34º dia – Nazca – Abancay

Meu objetivo de ir a Nazca era um só… mas não era para ver as tais linhas. Era para passar na Cuesta Del Borracho, uma das dez rodovias mais perigosas do mundo. Esse trecho fica entre as cidades de Nazca e Abancay e acreditem, é de arrepiar.

No começo disse “meu objetivo”, quando na verdade deveria ser “nosso objetivo”. A Elielza não queria passar por tal rodovia nem a porrete. Ela foi, mas não viu nada, pois estava de olho fechado.

Num determinado local, pude estacionar a moto e a enganei dizendo que já havíamos passado, só assim pudemos tirar umas fotos de uma belíssima paisagem, aproveitando um tempo bom que se abriu rapidamente. Logo em seguida fechou novamente e agora quem não conseguia ver direito era eu. Muita neblina, com visibilidade de poucos metros.

Incrível, mas quando descemos para 3.500 metros o dia estava ensolarado. Para vocês terem uma ideia, nesse trecho chegamos a mais de 5.000 metros de altitude, um espetáculo, muita emoção desfilar numa moto descendo montanhas a ponto de sentir o ouvido se fechar.

Pois bem, vou enviar algumas fotos desse trecho para o www.viagemdemoto.com publicar.

Agora vou falar de Abancay, capital do Departamento (equivalente a Estado) Apurímac (nome de um Rio que desce a Cuesta Del Borracho). Segundo a Wikipédia, este Rio é o nosso Rio Amazonas no seu começo. O Rio Apurímac é o nome que recebe o rio Amazonas no trecho entre a cordilheira dos Andes e a floresta Amazônica no Peru. Nasce das águas de degelo do Nevado Mismi, uma montanha de 5.597 metros de altitude, localizada na província de Arequipa, sul do Peru. Corre no sentido noroeste, passa por Cuzco em estreitos cânions a mais de 3.000 metros, duas vezes mais profundo que o Grand Canyon dos EUA.

Após 730,7 km, o Apurímac se encontra com o rio Mantaro para formar o rio Ene em 12° 15′ 46″ S 73° 58′ 44″ O, 440 metros acima do nível do mar. Depois se encontra com o rio Perené a 330 metros acima do nível do mar, passando a formar o rio Tambo, na sequência se encontra com o rio Urubamba a 280 metros acima do nível do mar para formar o rio Ucayali, que depois se chama Rio Solimões, passando a ser Amazonas nas imediações de Manaus.

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Para terminar este diário do dia 29, não poderia deixar de registrar o apoio do ilustríssimo Peruano, motociclista como nós, senhor James, que mesmo sem nos conhecer nos recebeu em Abancay, nos oferecendo todo o apoio que necessitávamos naquelas bandas. Além de nos oferecer a ajuda que precisávamos, à noite nos levou para conhecer a cidade e posteriormente jantar. Ele é irmão do Doutor Carlos (Médico), também motociclista e que ficou sabendo de nossa passagem por Abancay através do amigo motociclista de Cuzco Abdel. O Doutor Carlos não estava em Abancay, estava em Lima tratando de assuntos de seu interesse e pediu ao seu irmão, o citado James que nos recebesse. Infelizmente não tivemos a oportunidade de conhecê-lo, mas tivemos o privilégio de conhecer seu irmão e através desse diário mandamos aquele abraço (Edmilson e Elielza, Brasil – Abdel Perú).

Segue umas fotos de Abancay onde aparece o digníssimo cidadão Peruano.

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Abraços,

Edmilson e Elielza

Saída de Nazca para Abancay – 06h30min – 450 km – Duração do trecho 10h30min

Combustível: R$ 142,00
Alimentação: R$ 70,00
Hospedagem: R$ 60,00
Manutenção: R$ 158,00 (troca de óleo do motor e freio)
Diversos: R$11,00
Total: R$ 435,00


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