Cerca de 100 km após a fronteira, paro na estrada para descansar. Perto, um grupo de professores iranianos almoçava em redor de uma fogueira. Logo me convidaram para junto deles, e assim tenho a primeira mostra do povo especial que me espera.
Rumo ao sul em direção a Bandar-Abas tentando recuperar os dias de atraso que levo. É talvez a partir de Arak que as coisas se tornam duras a sério. O cansaço, o clima, as estradas duras e a distância de casa começam a fazer os seus efeitos. Infindáveis planaltos, onde ventos laterais teimam em pôr à prova a minha resistência. São desertos de calhau nos quais o sol não tem mercê do viajante desprotegido. O grande aliado?! Os caminhoneiros! Raro é aquele que não me saúda com um aceno e uma buzinada. Nas paragens vêm conversar oferecendo-me chá quente e, por vezes, a pouca água fresca com que viajam.
Os almoços do costume
A poeira e a fumaça dos caminhões provocam-me uma tosse seca que, durante a noite, não me deixa dormir. Na Índia isso viria a piorar. Deste país, mais que tudo, ficará a recordação de um povo muito especial, sedento do contato com os ocidentais. Como costumo dizer, sejamos nós uma água pura, não inquinada, para sabermos merecer esta distinção.
GPS iraniano
Chegado a Bandar-Abas a prioridade é tratar da passagem de ferry para Dubai. Processo demorado implica que se chegue à cidade no dia anterior à partida do ferry. A quem se aventure por estas paragens, sugiro que recolha o máximo de informação possível. O site “Horizont Unlimited” fornece informação vasta e precisa.
Grupo de professores iranianos
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