Atualizando emplacamento

Lugoff (SC) – Charlotte (NC) – 6 de junho de 2014

A Helô está com a placa da Virginia, pois ainda não tive tempo de transferi-la para a Florida, para onde mudei meu endereço. Com isto, após pagar o licenciamento de 2014 via internet, quando ainda estava no Brasil, os selos de mês e ano do emplacamento foram enviados para a Florida.

Selos colados na placa eu tinha até o dia 31 de maio passado para proceder à Security Inspection anual, obrigatória na Virginia. Para evitar problemas resolvi subir até a Virginia e fazer a bendita inspeção na primeira cidade que encontrasse.

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Acordei às 6 horas, banho rápido que não sou besta, roupa separada e bagagem desde a véspera na Helô estacionada em frente ao meu quarto no pequeno hotel. 7 horas, já na estrada, a idéia era: “- Paro na primeira birosca que encontrar e como qualquer besteira até a hora de abastecer num 7-Eleven da vida !”. Mas vejam só, a primeira birosca que encontrei estava fechada e parece que desde a época da Guerra Civil.

Viagem de moto pelos Estados Unidos

O charme das pequenas cidades

A alternativa foi seguir em frente e, sempre por estradas secundárias, procurar uma cidadezinha qualquer para fazer o desjejum. Dei sorte, encontrei Pageland (South Carolina), uma simpática cidade que parecia parada no tempo, não fossem os modernos carros em suas tranquilíssimas ruas. Verdade que são poucos carros, assim como deve ser sua população. Impossível não parar num lugar desses.

Viagem de moto pelos Estados Unidos

Entrei numa loja de ferragens e vi itens que apenas encontrei similar na hoje demolida Casa Telles em Visconde do Rio Branco. As paredes de tijolinhos vermelhos, os becos ligando uma rua à outra, o jardinzinho caprichado saudando o visitante abelhudo, o cumprimento educado de todos que cruzavam comigo, tudo isso ia me cativando e tornando mais difícil minha saída.

Viagem de moto pelos Estados Unidos

Como foi bom me sentir nas gerais de minha infância. Que me perdoem os que curtem New York, mas não troco essas cidadezinhas pela Big Apple jamais. Na realidade nunca deixei de ser um caipirão, o que me aproxima muito dos aqui chamados “red necks”, primos distantes dos nossos caipiras.

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Antes de ir embora, dei uma passada num antiquário onde a Helô ficou estacionada por cortesia da proprietária. Tinha milhares de itens para quem gosta de garimpar. Eu gosto, mas me conhecendo eu provavelmente levaria o fogão na pobre da Helô ou me enrolaria no aeroporto com uma espingarda nas costas….

Viagem de moto pelos Estados Unidos

Os imprevistos e os improvisos

Na saída de Pageland, ao ligar a moto o GPS se recusou a funcionar. Prometi à maluca do “Wrong Way” que não mais iria xingá-la, mas não adiantou, o GPS continuou apagado.

Aqui prá nós, não sou muito ligado nessas modernidades, mas uma viagem pelos States sem o GPS, apenas com um mapa, não quero voltar a repetir não. Desliguei a moto e percebi que o encaixe do fio do GPS, na tampa lateral da moto, estava frouxo, certamente fruto das vibrações da Helô. Tirei o alforje, o suporte de ferramentas que trago preso à frente do protetor do alforje, retirei a tampa e refiz o serviço, dando um aperto final tipo Angelim (meu irmão, que fechava a garrafa térmica pela manhã e ninguém mais tomava café durante o dia. Que saudades daquele sacana !).

Depois disso, tudo ia bem e “setei” o GPS com o endereço de uma Loja Maçônica em Charlotte que meu sobrinho recomendou muito devido a arquitetura do prédio. Como sempre, coloquei um endereço errado e fui parar em outra Loja.

Viagem de moto pelos Estados Unidos

Mas no fim deu certo, estava um calor tremendo, o lugar, no meio de um condomínio lindo, era totalmente arborizado, o estacionamento vazio, e o GPS tinha parado novamente. Fui para a sombra, pedi luz à minha madrinha (a Senhora de Fátima) e como um expert, que sempre fez isso na vida, com um sorriso de desdém nos lábios, peguei o fio do GPS, abri o receptáculo do fuzível, constatei que ele estava bom e esfreguei os dois lados do fuzível no cimento. Aproveitei e com uma chave de fenda pequena fiz uma limpeza no interior do receptáculo e pronto. Eis que, como num passe de mágica, o danado do GPS está operacional novamente. Graças à luz recebida de minha madrinha e à energia do local. É como penso, é como ajo, é como vivo….

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