Forth Smith (AR) – El Dorado (AR)

Hoje acordei bem cedo, não eram 6 horas. Barba, banho, arrumar bagagem na moto, desjejum meia boca do hotel, checkout (só entregar as chaves) monto na Helô e saio lépido e fagueiro para aproveitar enquanto a temperatura está baixa.

Vou seguindo as indicações do GPS para sair da cidade, sempre desconfiado da honestidade daquela modernidade, quando de repente começo a sentir um frio estranho na cabeça. Assustei-me, nunca tinha ocorrido isso antes. O que será? Será o tal do AVC? Comecei a formar frases em voz alta e quando parei num sinal de transito levantei os dois braços e forcei uma risada (li uma vez que se você não conseguir fazer um dos três, você está, com licença da palavra, fudido).

{loadmodule mod_custom,Anúncios Google Artigos}

O motorista do carro ao meu lado arregalou os olhos, baixou um pouco o vidro e perguntou-me: “- Are You ok ?”, não sabendo o que responder mandei lá: “I hope so”. Neste momento, vi minha cara de bunda no vidro do carro dele e notei que estava SEM O CAPACETE! Esqueci o capacete no hotel!

Agradeci muito ao cara, ainda dei-lhe uma fechada para fazer a conversão para voltar ao hotel. Resultado: perdi uns 20 minutos. Mas deu para tirar a diferença, pois, além de ser cedo, a estrada estava vazia e deu para apertar o passo. Em 2 horas rodei quase 150 milhas com apenas uma parada rápida para abastecer.

Quando começou a esquentar eu fugi da Highway e peguei uma estrada secundária, passando por uma reserva de floresta natural que, além de ter um visual muito bonito, não tinha quase trânsito.

Parei inúmeras vezes para fazer fotos, mas ao chegar ao hotel, descobri que a câmera estava na posição filmar. Perdi fotos sensacionais, mas hoje foi dia das lambanças: primeiro o capacete, agora as fotos.

Cheguei a El Dorado cedo e aproveitei para descarregar as coisas no hotel e sair para almoçar. Passei por um local enorme com um monte de casas igualzinhas e, ao chegar mais perto, percebi que era uma fábrica de casas.

Marcha para o Oeste

Os caras fabricam as casas em cima de uma espécie de chassis, com engate para reboque, feixes de molas, pneus e o escambau. Você compra a casa e eles levam-na até você. Coisa de gringo mesmo.

{loadmodule mod_custom,Anúncios Google Artigos}

Fiquei ali olhando, ao mesmo tempo em que pensava na largura das casa na estrada. Lembro que uma vez fui ultrapassado por uma carreta carregando uma trapizonga dessas, mas apesar de ser larga, ainda cabia na estrada. De repente, reparei que as casas são divididas ao meio para facilitar o transporte, vejam nas fotos:

Realmente, tudo planejado de forma a facilitar (e baratear) a construção e o transporte. Comecei a imaginar isso no Brasil e de cara vi que não ia dar certo. Já imaginaram os “sem teto”, na calada da noite arrastando uma encrenca dessas com uma Brasilia 73 pela Avenida Atlântica e “plantando-a” em frente ao Copacabana Palace? E os nossos empresários, vendendo a mesma casa para dois clientes, na hora de entregar vai metade para um e metade para outro. Na hora em que o cara quiser usar o banheiro tem que ir na casa do outro, este por sua vez se quiser ir na cozinha vai na casa do outro. O problema é na hora de dormir, aí vai dar galho, ou chifre…….Não ia dar certo. Melhor deixar como está.

{gallery}0913/helio/smith{/gallery}


Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *