Após uma semana de folga em Moore, na casa dos meus amigos Dan e Odete, só tomando cerveja e curtindo um SPA para relaxar, entremeado com uma ida ao Cassino para tomar sorvete (é de graça) e perder um dólar em 100 jogadas de 1 cent, chegou a hora dolorosa: a despedida.
Ontem à noite amarrei toda a tralha em cima da Helô. A impressão é que a bagagem vai aumentando, embora eu não tenho comprado praticamente nada, muito pelo contrário, andei jogando fora mapas antigos, folhetos promocionais, revistas de turismo, dois pares de meias que se recusaram a ser lavados, teste caseiro para marijuana e outras bugigangas, mas não adiantou muito a bichinha ficou parecendo moto de retirante da seca do nordeste.
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Na hora de sair, a maior dificuldade em falar, me despedir dizendo tudo que eu queria dizer para aquelas duas pessoas que abriram as portas de sua casa sem jamais ter me visto. Um amigo comum, o Nando de Cabo Frio (guitarra baixo dos Analfabeatles – os legítimos) falando comigo pelo Nextel (na época funcionava e eu já estava na gringolândia), disse que tinha uns amigos em Oklahoma e se eu iria passar por perto. Respondi que talvez. Ele então entrou em contato com eles, que pediram meu e-mail e, para minha surpresa, recebi um e-mail super gentil com números de telefone, endereço e um convite para passar na casa deles e fazê-la de base para meus passeios. Pensei em passar apenas para bater um papo e um cafezinho, mas quando cheguei lá, um quarto me esperava com tratamento 5 estrelas. Eles me levaram a todas as cidades próximas, aprendi muito sobre a história daquela região com o Dan e a Odete (ele americano e aposentado e ela brasileira do Rio Grande do Sul e advogada). Quando parti para a Marcha para o Oeste, mantínhamos contato 2 a 3 vezes por semana, tal o zelo e preocupação deles comigo. Pessoas especialíssimas que o Criador colocou no meu caminho, assim como Bob e Cristiane, Jeremy e Britini e muitos outros que a idade e a emoção não me permitem lembrar o nome. Não existem palavras para expressar toda a minha gratidão.
E foi assim, emocionado, de uma forma que um velho não pode ficar, que montei na Helô e sai pilotando da melhor forma que meus olhos permitiam.
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Batimentos voltando ao normal, trânsito exigindo concentração e o calor quase derretendo o asfalto. Realmente, estava muiiiito quente. Parei três vezes para dar um tempo na sombra e acabei colocando o colar gelado em torno do pescoço (ajuda um pouco). O fato é que não pude ir além de Fort Smith, a 180 milhas de Moore, mas o corpo sentia e quando isto acontece, não adianta forçar. Parei num Days Inn maravilhoso (43 obamas, ar condicionado nevando e uma cama enorme, limpinha e com 4 travesseiros). Descansei um pouco e sai a pé (estou no centro) para fazer algumas fotos da cidade que é uma beleza. A igreja católica da Imaculada Conceição fica no início da avenida principal, em um ponto mais elevado. A igreja foi construída no final do século XIX.
Interessante também a preocupação em preservar os antigos prédios, a maioria feita dos tradicionais tijolinhos vermelhos, fazendo com que as novas construções se harmonizem com as antigas:
As calçadas são um convite para andar a pé: sem buracos, limpas, arborizadas e floridas. Acho que estou ficando mal acostumado. Está na hora de voltar mesmo.
Ao lado da igreja está o Saint Anne’s Convent, um pouco mais recente do que a igreja.
E assim, após uma boa caminhada pela cidade, entrei num restaurante “japa” e matei um sushi sem dó nem piedade. Ainda bem que ficava longe do hotel e a caminhada ajudou a tal de “congestão” como dizia um amigo. Um abração pois amanhã tem mais.
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