18º dia, Depois de muito frio no fim do mundo…

Depois de muito frio no fim do mundo finalmente vamos voltar para estrada. Saímos com o vento cortando de gelado rumo ao ripio. Subindo a cordilheira admirávamos cada vez mais as paisagens, observando também o gelo no acostamento, vegetação e sentíamos o vento cortando nossos ossos.

Sofrimento de frio a parte, teríamos de encarar o ripio novamente. Feita a aduana de saída da Argentina para entrada no chile encaramos o terreno novamente, decidimos irmos para Provenir. O que havia sido tranquilo na ida já não foi para a volta, daí falarem sempre que o ripio é mutante. De início fizemos festa, vovô Ruy até se atreveu a sacar a máquina, pilotar com uma mão só e filmar as gracinhas minhas e do Ivan que já nos sentiamos em casa. Feita a festa inicial vimos placas de obra, putz, (…) uma máquina Patrol revirando o ripio todo, tome habilidade para segurar a moto no terreno fofo e ainda o vento que tinha dado uma tregua reaparece com força no sopro. Haja braço para segurar, corrige a frente, sai a traseira, acerta atrás, escapa a frente, faz força contra o vento, cruza com caminhão, que luta… Foram uns 60 km nesta briga.

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Chegamos num cruzamento e surgiu a dúvida quanto ao caminho, paramos para checar mapa e GPS quando chegaram duas BMWs que faziam o mesmo trajeto. Identificamos a direção e seguimos. Como um aperto pouco é bobagem, começou a chover e ai ficou bom. Frio, chuva, vento e ripio. As BMs seguiram tranquilamente, sem alteração no ritmo, por outro lado nós fomos escorregando até o fim da estrada.

Em Provenir reencontramos as BMs e fomos as apresentações. Trata se do casal Belga, Jhorran e Ilse, eles enviaram suas motos da Bélgica para Buenos Aires, de lá desceram até o Ushuaia e agora estão subindo e irão até o Alasca, será uma viagem com duração de 1 ano. Fizemos amizade e ficamos no mesmo hotel, amanhã vamos colocar as motos numa balsa e atravessar o Estreito de Magalhães para Punta Arenas.

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SUPERAÇÃO
Luciano, Ivan e Ruy