Nosso caminho com as motos de Porto até Santiago de Compostela previa visita a uma série de pontos tradicionais e turísticos de Portugal, como Bom Jesus de Braga e Guimarães.
Bom Jesus de Braga
Seguimos em direção a Bom Jesus de Braga. O Santuário do Bom Jesus do Monte está localizado na freguesia de Tenões e é um dos principais pontos turísticos de Braga junto com o Santuário do Sameiro, centro histórico de Braga e a Catedral Sé de Braga. Este santuário católico dedicado ao Senhor Bom Jesus constitui-se num conjunto arquitetônico-paisagístico integrado por uma igreja, uma escadaria onde se desenvolve a Via Sacra do Bom Jesus, uma área de mata (Parque do Bom Jesus), alguns hotéis e um elevador (Elevador do Bom Jesus).
{loadmoduleid 854}
Guimarães
Depois seguimos para Guimarães, que é considerada a cidade berço de Portugal. Aqui nasceu Afonso Henriques, que viria a ser o seu primeiro Rei. O centro histórico de Guimarães, na zona que ficava dentro de muralhas, foi classificado como Patrimônio Mundial pela Unesco com base nos valores de originalidade e autenticidade com que foi recuperado. A cidade ainda hoje possui um conjunto patrimonial harmonioso e preservado que se mostra em graciosas varandas de ferro, balcões e alpendres de granito, casas senhoriais, arcos que ligam ruas estreitas, lajes do chão alisadas pelo tempo, torres e claustros.
Mais tarde chegávamos à Espanha. A Espanha possui um Estado multinacional, ou seja, contempla em seu território inúmeras nações ou troncos étnicos que possuem um relativo grau autônomo de organização e coesão sociais. No entanto, ao contrário de muitas outras localidades, em que a convivência dessa pluralidade se sustenta de forma relativamente pacífica, no espaço geográfico espanhol há uma elevada instabilidade política envolvendo, especialmente, catalães e bascos, além de algumas outras etnias (como os galegos e navarros).
Caminho de Santiago de Compostela
O caminho surgiu a partir da descoberta, no século 9, do túmulo do apóstolo São Tiago no que viria ser a cidade de Santiago de Compostela. Santiago (ou São Tiago), era um dos doze apóstolos de Cristo e a igreja Católica tem uma penetração imensa tanto em Portugal como Espanha. Daí, seus restos mortais terem sido enviados de Jerusalém para a Península Ibérica, para Finisterra e depois de barco eles foram enviados para Santiago e colocados na Basílica Maior de Compostela. Ele foi morto pelos romanos em 44 DC (depois de Cristo) por ser católico. Ele é o padroeiro dos exércitos da Península Ibérica.
Não demorou para que devotos de toda a Europa começassem a empreender longas viagens para chegar ao corpo do homem que foi discípulo de Jesus Cristo
Finisterra (em Galego, Fisterra) – Fim do Mundo.
A ponta é uma falésia desde os ilhotes de O Petonciño e A Centola até o monte de O Facho. Tradicionalmente, é considerado o ponto mais ocidental do continente, e o Caminho de Santiago prolonga-se até aqui onde os peregrinos, segundo a tradição, queimam as roupas na orla do mar antes de iniciarem o regresso a casa.
Para chegarmos a Finisterra, optamos por percorrer uma série de estradas alternativas e efetivamente foi um dos trechos espetaculares desse caminho. Passamos por estradas com curvas sob copa de árvores, onde o sol não penetrava, áreas rurais sem trânsito algum de veículos.
Mais tarde, como o grupo era grande e passávamos por pequenas localidades sem muita estrutura, teríamos o nosso Piquenique: pães, azeites, frutas, presunto Pata Negra (em sua versão light), queijos da Serra da Estrela fariam nossa alegria na hora do almoço. Paramos no Hostal Restaurante Albergue El Peregrino, em León, onde degustamos essas delícias e local com passagem de muitos peregrinos que ali faziam sua paragem para se alimentar.
{gallery}1019/europa/03{/gallery}
Santiago de Compostela
Um dos templos católicos mais antigos e imponentes da Espanha, a Catedral de Santiago de Compostela foi construída entre os anos 1075 e 1128. Possui uma arquitetura românica, característica da época das primeiras cruzadas e de um tempo no qual a influência romana, ainda era nítida na Santa Sé.
Sua praça principal é o marco de conquista para muitos peregrinos. Grupos em bicicleta, a pé, turistas se uniam no local em comunhão, comemorando e agradecendo a graça de ter alcançado seus objetivos, independentemente de onde tenham partido. Era a demonstração da força da fé e de vontade daqueles vencedores.
{loadmoduleid 854}
A visita àquele local era primordial para entender a euforia desses peregrinos e, após passeio pelo centro histórico, bateu aquela fome e não poderíamos nunca deixar de saborear a cozinha “galega” onde sua melhor expressão está na “Paella”. Realmente o paladar dela era indescritível.
A energia que circunda por lá é intensa, em parte explicada pelos peregrinos e simpatizantes, mas também é uma cidade universitária jovem e animada. Com jovens andando pelas ruas, música e bares sempre cheios, é uma festa constante, vale a visita.
{gallery}1019/europa/04{/gallery}
Deixe um comentário