Um grupo de amigos que já tinha viajado para assistir à final do Rally Dakar 2012, em Lima, no Peru, decidiu fazer outra viagem para assistir a final da edição de 2013, que ocorreria em janeiro de 2013, em Santiago, no Chile. A viagem incluiu o Brasil e três países da América do Sul, Paraguai, Argentina e Chile. O destino principal da viagem foi San Pedro de Atacama, cidade que está localizada no Deserto do Atacama.
O grupo, as motos e o roteiro
Os oito aventureiros são | ||
Noaman Alencar | Cuiabá | BMW R 1200 GS Triple Black |
Humberto Alencar | Cuiabá | BMW F 800 GS Trophy |
João Luiz Oliveira | Cuiabá | BMW F 800 GS Trophy |
Nilson Antonio Eckert | Campo Verde | BMW R 1200 GS Adventure |
Dean Souto | Barra do Bugres | Yamaha Super Ténéré 1200 |
Luiz Paulo Cordeiro | Campo Grande | BMW R 1200 GS Adventure |
Everton Meirelles | Campo Grande | Suzuki DL 1000 V-Strom |
Júlio Modesto | Porto Alegre | BMW R 1200 GS |
DIA 05
Às 05h40 partimos de Cuiabá, MT rumo a Aral Moreira, MS. Este trecho é o mais longo da viagem (cerca de 1.100 km).
De Cuiabá, partiram Noaman Alencar, Humberto Alencar e Dean. Em Rondonópolis, MT, o Nilson, que saíra de Campo Verde, MT, integrou a turma.
A viagem transcorreu bem. O trecho de Cuiabá a Rondonópolis, como sempre, tem um trânsito intenso de veículos pesados e o tempo estava fechado, com um pouco de neblina até a Serra de São Vicente.
De Rondonópolis até Coxim a estrada está em bom estado de conservação, e o clima estava ensolarado e agradável, permanecendo assim até Campo Grande.
Chegamos em Campo Grande, MS por volta das 13h30. Os companheiros Luiz Paulo e Everton nos aguardavam para o almoço e também integraram o grupo.
Lá também estavam alguns companheiros motociclista dos Bodes do Asfalto, que nos receberam com muita simpatia.
De Campo Grande até Dourados o Sol nos castigou sem piedade. Temperatura elevada e um calor sufocante. Em Dourados, durante o abastecimento, caiu uma chuva que durou uns 10 minutos.
Saímos de Dourados com um calor insuportável e o impiedoso Sol frontal que nos ofuscava. Assim foi a viagem até Aral Moreira.
Por volta das 19h, chegamos em Aral Moreira, MS, onde o nosso companheiro João Luiz e sua família nos esperava para o jantar, a base de carne de carneiro, criados em sua chácara.
Na chácara já estava, também, o companheiro Júlio, que chegara de Porto Alegre e integrou a nossa caravana.
Depois de algumas cervejas, jantar, muito papo e risadas, o grupo foi dormir por volta da meia noite.
Dia 06
Fomos para Ponta Porã, onde os companheiros de viagem fizeram algumas compras no Shopping China.
Como o calor estava elevado, ficamos na piscina do hotel, tomando umas cervejas geladas, aguardando a abertura da aduana paraguaia que, aos domingos, só funciona depois das 19h.
O companheiro Everton, por motivo de compromisso profissional, retornou para Campo Grande e, posteriormente, se juntou à caravana em San Pedro de Atacama, no domingo, dia 13.
Dia 07
Por volta das 06h30 saímos de Ponta Porã e entramos no Paraguai, por Pedro Juan Caballero, seguindo para Assunção.
Chegamos em Assunção por volta de meio dia, nos acomodamos e almoçamos no Hotel Los Alpes.
De Pedro Juan Caballero até Assunção a rodovia é bem conservada, sem buracos, poucos quebra-molas e pouco trânsito de veículos.
O Clima estava agradável na maior parte do trajeto. Em Assunção a temperatura estava elevada, com muito Sol.
Mais tarde fomos à concessionária BMW, onde fizemos as revisões nas motos de Noaman Alencar e Humberto Alencar.
Alguns companheiros compraram peças e colocaram acessórios nas suas motos, por menos da metade do valor que se paga no Brasil.
Depois de pegar as motos, voltamos para o hotel onde a turma foi para um banho na piscina acompanhados de uma cerveja bem gelada.
Dia 08
Estamos em um grupo democrático. Na noite de ontem, por maioria, o pessoal resolveu alterar a programação e o roteiro. O dia seria livre para passeio e compra em Assunção. Como as motos foram revisadas no dia anterior, o grupo resolveu partir hoje e alterar o roteiro para evitar o trajeto reto do pampa argentino, entre as cidades de Presidência Roque Saenz Pena e Salta. O novo destino escolhido foi Termas do Rio Hondo.
No dia anterior, tivemos dificuldade para encontrar o pneu traseiro da moto do Humberto e o dianteiro da moto do Dean.
Saímos do hotel por volta das 08h30 e, depois de muita procura, encontramos apenas o pneu para a moto do Humberto. A dificuldade para encontrar o pneu e a demora para a troca, consumiu meio dia.
Chegamos no hotel e, após o banho, almoço e arrumação da bagagem, partimos para a estrada, por volta das 14h30.
Chegamos na fronteira por volta da 15h30 e os procedimentos de saída do Paraguai e entrada na Argentina foi rápido e tranquilo.
No trajeto de Clorinda para Resistência, o GPS de um dos nossos companheiros indicou uma rota diferente, que nos fez rodar um pouco mais, por estradas ruins. O Sol castigou o grupo. O calor era intenso com um Sol frontal e ofuscante.
Chegamos em Resistência por volta das 20h, onde resolvemos dormir. Lá encontramos um grupo de motociclistas de São Paulo, que está fazendo o mesmo trajeto. O Grupo está de Gold Wing, BMW GTL e GS.
Depois de uns sanduíches e refrigerantes, o grupo, que estava muito cansado, foi dormir para partir às 5h.
Dia 09
Por volta das 5h, saímos do hotel e seguimos para Termas do Rio Rondo.
A nossa primeira parada foi realizada em Presidência Roque Saenz Pena, onde abastecemos as motos.
A partir daí pegamos estradas ruins, e o pior, em Quimili não tinha gasolina no único posto da cidade. Encontramos o grupo de São Paulo com o mesmo problema. O pessoal da polícia local conseguiu 55 litros de gasolina em uma casa que vendia o combustível, compartilhados pelo nosso grupo e o deles.
Na próxima cidade, Suncho Corral, também não tinha gasolina. Compramos alguns litros do combustível um uma residência, pelo dobro do preço.
A estrada (se podemos chamar assim) de Suncho Corral até próximo a Santiago del Estero é de concreto, bastante danificada, com umas lombadas perigosas e em meia pista. Alguns caminhões nos deram passagem, outros não. Foi um dia de desafios.
O Sol forte e o calor intenso castigou o grupo mais uma vez. Não paramos para almoçar, pois só tivemos tempo para um lanche, próximo a Santiago del Estero.
Por volta das 17h chegamos em Termas do Rio Rondo. O hotel Michel, que foi reservado pela internet, não apresentava as menores condições de uso, pois as instalações eram velhas, os quartos com carpete e um cheiro de mofo insuportável.
Encontramos o Hotel Casino Amerian. O hotel, cinco estrelas, é um espetáculo, novo, confortável e com um atendimento nota 10.
Apesar de famosa, esta cidade não se compara a Caldas Novas. O complexo da Pousada do Rio Quente é muitas vezes superior.
Dia 10
A turma acordou tarde, por volta das 9h.
Durante o café da manhã, um senhor argentino, de 66 anos, motociclista, acostumado a viajar por vários países e já tendo feito a nossa rota várias vezes, com seus filhos, também motociclistas, nos passou várias dicas importantes.
Saímos de Termas do Rio Hondo, rumo a Salta, por volta das 12h30.
A Ruta 09, nesse trecho, é uma estrada muito boa e duplicada na maioria do percurso.
Hoje foi o dia mais tranquilo da viagem. O trecho, também, foi um dos menores do percurso, cerca de 350 km. O clima estava bom, em alguns trechos um pouco nublado e, em outros, ensolarado. A temperatura média foi de 30 graus.
Chegamos a Salta por volta de 17h30 e nos acomodamos no Hotel Almeria.
Dia 11
Passeio pela bela cidade de Salta.
Salta é uma cidade argentina, capital da província de Salta e uma das mais importantes cidades do noroeste do país. Fica localizada a leste da cordilheira dos Andes, no fértil Vale de Lerma, a cerca de 1.187m de altitude.
Sua localização geográfica é estratégica para as comunicações com a Bolívia e o norte do Chile. É também centro de uma importante região agrícola (principalmente na produção de grãos): milho, tabaco, cereais, cana de açúcar, etc, que são exportados para a Europa via Buenos Aires ou para a Califórnia e mercados do Pacífico pelo porto chileno de Antofagasta.
É uma sede episcopal. Conta com duas universidades (uma delas é a Universidade Nacional de Salta), e numerosas instituições educativas de nível superior, incluindo vários museus e bibliotecas.
Famosa por sua arquitetura colonial, em anos recentes Salta veio a tornar-se um importante centro de turismo. Por seus atrativos recebeu o apelido de Salta, la Linda (“Salta, a linda”). De acordo com os estudiosos, a palavra salta foi produto de uma deformação da palavra aimará (os indígenas originais) sagta, que significa la hermosa (“a formosa”), e por fim finalmente permaneceu “Salta, a formosa” ou “linda”, como se diz atualmente.
A cidade foi fundada em 16 de abril de 1582 pelo espanhol Hernando de Lerma, cumprindo ordens do vice-rei do Peru, Francisco de Toledo, que tinha o objetivo de criar uma escala na rota entre Lima e Buenos Aires. Durante o período colonial a população cresceu rapidamente pois era abastecedora de matéria-prima para a opulenta Potosí. Fez parte do vice-reino do Peru até 1776, quando a Coroa espanhola criou o vice-reino do Rio da Prata. Em 1783 foi designada capital da Intendência de Salta del Tucumán.
Nos tempos da Guerra da Independência da Argentina, a cidade foi quartel-general das expedições ao Alto Peru e na luta contra os realistas (espanhóis e pró-espanhóis), onde se destacaram os esquadrões de gaúchos (peões camponeses) ao mando do General Martín Miguel de Güemes. Em 1813, as tropas argentinas ordenadas por Manuel Belgrano conseguiram a decisiva vitória sobre os realistas na Batalha de Salta, sucesso bélico que deixou praticamente livre a maior parte do território argentino.
Após a independência em 1816, Salta foi arruinada economicamente e submergiu num período de decadência por boa parte do século XIX. A retomada começou na década de 1890, com a chegada da ferrovia e a radicação de numerosos imigrantes espanhóis, italianos e árabes (sírios e libaneses em particular), e a economia local ganhou novo vigor.
Desde meados do século XX a cidade experimenta um acelerado crescimento demográfico, passando de 115 mil habitantes em 1960 a quase 500 mil na atualidade. (wikipedia.org)
Dia 12
Chegou o dia da subida da majestosa e imponente Cordilheira dos Andes.
Por volta das 06h30, saímos do hotel e seguimos rumo a San Pedro de Atacama, no Chile.
Foi o dia perfeito para motociclistas. Até o início da subida da cordilheira a temperatura estava agradável e, durante a subida a temperatura ia caindo, até chegar a 3 graus em alguns pontos e 30 graus em outros.
Paramos várias vezes para tirar fotos, inclusive no salar argentino, um imenso altiplano desértico, formado de sal.
Depois de Susques (Argentina) onde paramos para almoço e abastecimento, pegamos um vento lateral muito forte e frio, em uma altitude superior a 4.000 metros.
Próximo a Paso de Jama (fronteira da Argentina com o Chile) caiu uma rápida chuva que, por causa da baixa temperatura, os pingos se transformavam em gelo.
Saímos da Argentina pela aduana de Paso de Jama e os procedimentos foram rápidos e sem problemas.
Fizemos a entrada no Chile pela aduana de San Pedro de Atacama, distante 170 km da fronteira com a Argentina.
Os procedimento de entrada no Chile foram mais burocráticos e rigorosos, com alguns formulário para serem preenchidos e uma completa revista nas bagagens das motos.
Chegamos no Hotel Takha Takha em San Pedro de Atacama por volta de 18h30.
As estradas nas cordilheiras Argentinas estão em bom estado de conservação com cascalho nas curvas (e são muitas curvas) e alguns pedaços (poucos) com asfalto danificado.
Da fronteira do Chile até San Pedro de Atacama a rodovia é um espetáculo, bem conservada e bem sinalizada.
Resumindo: curvas, frio, altitude, chuva, vento e sol.
Dia 13
Às 4h saímos para um passeio pelo parque Tatio, região do deserto onde estão os gêiseres, e pela bela região de San Pedro de Atacama.
Retornamos ao hotel por volta de 13h e fomos almoçar. No retorno, encontramos o companheiro Everton no hotel, que chegara de Salta. Agora o grupo está completo.
Em uma reunião à noite, o grupo resolveu antecipar a partida de San Pedro de Atacama.
Dia 14
Dia de pegar as motos novamente e retomar a viagem.
Saímos de San Pedro de Atacama as 8h, com temperatura por volta de 20 graus.
Passamos por Calama e paramos em Antofagasta para o almoço.
Ao sul de Antofagasta, a aproximadamente 80 km, paramos para fotos na famosa escultura “A mão do deserto”.
Como adiantamos a viagem e não temos reserva em hotel, seguimos pela Rota 5, às margens do Oceano Pacífico, até o anoitecer.
Paramos para dormir na cidade de Chañaral.
Dia 15
Por volta das 8h, saímos do hotel e seguimos rumo La Serena.
Resolvemos conhecer a Bahia Inglesa. O local é bonito e agradável. O grupo resolveu permanecer por aqui, visto que só temos reserva no hotel em La Serena para amanhã.
Alugamos uma casa no condomínio Bahia Inglesa, que acomodou todo o grupo.
O proprietário Giovanni e o gerente Erick nos receberam com muita atenção e simpatia.
Foi um dia muito agradável, com muitas brincadeira e gozações entre a turma, com muitas risadas.
Dia 16
Saímos de Bahia Inglesa, por volta das 9h, com destino a La Serena. O clima estava agradável e as estradas excelentes, em vários trechos, duplicadas.
Paramos em Copiapó para abastecer as motos e tomar um café. Na saída da cidade fomos parados na rodovia Ruta 5 pela polícia, chamada Carabineros de Chile, pois estávamos acima da velocidade permitida.
O policial foi compreensivo e explicou que a velocidade permitida naquela rodovia é do 100 km por hora. Depois de uma bronca, nos liberou para seguir a viagem.
A partir daí, foi uma interminável viagem a 100 km/h, até La Serena, onde chegamos por volta das 16h.
Ficamos hospedados no Malalcura Apart Hotel.
Dia 17
Por volta das 9h, saímos do hotel Malalcura, em La Serena, e seguimos por uma excelente estrada, duplicada, rumo Santiago. Nesse trecho a velocidade permitida é de 120 km/h.
O Clima estava perfeito, com temperatura média de 25 graus.
Chegamos em Santiago por volta de 16h, nos acomodamos no Apart Hotel Plaza Paris, no centro da cidade, bem próximo ao Palácio de La Moneda, onde ocorrerá a entrega da premiação do Rally Dakar 2013.
Dia 18
Em Santiago, pela manhã, fomos visitar a concessionária BMW e outras lojas de motos, onde alguns membros do grupo compraram peças e acessórios.
Almoçamos em um shopping muito bacana (Mall Sport), que só vende produtos para esporte. Tem até um lago artificial, onde estão ancorados alguns barcos.
Parte do grupo (Nilson, João Luiz, Luiz Paulo, Dean e Everton), foram trocar o óleo e revisar alguns itens das suas motos.
À tarde fizemos um tour pela bela, limpa e organizada capital do Chile.
Dia 19
Pegamos as moto e partimos para visitar as famosas estações de esqui de Valle Nevado e Farellones.
Valle Nevado é uma estação de esqui localizada a 46 quilômetros a leste de Santiago, capital do Chile.
É um dos mais novos centros de esqui no Chile. Foi criado em 1988 por empresários franceses, seguindo o padrão da resorts de inverno da Alpes, nas encostas do Cerro El Plomo, nos Andes perto de Santiago. Esta área, uma das maiores áreas de esqui na América do Sul, é considerada uma das mais modernas do continente. Nos últimos anos, tem se expandido, com a prática de esqui acrobático, esqui estilo livre, saltos de esqui e snowboard. Desde 2003 Valle Nevado sedia algumas etapas da Copa do Mundo de snowboard.
Farellones é uma cidade e estação de esqui localizada 36 km de Santiago do Chile, situado na cordilheira dos Andes e perto de outras estações de esqui como Valle Nevado, La Parva e El Colorado. (Winkpédia)
A subida até as estações, é um espetáculo, são dezenas de curvas em sequência, tipo ferradura. Farellones fica a 2.000 m e Valle Nevado a 3.000 m de altitude.
Na subida encontramos dezenas de ciclistas, subindo e descendo o Cerro El Plomo.
Em Valle Nevado encontramos alguns Condores, a maior ave da América do Sul e segundo maior do mundo, símbolo dos Andes.
O visual do lugar é deslumbrante, mesmo sem neve.
No retorno para Santiago, o GPS, mais uma vez, deu um nó no guia e entramos na rota 5, onde estavam chegando os participantes do Rally Dakar. Como estávamos em um grupo grande de motos, a multidão acenava e gritava, acreditando que éramos de alguma equipe da competição e o melhor, a polícia nos indicou para entrar na rota reservada para os competidores.
Foi demais. A gente junto dos carros, motos e pilotos do Dakar, com a multidão aplaudindo freneticamente.
Quando chegamos no hotel, foi só risadas. Foi muito legal. Tivemos nossos 10 minutos de fama.
Dia 20
Premiação do Rallye Dakar 2013. Estamos hospedados bem próximo (a uns 500 metros) do local da premiação, que ocorrerá no Palácio de La Moneda.
A passagem dos competidores pelas largas avenidas de Santiago, foi espetacular, porém não teve o público e a vibração que ocorreu em Lima/Perú, no ano passado.
Dia 21
Hora de retornar para casa.
Saímos de Santiago as 3h, rumo a Mendonza (Argentina).
Devido as obras que estão sendo realizadas na rodovia que liga o Chile à Argentina, o tráfego está restrito. Quem sai da Argentina com destino ao Chile, só pode transitar das 7h às 19h e quem sai do Chile com destino a Argentina (nosso caso), o horário é das 19h às 7h.
Em Santiago estava frio. À medida que subíamos a Cordilheira, o frio aumentava, chegando a 3 graus.
Próximo à fronteira entre o Chile e a Argentina, caiu uma chuva fina acompanhada de um vento moderado. A sensação térmica era de temperatura negativa. A chuva e o frio persistiram até a cidade de Huspallata, na Argentina.
Os trâmites na aduana da fronteira entre o Chile/Argentina foi muito demorado. Do lado chileno existiam enormes filas de carros e ônibus e o atendimento foi burocrático e lento.
Chegamos em Mendonza por volta de 12h. Depois do almoço, uma pausa para um merecido descanso.
Por termos pilotado de madrugada, perdemos a visão das cordilheira e não temos muitas fotos.
Dia 22
A maioria do grupo resolveu fazer o passeio até o Monte Aconcágua. O Nilson e João Luiz ficaram para conhecer a cidade de Mendonza.
O passeio ao Aconcágua foi um dos melhores da viagem. A Cordilheira do Andes é bela e fenomenal.
O monte Aconcágua possui 6.960,80 metros de altitude, e é simultaneamente o ponto mais alto das Américas, de todo o Hemisfério Sul e o mais alto fora da Ásia. Fica localizado nos Andes argentinos, a cerca de 112 km da cidade de Mendoza. (Wikipedia)
Saímos do hotel às 7h e retornamos às 20h. O dia estava ensolarado e a visão da cordilheira era perfeita. À tarde, antes do almoço, próximo à divisa Argentina/Chile, caiu uma chuva intensa que inundou a cidade de Huspallata.
À noite, mais uma vez, o grupo decidiu alterar a programação, excluindo a cidade de Córdoba do roteiro, visto que teríamos que chegar em Assunção na sexta-feira, dia 25, para revisão das motos do João Luiz e do Luiz Paulo.
Dia 23
Saímos de Mendonza às 7h com destino a cidade de Santa Fé.
Chegamos em Santa Fé por volta das 18h, após rodarmos cerca de 915 km.
O sol nos castigou mais uma vez. Rodamos, em vários trechos, com temperatura superior a 40 graus e não paramos para fotos.
Dia 24
Nesse dia tivemos duas baixas no grupo: o companheiro Júlio seguiu para sua cidade, Porto Alegre e o companheiro Dean resolveu seguir outro trajeto (foi conhecer Foz do Iguaçu).
Saímos de Santa Fé por volta das 07h30 com destino a Assunção, com uma chuva fina e intermitente, que durou pelo período de duas horas. Na madrugada, ocorreram vários relâmpagos e trovões.
Quando entramos no chaco argentino, começou um calor insuportável. Por mais de seis hora viajamos com vento forte, (ora frontal, ora lateral), sol escaldante e uma temperatura que variava de 41 a 44 graus. Foi o pior dia da viagem. Um desafio para o grupo.
Os trâmites na aduana Argentina/Paraguai foi rápido e tranquilo. Chegamos em Assunção por volta da 18h30, todos exaustos, pois foi mais um dia de percurso longo (aproximadamente 900 km).
Ficamos hospedados no hotel Los Alpes e depois de um merecido banho, pegamos uma boa piscina, acompanhada de umas cervejas Brahma, bem geladas.
Dia 25
O João Luiz e o Luiz Paulo deixaram as motos para revisão na concessionária BMW e o grupo foi ao Shopping Mariscal Lopes, onde alguns compraram eletrônicos. Almoçamos no shopping e retornamos ao hotel.
As motos do João Luiz e o Luiz Paulo foram revisadas e entregues por volta das 16h30.
Por volta das 17h saímos do hotel com destino a Ponta Porã. Mesmo a noite, a viagem foi tranquila, com um clima agradável (por volta de 25 graus).
Próximo da cidade de Santa Rosa, fomos parados em uma blitz da polícia rodoviária paraguaia e todos fizeram o teste do bafômetro. Os policiais foram muito educados e atenciosos. Como temos por regra não ingerir qualquer tipo de bebida alcoólica durante a viagem (somente nas paradas para dormir), o resultado de todos foi zero de teor alcoólico.
Chegamos em Ponta Porã por volta das 23h e nos hospedamos no Hotel Porã.
Dia 26
Algumas motos necessitavam trocar pneus, porém, encontrar pneus para elas foi difícil, principalmente os pneus dianteiros e os da marca Michelin.
O companheiro motociclista Nelson (amigo do Luiz Paulo), tentou conseguir os pneus em todas as revendas, sem sucesso. Segundo informação do mesmo, o Brasil não fabrica pneus radiais para motos, todos são importados.
Alguns companheiros fizeram compras de eletrônicos e perfumes no Shopping China e retornamos ao hotel para partir para Campo Grande.
Saímos de Ponta Porã por volta de 12h, com destino a Campo Grande, pela rodovia MS-164 e paramos, para almoçar e abastecer as motos na cidade de Maracajú.
Chegamos em Campo Grande por volta das 17h.
O Everton e o Luiz Paulo seguiram para sua respectivas residências e os demais ficaram hospedados no Grand Park Hotel.
À noite fomos para um churrasco oferecido pelo companheiro Luiz Paulo. Estiveram presentes vários motociclistas de Campo Grande, em sua maioria, integrantes do Moto Clube Bodes do Asfalto.
Estávamos nos preparando para sair de Campo Grande as 05h do domingo e chegar em Cuiabá para almoço com a família, quando recebemos a notícia da interdição da BR-163, devido ao rompimento da estrada, causado pelas fortes chuvas na região de Itiquira. Resolvemos, então, sair de Campo Grande às 7h do domingo, dia 27.
Dia 27
Último trecho da nossa viagem. O grupo estava reduzido a quatro pessoas: Noaman Alencar, Humberto Alencar, João Luiz e Nilson, visto que os demais (exceto o companheiro Dean que decidiu ir para Foz do Iguaçú) já chegaram em suas casas.
Partimos de Campo Grande para Cuiabá às 07h, cientes dos desafios para chegar em casa, visto que a BR-163 estava interditada próximo a divisa entre os estados de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso.
Paramos em Coxim para uma pausa, lanche e abastecimento das motos, por volta da 10h. Seguimos a viagem e chegamos no local da interdição da estrada por volta de 11h30.
As opções de desvios eram inviáveis, pois estavam danificados pelo tráfego de carretas pesadas e várias delas atoladas no percurso.
O companheiro Nilson fez uma análise do terreno próximo ao local interditado e percebeu que poderíamos entrar por um capinzal às margens da rodovia, ingressar em uma plantação de soja (a uns 50 metros) e chegar a um posto de gasolina, logo após o local interrompido. Fizemos dessa forma e deu tudo certo.
Após o nosso rallye, paramos no posto, fizemos um lanche e, depois um breve descanso, pegamos a estrada.
Fizemos uma parada em Rondonópolis para abastecer as motos e seguimos rumo a Cuiabá.
Próximo a Santa Elvira começou uma chuva que perdurou até as proximidades da Serra de São Vicente (a uns 80 km de Cuiabá).
Em Jaciara, o companheiro Nilson rumou para seu destino, a cidade de Campo Verde.
Chegamos em Cuiabá (Noaman, Humberto e João Luiz), por volta da 16h30. Estamos todos em casa.
Foram 22 dias de viagem, aproximadamente 10 mil km percorridos, temperaturas negativas, temperaturas de 44 graus, estradas boas, estradas ruins e bloqueadas (no Brasil), cidades feias, cidades belas, paisagens deslumbrantes e a final do Rally Dakar, edição 2013.
Resumindo: A viagem foi perfeita, sem nenhum incidente.
Mais detalhes da viagem e fotos: brasilatacama.blogspot.com.br
Deixe um comentário