História, calor e um bom cuscuz no fim do dia
Saímos de Nîmes pela manhã, mas antes de pegar a estrada fizemos uma parada estratégica numa lavanderia — rotina de viagem também é cuidar das roupas, né? Enquanto as máquinas faziam seu trabalho, aproveitamos para visitar o Jardin de La Fontaine, um dos primeiros jardins públicos da Europa, construído no século XVIII em meio a ruínas romanas. Não deu tempo de vê-lo no dia anterior, então foi ótimo começar o dia ali, entre história e sombra de árvores centenárias. Algumas ruas estavam em obras, com desvios e trânsito interrompido, o que deu um ar de aventura urbana antes mesmo de sairmos da cidade.






Pegamos então as estradas nacionais e departamentais, fugindo das autoestradas para curtir mais o caminho e ver a vida passar devagar. Apesar do movimento constante, não enfrentamos congestionamentos — só mesmo muitos semáforos ao cruzar as pequenas cidades do trajeto.
A primeira parada foi em Avignon, uma cidade que parece ter saído de um livro de história. No século XIV, ela foi sede do papado — sim, por quase 70 anos o papa morou na França, não em Roma! Visitamos o imponente Palais des Papes, que é o maior palácio gótico do mundo. Caminhar por seus salões e pátios dá uma boa ideia do poder que a Igreja Católica exercia naquela época. A cidade também é famosa por seus vinhos da região de Châteauneuf-du-Pape e pela icônica canção infantil francesa “Sur le pont d’Avignon”, que homenageia a ponte medieval Saint-Bénézet. Caminhamos bastante por ali, e entre um clique e outro, registramos momentos lindos.







De lá, seguimos para Aix-en-Provence, charmosa e cheia de vida. Conhecida como a “cidade das mil fontes”, ela realmente surpreende com suas praças sombreadas e cafés ao ar livre. Vimos algumas das fontes espalhadas pelo centro histórico, e ficou aquele gostinho de “precisamos voltar com mais tempo”. A cidade também é conhecida por sua universidade e por ter sido o berço de Paul Cézanne, um dos grandes nomes da pintura moderna. Aliás, dá pra sentir um clima artístico no ar.



Por fim, chegamos a Marselha por volta das 19h. Uma cidade vibrante, multicultural, cheia de sons, aromas e movimento. Fomos direto para um restaurante tunisiano perto do Vieux-Port, o antigo porto, onde experimentamos um típico couscous — prato muito popular na França, herança das comunidades do norte da África. À base de sêmola de trigo, legumes e grão-de-bico, foi uma refeição farta e deliciosa. Caiu como uma bênção depois de um dia quente e cansativo.



E por falar em calor… hoje foi, disparado, o dia mais quente da viagem. O sol apareceu logo cedo e não deu trégua. Mesmo com roupas de verão, o calor foi pesado, especialmente durante nossas andanças por Avignon. Chegamos ao fim do dia suados, mas felizes com tudo o que vimos e vivemos.

O vídeo abaixo mostra um pouco das paisagens e momentos que registramos ao longo desse trecho especial da viagem.
Números do dia:
- Distância percorrida no dia – 160 km
- Distância percorrida até o dia – 4.613 km
Despesas do dia:
- Café da manhã em Nimes – 8,00
- Lavanderia em Nimes – 3,00
- Almoço em Avignon – 22,50
- Sorvete em Aix De Provence – 4,40
- Gasolina em Marseille – 17,49 Euros, 13,26 l, 1,319 / l, 293 km, 22,1 km/l
- Jantar em Marseilles – 28,00
- Hospedagem em Marseilles – 30,00
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