De San Pedro do Atacama até Caldeira

No primeiro dia do ano saímos as 7h30 de San Pedro do Atacama com o objetivo de chegarmos a Caldera, no litoral do Pacífico, distante 835 km. Saimos com uma temperatura agradável de cerca de 15ºC, mas na subida para Calama a temperatura foi caindo, chegando a 4ºC.

Paramos para colocar as capas de chuva para amenizar o frio. Chegamos a Calama gelados e paramos para abastecer, tomar um café quente e comer algo, já que havíamos saído de San Pedro só com uma barra de cereais no estômago.

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Seguimos pela Ruta 5 (Rodovia PanAmericana) com destino a um dos pontos turísticos mais visitados, La Mano Del Desierto, localizado há aproximadamente 70 km ao sul de Antofagasta. Tiramos fotos e encontramos com alguns brasileiros de Campinas que também estavam seguindo para o sul, mas iriam descer pelo litoral. Mantivemos nosso planejamento de continuar pela Ruta 5. Aquele trecho de estrada já costuma ser de pouco movimento, mas como era feriado por conta do primeiro dia do ano, estava realmente deserta, com pouquíssimo movimento.

É quase impossível não ter pensamentos negativos diante de tanto isolamento. Pensávamos em um possível problema com as motos e como seria o socorro naquele lugar distante. Para distrair esses pensamentos, comecei a ‘conversar’ com a moto e combinamos de que iríamos voltar juntos pra casa….rssss.

 Viagem de moto Atacama La Mano

Na medida que fomos descendo a temperatura foi subindo. Na altura de Chañaral a Ruta 5 se encontra com o litoral e segue assim até Caldera. Trecho muito bonito da ruta, margeando o Pacífico e tendo a Cordilheira dos Andes do nosso lado esquerdo. Chegamos a Caldera no final da tarde, com a temperatura acima dos 30ºC. Fomos para o hotel Costa Fósil que havíamos reservado.

Nos acomodamos no quarto e meu irmão decidiu trocar o óleo de sua moto, o que já estava planejado. Como ele havia levado o óleo e filtro, trocou ali mesmo, no estacionamento do hotel. Aproveitei para fazer uma limpeza no filtro de ar que apresentava um pequeno fluxo de óleo. Troquei mensagens com o mecânico que havia feito a revisão na minha moto, o Stêfanes, de Ouro Fino, sobrinho do saudoso Capitão Senra. Ele me disse que era normal, já que estávamos andando muitos quilômetros por vários dias e pegando temperaturas elevadas. De fato, a partir daí fui monitorando vazamento e o nível de óleo e não tive problemas.

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Mesmo procedimento de todos os dias: deixar as coisas no hotel, sair para conhecer um pouco a cidade e procurar um lugar para comer. Optamos por um restaurante bem de frente ao hotel, onde nos foi servido um peixe da região – que não me lembro o nome – que veio com as já conhecidas ‘papas fritas’ (batatas fritas) e dois ovos fritos. Não estava lá essas coisas, mas a fome era grande. Depois, cama. O dia seguinte nos aguardava com quase 1.000 km pela frente até Santiago, capital do Chile.


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