Viagem de Ténéré 250 pelo Sul do Brasil, Uruguai e Argentina

Vou compartilhar com vocês o relato de uma viagem que eu fiz com minha esposa em uma Yamaha Ténéré 250cc. Foram 9 mil km percorridos em 24 dias para conhecer várias atrações de Minas Gerais, Sul do Brasil, Uruguai e Argentina.

Saí de Goiânia em direção a Belo Horizonte (MG), onde fiquei quatro dias visitando parentes e percorrendo alguns trechos da Estrada Real. Fui também até a cidade de Conceição do Mato Dentro para visitar a Cachoeira do Tabuleiro, a maior do estado de Minas Gerais e a Terceira do Brasil em altura, com 273 metros de queda livre.

Viagem de moto pelo Sul do Brasil

De Belo Horizonte fui para Capão Bonito (SP) a partir de onde percorri toda estrada conhecida como Rastro da Serpente até Curitiba (PR).

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Em Curitiba busquei minha esposa no Aeroporto. Ela não fez toda a viagem de moto comigo porque só tirou 20 dias de férias e como eu tinha 30 dias, fiz uma parte do trajeto sozinho. De Curitiba seguimos para Urubici (SC), onde fomos conhecer o Morro da Igreja, cascatas Avencal e Véu da Noiva e a Serra do Corvo Branco. Passamos por São Joaquim e depois percorremos a fantástica Serra do Rio do Rastro. Nas serras de Santa Catarina, pegamos as menores temperaturas do ano lá registradas.

Viagem de moto pelo Sul do Brasil

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Da região das serras de Santa Catarina seguimos para Chui (RS). No meio do caminho, conhecemos o Sr. Guerra, muito gente boa, que nos acompanhou durante um dia por quase 500 quilômetros. Grande Sr. Guerra! Ainda nos presenteou com um colete que dizem ser obrigatório no Uruguai, mas acho que para turistas não é obrigatório não!

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Passamos pela Estação Ecológica de Taim. Lugar lindo, com muitos animas, mas infelizmente vimos alguns deles mortos na pista.

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Entramos no Uruguai e percorremos todo o litoral. No primeiro dia naquele país, dormimos em Punta del Diablo. No dia seguinte fomos até a vila de Cabo Polônio, que fica em meio a dunas. Toda a região de Cabo Polônio é protegida e declarada reserva natural da biosfera pela UNESCO, por isso somente carros autorizados podem entrar no local. Turistas vão em caminhões 4×4 e o passeio é bem legal! Até pouco tempo atrás não tinha nem energia elétrica por lá. Atrás do farol de Cabo Polônio se avistam muitos Lobos Marinhos.

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De Cabo Polônio seguimos até Punta del Este, onde ficamos dois dias descansando um pouco e conhecendo a cidade e a região.

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De Punta seguimos para conhecer um pouco de Montevidéu.

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Passamos também por Colonia del Sacramento, uma cidade muito bacana e onde vimos um pôr do sol lindo sobre o Rio de la Plata.

 

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De Colonia atravessamos para Buenos Aires através do Buquebus.

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Em Buenos Aires saímos para conhecer alguns lugares, mas a Juliana, minha esposa, perdeu o celular e não quis mais andar pela cidade. Ficou chateada é claro, e ficamos lá só por um dia, pois com o real desvalorizado ficou complicado. Gasolina no Uruguai já estava cara, mais de 7 R$. Na Argentina estava quase 6 R$ o litro, preços fora do normal para brasileiros. Vimos pão com Presunto saindo por 35 reais, só para ter uma ideia… Mas deu para conhecer o La Bombonera, Cementerio de la Ricoleta, e mais alguns lugares.

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Mas o principal motivo de ter atravessado para a Argentina foi ir ao Zoológico de Luján, onde os visitantes entram nas jaulas de felinos, tem contato direto com eles e com outros animais. Para quem é apaixonado por animais como eu, o passeio é demais!

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De lá, seguimos para o Uruguai rodando, para não ter que pagar o Buquebus de novo. Fomos pela Argentina até Collón, atravessamos a ponte sobre o rio Uruguai, dormimos em Paysandú e no dia seguinte fomos em direção a Rivera.

Pegamos um trecho de quase 300 km sem postos de combustíveis e quase ficamos no meio do nada sem gasolina! Eu sabia que iria andar esse trecho sem postos, mas aconteceu que a gasolina que abastecemos era de má qualidade e soltou até água pelo escape. Além disso, tinha muito vento contra e no meio do caminho foi baixando rápido demais. Mas no final deu tudo certo. Chegamos a Rivera e fomos fazer compras, mas com o dólar custando o olho da cara, não estava tão bom.

No sul do Brasil passamos por Gramado, onde ficamos por dois dias. Nós já conhecíamos e gostamos muito da cidade. Não só de lá, como de todo sul do Brasil. Ficamos também em Florianópolis, na casa de amigos.

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Depois fomos até Curitiba passando pelo Litoral, para chegar a Morretes e percorrer a Serra da Graciosa.

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Passamos um dia em Curitiba também, onde fomos a alguns parques e ao Jardim botânico. Depois minha esposa pegou um voo até Goiânia e eu fui rodando até chegar à minha casa.

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A moto:

Se comportou muito bem na viagem, bem confortável. Principalmente para eu que saí de uma CB 300, ela é muito confortável. Usamos 3 baús de 40 litros. A coitada levou muito peso, por isso perdeu muita força com o vento contra. Na Rodovia BR 101 descendo para o sul ela fez a pior média, 18 km/litro por causa do vento contra bem forte, que fazia a moto frear por causa dos baús laterais. Mas tirando o vento contra, ela manteve média de 24 a 26 km/litro a uma velocidade de 90~100 km/h.

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Tivemos problema com os rolamentos da roda traseira, que começaram a fazer barulho, mas foram trocados facilmente na cidade de Torres (RS). Se tivesse sido no Uruguai não sei o que teria sido de nos! (risos). Tive também um pneu furado por prego, mas eu ainda estava em Belo Horizonte. Tirando isso, nem a corrente de transmissão desregulou.

De prevenção, levei de reserva uma câmara de ar para o pneu traseiro, corrente e uma daquelas latas de spray que enchem e remendam pneu.

Essa viagem foi também um teste para a minha esposa, que nunca tinha feito uma grande viagem de moto. Foi aprovada e adorou a viagem, tanto que já começamos a pensar no próximo destino, antes mesmo de ter acabado essa.


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