1350 km pelas Serras Catarinenses

Como não tenho condições de fazer grandes roteiros devido à minha atividade profissional, a partir de Curitiba realizo trechos de até 700 km/dia nos raros finais de semana de folga. Nos dias 7, 8 e 9 de novembro, fui recordar as Serras Catarinenses que mais gosto, Rio do Rastro e Corvo Branco.

Parte 1 – Curitiba a Lauro Müller – Serra do Rio do Rastro

Às 16h30 da sexta-feira, saindo de Curitiba, fui para Lages percorrendo 370 km pela BR-116, que está muito boa de andar.

Seguindo pela SC-438 em direção a São Joaquim, foram mais 90 km de bom asfalto e curvas venenosas. Após jantar por lá, percorri mais 80 km até Lauro Müller, percorrendo a Serra do Rio do Rastro à noite, com uma temperatura de 12ºC, tempo limpo de noite estrelada, estrada praticamente só para mim e tomadas de curvas espetaculares.

Depois da diversão extrema, descendo e subindo a Serra, foi difícil arrumar um hotel ou pousada para pernoite, fecham todos cedo na região.

No sábado, após merecido descanso, voltei à Serra do Rio do Rastro para cumprimentar os quatis; Agora era seguir em direção a Urubici, por 100 km de uma estrada espetacular. Alguns trechos lembram o Rastro da Serpente com “esses” intermináveis, asfalto em bom estado e paisagem espetacular como em toda a região.

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Parte 2 – De Bom Jardim da Serra a Itapema do Norte via Serra do Corvo Branco

O roteiro planejado foi de Bom Jardim da Serra até Itapema do Norte via BR-101 a partir de Tubarão, passando por Urubici e pela Serra do Corvo Branco, totalizando 600 km.

Os primeiros 80 km, de Bom Jardim da Serra até Urubici, é feito em uma estrada muito boa, a SC-430. As curvas e “esses” lembram muito o Rastro da Serpente, principalmente a lição que, se errar alguma, vai adquirir um lote….

Urubici é uma cidade muito simpática, além de hospitaleira com motociclistas.

As fotos revelam um pouco do trajeto. Fico devendo somente o cheiro da estrada, que nesta época é de mel devido às flores da beira da pista. A viseira fica cheia de insetos e requer manutenção a cada parada.

Seguindo de Urubici, sentido Serra do Corvo Branco, o asfalto é um tapete, novo. Quando vir a placa de final de asfalto a 100 metros, é necessário conduzir com muito cuidado, pois a estrada de terra começa com muita pedra solta e chega rápido.

De Grão Pará até Braço do Norte e Gravatal (termas) a estrada está boa, mas também requer cuidado, pois é região turística com muito motorista distraído. Chega-se a Tubarão e a BR-101, com obras em Laguna e trânsito intenso. Depois foram 350 km de arame torcido até Itapema do Norte.

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Parte 3 – de Itapema do Norte/SC a Curitiba

Esta poderia ser feita via BR-101, ou BR-277, mas nada melhor que voltar a Curitiba pela Estrada da Graciosa, antiga ligação da Capital Paranaense com o Litoral. Fico a me perguntar o desafio que era empreendido para suplantar esta estrada por caminhoneiros em seus Alfas Romeos (FNM). Subidas muito íngremes, estreitas e sem acostamento, na pedra, deveria ser uma aventura a cada viagem ao calor da serra e seus mais de 40º no verão rumo ao porto de Paranaguá…

De Itapema do Norte via ferry boat se atravessa a baía de Guaratuba até Caioba, após via Alexandra e trecho na BR-277 até Morretes, onde começa a Serra da Graciosa. Morretes é uma cidade turística com bons hotéis e pousadas e o famoso prato do litoral paranaense, o Barreado.

Foram 1.350 km bem aproveitados, parando quando queria e ficando o tempo necessário. O interessante é que nestas paradas nunca fico sozinho, sempre vem alguém conversar, contar que já teve moto ou ainda quer comprar uma e fazer estas viagens descritas aqui pelo site. Devido às boas dicas que encontrei aqui, me sinto na obrigação de relatar os trechos que percorro e fico à disposição dos Amigos Motociclistas para esclarecer suas dúvidas.

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Forte Abraço,

Dinho Sprenger


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