batata teve a oportunidade de relembrar o seu início de carreira como engenheiro e rever, inclusive, a simpática casa onde morou naquela cidade. Já em Florianópolis comemos a famosa sequência de camarão dos restaurantes da Lagoa.
Voltamos para Curitiba na sexta-feira do feriadão de 21 de Abril pela BR-101. A estrada estava com pouco movimento. Depois que chegamos fomos fazer um passeio e almoçar no tradicional Bairro de Santa Felicidade. Fomos também no Hard Rock Café Curitiba, um lugar muito bonito, que proporciona uma experiência única e vibrante aos fãs do Rock’ n’ Roll. Instalada no nobre Bairro do Batel, no coração da cidade e com capacidade para receber aproximadamente 360 pessoas.
Na manhã do Sábado, nossas esposas retornaram de avião e nós percorremos de moto até Betim, pela BR-116 e BR-381 com pernoite em Pouso Alegre, os 960 km finais desta maravilhosa viagem.
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