Expedicao Rio do Rastro e Corvo Branco

Depois de ter feito, no final de 2013, uma viagem até Curitiba, quando conheci as 1250 curvas da estrada do Rastro da Serpente e a famosa estrada da Graciosa, decidi que na próxima oportunidade faria outra viagem para conhecer a Serra do Rio do Rastro (SC-438) e a Serra do Corvo Branco (SC-439) as duas localizadas próximas à cidade de Urubici em Santa Catarina. Esse é o relato dessa viagem, que fiz com os amigos Glauco e Milton.

DIA 1 – São Paulo a Urubici, SC

Eu e o Glauco saímos de São Paulo às 6h30min da manhã e meia hora depois, quando chegamos a Embú, encontramos com o Milton, que havia saído de Campinas.

Rodamos no total do dia 840km pelas rodovias BR-116, BR-101 e SC-282, passando por Curitiba, Florianópolis e pelas Serras Catarinenses. Pegamos algumas reformas e trânsito na BR-116, mas fora isso, estradas e clima perfeitos.

Conseguimos pegar o pôr-do-sol na Serra Catarinense próximo a Uribici, um visual incrivel.

Chegamos ao nosso Hotel em Urubici às 20 horas, depois de 13 horas de viagens.

Check-in feito, foi o tempo de tomar um banho e comemorar nosso primeiro dia de aventura no restaurante Emporium Serra do Sol, regado à boa cerveja da região e belas porções de aperitivos.

DIA 2 – Serra do Corvo Branco (SC-439) e Rio do Rastro (SC-438)

Como chegamos e fomos dormir tarde no dia anterior, decidimos sair um pouco mais tarde do hotel hoje, às 10 horas.

Pegamos um roteiro com as atrações turísticas da região no Hotel (Urubici Park Hotel) e decidimos seguí-lo.

Conhecemos a Gruta de N. Sra. de Lourdes e depois seguimos para a Castacata Véu da Noiva.

De lá pilotamos rumo ao Morro da Igreja, onde fica a famosa Pedra Furada, onde realmente a aventura do dia começaria. O visual de cima desta Serra é maravilhoso e a maioria dos sites e reportagens sobre esta região utilizam a foto desse local. É possível ver todo o vale, a pedra furada, o mar ao fundo a aproximadamente 100 km de distância e acreditem, dá para ver a curvatura da Terra…

Uma dica, para entrar neste trecho: é necessário pegar uma autorização na cidade (sem custo).

Descemos a Serra sentido Serra do Corvo Branco, que possui o maior corte em rocha do Brasil, com 95 metros de altura.

Descemos a Serra do Corvo Branco, que no seu inicio é tão íngreme quanto a serra do Rio do Rastro e com curvas bem fechadas, permitindo passar apenas um carro de cada vez. Muitos ciclistas aproveitam para treinar, observar os carros se espremendo para passar e também ver a paisagem de todo o vale. Logo após as primeiras curvas começa o off-road, nada muito difícil e muito divertido.

No fim da serra a estrada de terra passa por algumas cidadezinhas como Grão Pará, Braço Norte, Orleans, São Ludgero e Lauro Muller, onde começa a famosa Serra do Rio do Rastro.

Abastecemos as motos e comemos um lanche rápido em Grão Pará, mas recomendo parar nas cidades seguintes, pois são um pouco maiores e possuem melhor estrutura para almoçar e abastecer as motos.

Subimos a Serra do Rio do Rastro no final do dia, o que nos permitiu ter todo o visual da serra e ainda o pôr do sol quando chegamos ao ponto mais alto, onde existe um restaurante, loja de conveniência e um estacionamento enorme, lotado de motociclistas e outros turistas. À noite a estrada, em seu ponto mais ingrime e de curvas fechadas, é iluminada, um espetáculo a parte.

O visual de cima também é fantastico, possibilitante ver todo o vale e novamente a terra se perde e se junta ao céu no horizonte.

Já era noite quando saímos para Urubici. Percorremos aproximadamente 80 km por outra bela serra, chegando ao hotel por volta das 21 horas.

Neste dia rodamos ao todo 240 km em 11 horas na estrada.

Comemoramos novamente no Emporium Serra do Sol, pois estávamos bem cansados e o restaurante fica em frente ao hotel.

DIA 3 – Passeios em Urubici e início do retorno para São Paulo

Hoje também saímos do hotel às 10 horas e seguimos novamente o roteiro do hotel para terminar de conhecer todas as atrações turísticas da região. Dessa vez o passeio seria mais curto, já que todas elas ficavam próximas à cidade.

Começamos visitando a Igreja principal da cidade. Ela não tem nada demais, além de uma arquitetura diferente das mais tradicionais.

Depois da igreja seguimos rumo por uma estrada de terra até a Cachoeira da Neve, mas não chegamos até ela porque fica dentro de uma propriedade particular e ainda teríamos que caminhar mais um quilômetro para vê-la. Não teríamos tempo suficiente, por isso desistimos.

De lá fomos para as Inscrições Rupestres e o Mirante. As inscrições são desenhos em rochas datadas de 4000 anos atrás. Me interesso bastante por este assunto, mas achei meio sem graça essas inscrições. 500 metros dali fica o Mirante, onde é possivel avistar toda a cidade de Urubici do alto, uma bela vista.

Aceleramos para a Cachoeira do Avencal, uma bela queda d’água no meio de um cânion, onde também existe uma gigantesca tirolesa.

Por último conhecemos o Morro da Cruz. Sinceramente, não esperava muito deste lugar, talvez por estar cansado ou mesmo ser o último do roteiro, mas para nossa surpresa o lugar é fantástico, primeiro pela subida em off-road para chegar até lá, que foi bem divertido, depois pelo visual e por fim pela formação rochosa do lugar, imperdível para quem está em Urubici.

Voltamos para a cidade e resolvemos almoçar, já que desde quinta, inicio da nossa viagem, não havíamos parado para almoçar direito. Escolhemos uma churrascaria na avenida principal da cidade e mandamos ver na carne. Como já havíamos feito todos os passeios da região, durante o almoço, decidimos começar o retorno para casa, assim quebraríamos os 840 km da volta em 2 dias. Sendo assim, fechamos a conta no hotel e às 15 horas partimos rumo a Curitiba.

Chegamos a Curitiba às 21 horas, depois de muita emoção na estrada, já que o trânsito do feriado estava pesado na BR-101 e eu, como estava com uma viseira fumê no capacete, tive que percorrer aproximadamente 300 km e 3 horas de estrada à noite com a viseira aberta, pois fechada não enxergava nada. Depois de bater vários bichos nos olhos e de lacrimejar durante umas 2 horas por causa do vento, o Milton me emprestou seus óculos escuros, isso mesmo, por incrível que pareça pilotei à noite de óculos escuros, pois assim consegui proteger os olhos dos bichos e do vento e ainda enxergava melhor do que sem… rsss… Não recomendo isso para ninguém e fica o aprendizado para as próximas viagens.

Em Curitiba, abastecemos as motos e fomos atrás de um Hotel. Depois de tentar o Ibis, que estava lotado, conseguimos nos Hospedar no Slaviero.

Foi o tempo de fazer o check-in, tomar um banho e cair no sono…

Fim do terceiro dia… e mais 450 km percorridos.

DIA 4 – Ultimo dia – Curitiba – SP

Acordamos às 8 horas, tomamos café e saímos do hotel por volta das 9h30min.

Pegamos a BR-116 com dia e climas perfeitos. Seguimos em bom ritmo e quando nos distanciávamos, nos reencontrávamos nos pedagios, que são vários neste trecho e as motos pagam.

Paramos apenas para abastecer e pegamos trânsito novamente em alguns pontos devido a reformas.

Chegamos a São Paulo por volta das 14h30min, depois de aproximadamente 430 km rodados.

Foram ao todo 1977 km percorridos em 4 dias, por belas estradas que cortavam belas paisagens.

Quero agradecer aos meus parceiros de viagem:

Glauco – meu parceiro desta e outras viagens
Milton – Nosso Iron Butt e sua Shadow Adventure…rsss
Lucas – Nosso novo parceiro de viagens e rico por natureza (nasceu em Riqueza-SC… rss)

… e a Deus por nos proteger durante todo o caminho, por nos agraciar com um clima perfeito durante toda a viagem e por ter nos dado condições para realizar mais esta Expedição.

Que venha a próxima!!!!!


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