Ontem foi apenas um aperitivo. Hoje, a viagem começou para valer! Saímos de Grenoble por volta das 9 horas e pegamos uma estrada cênica que corta os Alpes Franceses rumo a Chambéry. Depois, atravessamos a fronteira para a Suíça, passamos por Genebra e finalmente chegamos a Lausanne, onde pernoitamos. Foram pouco mais de 200 km rodados, mas o dia foi intenso, repleto de belas paisagens, pequenos incidentes e boas surpresas.





A estrada entre Grenoble e Chambéry (pronuncia-se “Chamberrí”) é simplesmente espetacular: montanhas imponentes, curvas sinuosas e um visual de tirar o fôlego. Mas nem tudo saiu como o esperado. Em um determinado trecho, passei com a moto por um buraco (sim, até aqui eles existem!) e, para minha infelicidade, a câmera que eu havia acabado de comprar para filmar o percurso caiu direto sob a roda traseira da moto, se espatifando no asfalto. Um prejuízo inesperado, mas faz parte da estrada.
Chambéry nos recebeu com sua atmosfera medieval. O centro histórico é charmoso, com ruelas estreitas, praças aconchegantes e edifícios que remetem à Idade Média. Para recarregar as energias, paramos para comer um kebab, o popular sanduíche turco que faz sucesso em toda a Europa.


Seguimos para Annecy (pronuncia-se “Ancí”), uma cidade digna de conto de fadas. Suas ruelas de paralelepípedos, os canais que lhe renderam o apelido de “Veneza dos Alpes” e o deslumbrante lago de águas cristalinas fazem dela um destino imperdível. Mas justo quando chegamos, a chuva resolveu dar as caras, atrapalhando um pouco nossa exploração. Ainda assim, foi uma visita inesquecível.




Dali, decidimos pegar a autoestrada até Lausanne para ganhar tempo. Ao entrar na Suíça, adquirimos o famoso “vignette”, um adesivo que permite circular por todas as rodovias do país, ao custo de 40 euros. O percurso foi rápido e eficiente, mas o pensamento não nos deixava: quantas paisagens incríveis teríamos perdido ao optar pelo caminho mais fácil?

Passamos por Genebra, cidade conhecida por ser um dos maiores centros diplomáticos e financeiros do mundo. No entanto, ao contrário do que muitos pensam, ela não é a capital da Suíça – esse título pertence a Berna. O Lago Genebra, com suas águas azuladas, é a grande estrela da cidade, e sua principal atração é o famoso “Jet d’Eau”, um jato d’água que alcança dezenas de metros de altura e se tornou um símbolo do local.





Chegamos a Lausanne já tarde e a busca por hospedagem não foi das mais fáceis. Depois de rodar por várias opções, incluindo um albergue, decidimos ficar no Hotel City, bem localizado no centro. O preço era salgado, mas pelo menos o conforto e a limpeza estavam garantidos. Foi a primeira noite em que paguei por hospedagem desde minha chegada à Europa, quatro dias atrás.

Abaixo, um vídeo com algumas imagens registradas ao longo do dia:
Para fechar, uma observação importante: a Suíça é linda, mas os preços são de assustar! Hospedagem, alimentação, gasolina, internet… tudo tem um custo elevado. Os valores são cobrados em francos suíços, cuja cotação estava em 1,67 R$/Frs no dia.
Números do dia:
- Distância percorrida no dia – 221
- Distância percorrida até o dia – 355
Despesas do dia:
- Almoço em Chambèry – 1 kebab – 6,50 Euros
- Pedágio Annecy – 2,00 Euros
- Água, suco Annecy – 9,06 Euros
- Pedágio Suíça – 40,00 Euros
- Gasolina Genéve – Frs 18,43 – 11,52 l – 245 km – 21,27 km/l
- Jantar em Genéve – Frs 10,00 + 2 Euros
- Internet em Lausanne – Frs 9,80
- Hospedagem – Frs 65,00
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