Fomos para Cuba! De Harley

Procurando um destino para nossas férias, deparei com uma reportagem sobre um tour em Cuba de Harley-Davidson. Ficamos curiosos e fizemos contato pelo site. Era a empresa de turismo La Poderosa Tours organizada pelo filho do Che Guevara e Camilo, seu amigo.

Os dois amantes de motos Harley-Davidson, que restauraram e pilotam uma PANHEAD e uma FLATHEAD de 1947. Eles iniciaram suas atividades em dezembro de 2014 e o nome da empresa é em homenagem ao apelido dado por Ernesto Che Guevara e Alberto Granado à Norton 500 que usaram em sua viagem em 1952 pela América Latina.

Verificamos os roteiros oferecidos e escolhemos o de 9 (nove) dias chamado de Crocodilo Verde (o formato da ilha se assemelha a um crocodilo). Após os contatos iniciados em janeiro, embarcamos para Havana no dia 11 de abril de 2015.

Cuba

Chegamos a Havana e, como sempre, pagamos o primeiro mico: esquecemos que era para esperar o nosso translado na área VIP. Por sorte, no balcão de informações, encontramos nosso motorista. Ele nos levou para o Hotel Nacional, que é belíssimo!

Na sequência, Ernesto e José nos levaram as motos para escolhermos: uma Dyna ou Ultra. Ficamos com a Dyna em um primeiro instante para o passeio por Havana e depois trocamos pela Ultra. No dia seguinte conhecemos o grupo: Karl e Marian – um casal alemão, John – inglês e William – americano irlandês e a equipe completa que nos acompanhou: Ernesto, Camilo, José, Dyone e Eliezer. Maria e eu éramos os primeiros brasileiros a fazer o passeio.

No primeiro dia, passeamos por Havana e arredores, fomos às fortalezas que circundam a cidade, da época da colonização espanhola, depois pela Praça da Catedral. Voltamos ao hotel, jantamos e vimos um show, indo dormir em seguida.

Cuba

Saímos de Havana no terceiro dia pela Autopista que corta a ilha pelo meio e não é muito movimentada. As estradas em geral não o são. Conhecemos Cienfuegos, cidade industrial e litorânea. É uma cidade de colonização francesa de 1700, a única em Cuba.

Almoçamos em uma marina onde haviam vários barcos, em um excelente restaurante. Um lugar agradável e bonito.

Fizemos uma parada no Museu que homenageia Camilo Cienfuegos, um dos revolucionários cubanos e rumamos para Trinidad. Uma cidade histórica datada de 1500, de colonização espanhola. Ficamos em um hostel muito gostoso e fomos muito bem tratados.

Descansamos e fomos jantar. É uma cidade com muitos jovens turistas, vários hostels e paladares (restaurantes caseiros). Com belíssimas construções, tem uma escadaria perto da igreja, que é o point da moçada e para dançar a salsa. Jantamos em um excelente restaurante perto da escadaria. Esse aspecto é digno de nota: servem muito bem, uma comida saborosa, tudo muito cuidadoso.

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No dia seguinte (4º dia) conhecemos a cidade com o guia e partimos para Cabo de Santa Maria. Aí, ficamos maravilhados! Cruzamos por uma estrada dentro do mar, algo em torno de 40 km. Parecia que estávamos indo mar adentro, pois em alguns momentos não víamos nada além do mar. Chegamos ao Resort Cayo de Santa Maria. Lindo e nada a dever aos conhecidos no Brasil. É do Estado, aliás, todos o são. Um mar maravilhoso, transparente, limpo, tudo de bom! Estava tudo incluído. Era só ficar de papo para o ar!

Ficamos um dia e meio (dois pernoites). Cruzamos novamente a estrada dentro do mar (6º dia) e fomos para Santa Clara. Para nós o principal da viagem: conhecer o trem blindado, o memorial, museu e mausoléu em homenagem a Ernesto Che Guevara.

Esse evento foi decisivo na Revolução, pois a coluna do Che Guevara com 300 homens descarrilou o trem blindado que vinha com 3000 soldados, armas, munições e suprimentos de Havana para Santiago de Cuba, com o objetivo de acabar com o movimento revolucionário e fortalecer o Governo de Fulgêncio Batista.

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Fomos ver o local onde o trem blindado foi descarrilado. Eles organizaram os vagões na mesma posição e o trator buldozer utilizado na ação. Depois fomos ao memorial. Fizemos a visita acompanhada pela diretora do memorial, que relatou a história completa. Inclui o monumento, o museu e o mausoléu com os restos mortais dos guerrilheiros assassinados juntos com Che Guevara na Bolívia em 1967.
Fomos para um hotel muito bacana para pernoitarmos, jantamos e vimos um show muito bonito na beira da piscina.

Voltamos para Havana no dia seguinte. No final de tarde, Maria e eu fomos conhecer La Bodeguita del Médio, onde Ernest Hemingway escreveu suas obras maravilhosas, como O Velho e o Mar e tomava mojitos. Saboreamos alguns mojitos também!

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No sábado faríamos mais um passeio em um lugar perto de Havana. Maria e eu optamos por ficar em Havana para conhecer o Museu da Revolução e a Praça de Armas. Ernesto foi muito gentil e nos acompanhou. Fizemos esse passeio de moto por Havana. Ao final nos levou para uma casa para apreciadores de charutos, cujo dono tem a plantação de fumo e fabrica os charutos. Fantástico!

Retornamos ao hotel, entregamos a moto. Retornamos ao Centro Histórico para almoçar e conhecer a Praça Velha e Igreja de São Francisco.

Vieram nos buscar para o jantar de despedida, que foi em um excelente restaurante. No dia seguinte, um táxi nos buscou no hotel e nos levou ao aeroporto. Retornamos ao Brasil felizes e extasiados por termos escolhido esse passeio em nossas férias anuais!

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Osvaldo Gradella Júnior e Maria Bueno


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