Belo Horizonte – Ushuaia

Foram 13.700 km percorridos em 22 dias, durante os quais chegamos ao fim do mundo e voltamos. Descemos pela Ruta 40, onde pegamos rípio e voltamos pela Ruta 3, onde impera o vento. Vimos os oceanos Pacíficos e Atlântico, cruzamos o deserto, acompanhamos a Cordilheira dos Andes e atravessamos mares e rios.
Encontramos neve, sol forte e chuva. A temperatura variou entre -2 e 40 graus. Sempre acelerando, rimos… choramos… mas seguimos em frente.

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Andar de moto é fazer amigos e passar por tudo que passamos é nos tornar irmãos.

Pegamos longas estradas, muitas retas que começaram no Rio Grande do Sul e só terminaram na serra antes da chegada à cidade de Ushuaia.

Temíamos o rípio, mas ficamos mais impressionados com o vento. O problema é que na Ruta 40 junta-se os dois aí o desafio aumenta bastante.

O rípio de quem segue pela Ruta 3 é quase asfalto, batido pelos caminhões (único acesso ao fim do mundo) dava para andar a mais de 100 km/h. Já na Ruta 40 ele é solto, pouco batido, porque os caminhoneiros optam por dar a volta e andar 600 km a mais para não pegar aquela estrada. Na Ruta 40 não passávamos de 30 km/h.

Buracos nas estradas de asfalto eram quase nenhum. Depois da fronteira, quando entramos em terras argentinas, eles desaparecem.

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Surpresa foram os postos de abastecimento. Nesta viagem usamos várias vezes os galões com combustível. Recomendo 10 litros por moto. Postos existem, porém não são abastecidos pelas companhias. É muito comum chegar ao posto e se deparar com o desabastecimento. Outra novidade foram as longas filas, que chegaram há mais de uma hora, nos postos onde havia gasolina.

As motos se comportaram super bem. A BMW deu problema nos comandos esquerdos logo na saída de Belo Horizonte e perdeu o logotipo esquerdo com a vibração no rípio. As Triumph Tiger tiveram muito problema de marcha lenta, não se adaptando à mudança de temperatura ou de combustível. Uma das Tiger teve o protetor de corrente partido com a vibração.

As paisagens da viagem são surpreendentes. Atravessar o deserto, neve, rios e mares deixa a viagem muito mais emocionante. Por isso vale a pena descer pela Ruta 40 e subir pela 3 ou o inverso. O importante é passar pelas duas estradas.

Gostaria de terminar brindando à adversidade!!! Pois é ela que, uma vez contornada ou superada, nos torna melhores seres humanos.

Os aventureiros

Malco Camargos – BMW F800GS 2013
Filipe Camargos – Triumph Tiger 800 XC 2013
Gustavo Camargos – Triumph Tiger 800 XC 2013

Roteiro realizado

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