Da Serra do Rio do Rastro até a Argentina

Aqui começa uma nova história. Eu fazia parte de um grupo com 4 motociclistas, que durante 4 dias viajaram juntos e se tornaram uma família. Em um determinado momento nós nos separamos e tomamos rumos diferentes: um foi para Florianópolis, dois para Curitiba e posteriormente para São Paulo e eu segui para Dionísio Cerqueira em Santa Catarina, na divisa com a Argentina, para percorrer as estradas daquele país.

Um trajeto de 660 km feito em um dia, de um total de 3.300 km de uma viagem que fiz com a minha Yamaha Fazer 250 Flex. É este trecho da viagem de moto que vou relatar para vocês.

Saindo de Lauro Müller, pela rodovia SC-390, passei pela indiscutível Serra do Rio do Rastro, com suas paisagens únicas, mais de 250 curvas e uma das obras rodoviárias mais imponentes do Brasil.

{loadmodule mod_custom,Anúncios Google Artigos}

Não é difícil encontrar pessoas que procuram realizar objetivos. Encontrei uma dessas pessoas em um dos mirantes da Serra do Rio do Rastro, – me perdoe esquecer seu nome -. Estava com uma BMW GS, saiu do Nordeste do Brasil e estava a caminho de Ushuaia. Foi o viajante que mais chamou a atenção dentre os que encontrei pelo caminho. Exemplo para quem tem vontade, mas não encontra motivação para realizar.

Viagem de moto serra rio rastro argentina

Falando em caminho, vou seguindo o meu. Logo depois de subir a Serra do Rio do Rastro cheguei a Bom Jardim da Serra. Com diversas opções de lazer e pontos turísticos, a cidade é muito apreciada pelos motociclistas. Um lugar obrigatório para conhecer e/ou ficar hospedado por dois dias pelo menos, sem falar da comida e sobremesas do Zeca’s. A Serra do Corvo Branco é outra atração obrigatória da região.

{loadmodule mod_custom,Anúncios Google Artigos}

Dando continuidade à viagem, percorri a bela rodovia SC–390, com suas retas, curvas, serras, cidades e vilarejos que ficaram na saudade. Na vila de Cruzeiro peguei a rodovia SC–110, que percorri um curto trecho até São Joaquim, onde fiz uma parada para abastecimento e esticar as pernas. Naquela cidade peguei a rodovia SC–114 que me levou até a cidade de Lages. Uma rodovia trafegável e sem muitos problemas.

Viagem de moto serra rio rastro argentina

A partir de Lages, o conceito de rodovia trafegável ficou para trás. A BR–282 é uma rodovia com emendas mal feitas no asfalto, onde os motoristas percorrem cada um por si e o resto que se vire. Dali para frente não tinha estrada maravilhosa, considerando que as demais foram um “tapete”. O desgaste da rodovia se explica pelo tráfego elevado de caminhões e a manutenção da rodovia à mercê da sorte. Mas nada que desanime, mesmo porque, de motocicleta, tinha menos dificuldades que os demais usuários da via.

Viagem de moto serra rio rastro argentina

As cidades iam passando como se fosse o ponteiro do relógio: Vargem, Campos Novos, Joaçaba, Vargem Bonita, Xanxerê, Xaxim, Águas Frias, Nova Erechim… Em Pinhalzinho me livrei da BR–282 e peguei a SC–160. Pensei comigo que iria melhorar, mas ledo engano.

{loadmodule mod_custom,Anúncios Google Artigos}

Deixando as estradas para trás, vamos dar um saltinho até a cidade de Saltinho (que trocadilho, não é Ninja? –
um amigo de motocicleta na cidade de Saltinho – kkk). A partir de Campo Erê percorri a SC–305 e peguei a saída para a SC–161 até Flor da Serra do Sul no Paraná e depois voltei para a divisa dos estados de Paraná e Santa Cataria.

Situação engraçada: estando em Santa Cataria, entrei no Paraná e voltei para Santa Catarina.

Cheguei a Dionísio Cerqueira, uma cidade bonita, com comida boa e tranquila para um passeio à tarde.

Viagem de moto serra rio rastro argentina

Foi um percurso de 660 km, boa parte tranquilo, mas com algumas adversidades, visual que mudava constantemente de cidade para cidade, nos fazendo pensar como este pais é grande em suas diferenças e regionalidades e lugares que poderíamos morar, mesmo porque, algumas delas, são grandes do ponto de vista econômico, mas isso é outra conversa.

No dia seguinte fui até Foz do Iguaçu pelas estradas Argentinas e pelo Parque de Foz do Iguaçu no lado Argentino.

{loadmodule mod_custom,Anúncios Google Artigos}

O investimento em um banco personalizado, ajudou a amenizar as horas pilotando e trouxe mais conforto para a viagem.

Só quero agradecer ao Senhor, por mais este momento, sem sustos e aventuras. Obrigado.

{gallery}1017/serra{/gallery}


Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *