Aventura sobre duas rodas até o Alaska

Três motociclistas partiram neste sábado, 14, da cidade de São José do Rio Preto em São Paulo rumo ao Alasca, Estado americano no extremo norte do planeta. Uma aventura de 22 mil quilômetros até chegar ao destino. No trajeto, eles vão passar por cidades de 15 países, incluindo aqueles politicamente instáveis e sujeitos a turbulências, como a Venezuela, Colômbia e Guatemala.

Vai ser a viagem dos sonhos, vamos ter histórias para contar por várias gerações”, diz o engenheiro e empresário Josenaldo Tavares, de 59 anos, um dos três aventureiros que vão se arriscar na viagem. Os outros dois são o empresário do ramo da construção civil Fábio Moscardini, de 38 anos, e o juiz federal Dasser Lettiere Júnior, 50 anos. Amigos há pelo menos 10 anos, eles tiveram a ideia de ir ao Alasca em suas motos superpotentes – os três têm do mesmo modelo, a BMW GS 1200, que chega a custar R$ 80 mil – quando conheceram um grupo de motociclistas em uma viagem, também de moto, a Táquina, no Equador.

“Estávamos hospedados em um hotel, quando um grupo de brasileiros, de Santa Catarina, viu nossas motos e perguntou se fazíamos parte de algum clube de motociclistas. Dissemos que sim, ficamos amigos e eles nos contaram sobre um desafio que existia no grupo do qual faziam parte”, conta o juiz. O grupo chama-se “Fazedores de Chuva”, que dá títulos para motociclistas que conseguem realizar certos desafios. “Eles nos contaram que um dos desafios era ir de Ushuaia, na Argentina, até o Alasca, mais precisamente até a cidade de Prudhoe Bay. Caso o desafio fosse realizado e documentado com fotos e vídeos, os motociclistas recebem o título de “Cacique fazedor de chuva”, conta Dasser.

Para chegarem seguros até o Alasca, os três estão levando itens essenciais para os contratempos que podem encontrar no caminho: capacetes extras, camisetas de dry fit (que permitem a evaporação rápida do suor), luvas, calças, jaquetas de couro, ferramentas para consertar problemas mecânico, peças extras, como pastilha de freios. Eles também mandaram fazer um adesivo próprio que vão colocar nos postos pelo caminho. “Dessa forma, um grupo reconhece o outro”, diz o empresário Fábio Moscardini, ao falar dos adesivo, uma espécie de ritual entre eles.

Alaska 2

A viagem está toda planejada e os pontos de partida e chegada marcados em uma planilha. Eles estimam gastar cerca de US$ 15 mil dólares (cerca de R$ 50 mil) cada. Só de gasolina os três devem queimar 1,5 mil litros cada. “Nosso maior medo é da corrupção e da violência pelas estradas. Mas estamos confiantes no nosso planejamento. Durante oito meses estudamos todos os detalhes da viagem: vistos, vacinas, autorizações, hotéis e as despesas diárias”, diz Tavares.

Na volta, os três vão do Alasca até Miami de moto. Lá despacham as motos em um avião para o Equador e voltam para o Brasil também de avião. “Por incrível que pareça, é mais fácil despachar as motos para o Equador do que para o Brasil”, diz Tavares. O problema é a burocracia brasileira, explica.

A viagem está prevista para durar três meses. “Vamos chegar lá no verão, mas mesmo assim devemos enfrentar temperaturas bem baixas, em torno de 2 ºC. Hoje, por exemplo, estava fazendo – 36ºC lá”, conta Dasser.

Fonte: http://www.diarioweb.com.br


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