9º dia – Buenos Aires – Bahia Blanca

Erramos o fuso horário, na Argentina o horário é uma hora a menos que no Uruguai, então fomos pegar as motos no estacionamento muito cedo, às 5 da manhã e, com muita ansiedade, afinal estaríamos rumando para a Patagônia, região muito famosa por suas belezas naturais e que é a porta de entrada para Fim do Mundo.

Mas as coisas não saíram como imaginávamos, na hora que estacionamos as motos em frente ao hotel, notamos um forte cheiro de gasolina. Uma revisão minuciosa e descobrimos que um dos carburadores da Super Ténéré estava vazando gasolina, sem no entanto acharmos por onde. Claro, tivemos que esperar a concessionária Yamaha abrir para tentar descobrir a causa. Pessoal, tem um detalhe muito interessante: tudo isso sob um forte temporal que durou a manhã toda.

Pois bem, sob essa chuva chegamos à Concessionária e esperamos meia hora na frente da loja, postados iguais pinguins imperadores. Quando a loja abriu, para nossa surpresa, a primeira coisa que o funcionário fez foi barrar nossa entrada, afinal faltavam 5 minutos para a abertura oficial da loja. Continuamos na chuva e, após exatos 5 minutos, nos deixaram entrar (parece até que a Argentina é organizada).

Mas não foi só isso, ninguém veio falar com a gente, somente após o remanejamento de algumas motos é que um cidadão nos atendeu, simplesmente para nos dizer que não tinha como nos atender. Isso que estou escrevendo não é brincadeira, aconteceu mesmo. É A YAMAHA MOSTRANDO A TODOS COMO SE TRATA UM CLIENTE. Será que a Matriz lá no Japão sabe dessa vergonha que é a Yamaha na America Latina?

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Saímos à procura de uma oficina multimarcas e, para nossa sorte, encontramos um verdadeiro profissional, um argentino gente boa chamado Pablo. De cara ele sacou o problema da moto, arrumou e ficou perfeito. Então, o João começou a esnobar na rodovia perfeita a caminho de Bahia Blanca, empinava a Super Ténéré (tenho a filmagem), passava por mim a 180 km por hora, enfim, fez a festa.

Viagem de moto pela Argentina

Nessa gostosa brincadeira, o sol foi se pondo e a temperatura despencou. Nosso guia tratou de nos alertar: vamos que vamos porque a noite vai ser fria. Dito e feito! Colocamos roupa de frio e enrolamos o cabo. Faltavam 160 km quando a noite chegou. Ai o bicho pegou, a Elielza gemia de frio, o vento que batia no capacete fez nossos pescoços ficarem doloridos.

Avistamos a claridade de Bahia Blanca ao longe e aposto que todos nós sorrimos de felicidade, afinal, naquele momento, tudo que precisávamos era um quarto aconchegante.

Por sugestão do nosso experiente guia, fomos primeiro abastecer as motos e nossas barrigas para quando chegassemos ao hotel, nem sequer pensar em sair naquela noite fria.

Saída de Buenos Aires/AR para Bahia Blanca/AR: 6 horas – Duração do trecho: 10 horas

Combustível: R$ 160,00
Alimentação: R$ 49,00
Hospedagem: R$ 182,00
Manutenção: R$ 0,00
Diversos: R$ 8,00


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