De Pelotas a Salta

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1° Dia – Pelotas – São Borja
2° Dia – São Borja – Presidência Roque Sáenz Peña
3º Dia – Presidência Roque Sáenz Peña – Salta
4° Dia – Salta

Escolhemos cruzar a fronteira Brasil/Argentina na cidade de São Borja. No nosso primeiro dia de viagem de moto, cruzamos o pampa com chuva e tempo nublado, fizemos apenas paradas para descansar, comer, colocar e tirar roupas de chuva.

No segundo dia, a entrada na Argentina foi simples. Como estávamos com passaporte, o trâmite foi bem mais rápido, pois não precisou preencher nenhum formulário, bastou um carimbo, a conferência dos documentos e já estávamos do outro lado da fronteira. Na própria Aduana tem um câmbio, onde aproveitamos para nos abastecer com os Pesos Argentinos. Nos dois dias de viagem seguintes passamos pelas províncias de Corrientes e Chaco, rumo a Salta. As estradas nas duas primeiras províncias são estreitas e sem acostamento.

Viagem de moto Deserto do Atacama

Estes primeiros dias de viagem davam a impressão de que a paisagem do pampa e suas longas planícies nunca iriam ficar para traz. O que nos chamou muito a atenção foi a cidade de Corrientes e o Rio Paraná, o qual cruza-se através da Ponte General Manuel Belgrano. É uma construção imponente de quase dois quilômetros e suspensa por cabos de aço. Muitos motociclistas relatam que a polícia argentina costuma extorquir os viajantes na entrada da ponte, no nosso caso, nesses 18 dias, talvez por sorte, não fomos parados uma única vez.

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Esta parte da Argentina é extremamente quente, convém tomar muita água e pilotar sempre de jaqueta para evitar a desidratação. Nesta região passamos por inúmeros santuários de culto ao “Gauchito Gil”, um santo pagão popular na Argentina. De tanto calor, não raro, as oferendas ao Gauchito são garrafas de água.

Entramos na Ruta 16, uma reta interminável onde cruzamos por pequenos povoados poeirentos com nomes bem sugestivos: Monte Quemado, Pampa Del Inferno, Rio Muerto, etc… Por estas bandas vimos como a rota que escolhemos é clássica para os viajantes de moto: em todo parador ou posto de combustível encontrávamos mais e mais grupos de viajantes – indo ou voltando do Atacama – com os quais trocamos algumas palavras e adesivos da nossa viagem.

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Nas proximidades de Santiago del Estero se deve ter cuidado com animais soltos e veículos agrícolas na pista.

Viagem de moto Deserto do Atacama

Almoçamos em um povoado chamado Pampa de los Guanacos. Era um cenário desolador, fazia mais de 40 graus e as pessoas que andavam na rua iam cobertas da cabeça aos pés, como se costuma fazer no deserto.

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Adiante da cidade de Joaquim Victor Gonzalez a viagem começou a mudar. A paisagem passa a ter uma “cara” andina. Chegamos em Salta e lá ficamos por duas noites. Levei a moto para trocar óleo em uma concessionária Yamaha e aproveitamos o dia livre para passear. Para quem viaja com tempo, Salta é uma cidade que vale a pena parar para conhecer. No pouco tempo que ficamos lá deu para conhecer o Museu de Arqueologia de Alta Montanha – que trata da vida dos povos que habitavam aquela região dos Andes – e o Cerro San Bernardo, de onde se pode ver a cidade toda. Conhecemos também o centro histórico da cidade e provamos algumas comidas típicas, empanadas, humitas, tamales, etc.


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