Bristol (VA) – 11 de junho de 2014
A vontade de dar uma “adubada” na vida é constante !
Acordei com a arrumadeira batendo na porta e só então me dei conta da hora. Dormi pra caramba após as “bombas” que tomei para a enxaqueca (provavelmente a PA foi para a estratosfera).
Tomei um banho, renovei a diária do hotel e ao sair vi, do outro lado da rua, uma agência de carros usados. Na mesma hora o diabinho começou a soprar no ouvido: “-E se o conserto da Helô ficar mais caro do que seu próprio valor?”. Pensei um pouco e admito que isso é uma possibilidade, embora o valor de uma pessoa motociclistica como a Helô não deva ser considerado sob essa ótica jamais.
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De qualquer forma, curioso que sou, atravessei a rua (fora da faixa, claro) e vi quatro carros com o capô aberto: três deles (Honda, Jeta e Toyota) com aqueles motorezinhos homo-afetivos de 4 cilindros. Nem olhei para eles e fui direto no carro de gente grande, um Cadillac 1995 cupê. Confesso que não me recordo de ter visto Cadillac de 2 portas. O carro está inteiro, ao nível de exigência do Mário Coutinho. O estofamento é de couro claro, o banco do motorista está com bastante desgaste na lateral esquerda (local onde a pessoa se apoia para entrar e sair) e alguns outros detalhes que desaparecem quando você ouve os 8 cilindros em V falando mais alto. O Jonathan (dono da agência e que já ficou meu chapa) fez questão de tirar o carro e coloca-lo em uma posição mais nobre (longe daqueles carros com motorzinhos de dentista). O porta malas do danado dá para transportar uns 6 fugitivos. As portas fecham tão bem que, com vento favorável, dá para ir navegando com ele até Cuba. Na volta é só aproveitar e fazer um frete para Miami e cobrar 1ª classe.
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A saga vai continuar
Recebi um e-mail do chefe da oficina informando-me que as peças vitais do motor, com exceção do eixo comando de válvulas, não foram afetadas. O trabalho pode estar concluido até sexta-feira (será que eles vão parar amanhã para o jogo do Brasil ?).
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Combinamos de aproveitar a mão-de-obra e fazer um upgrade colocando os tensionadores hidráulicos, que equipam as versões mais novas, e uma bomba de óleo mais possante. Vou morrer numa graninha sentida, mas encaro como um investimento em quem jamais me deixou na mão. Até para ter um chilique esperou chegar dentro de uma oficina Harley-Davidson após carregar-me através de vales, desertos e montanhas, sob chuva ou sob o sol inclemente. Poucas, aliás nenhuma, faria isso por mim e, certamente, exigiriam uma pensão escorchante
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