De Caldeira a Santiago

Tomamos um bom café da manhã no hotel – o que não é comum, principalmente na Argentina – e partimos para Santiago. A temperatura estava agradável, cerca de 19ºC, mantendo-se nos 22ºC a maioria do trajeto. Apesar da grande distância que tínhamos para percorrer, a temperatura agradável e a qualidade das estradas – na sua maior parte duplicada – fez a viagem render.

Chegamos a Santiago no final da tarde, pensando que pegaríamos engarrafamento por conta do horário, mas apesar de pegarmos um trânsito um pouco pesado, não tivemos problemas em chegar ao Hotel El Vergel, no bairro da Providência, que também já havíamos reservado.

Santiago é uma cidade incrível. Movimentada, organizada, segura e muito agradável. À noite fomos à pé ao Shopping Costañera Mall, que é anexo ao Costañera Center, um complexo financeiro composto de um edifício de 300 m de altura, tido como o maior da América Latina. Depois de muitos dias sem vermos um prato de arroz, conseguimos comer um prato que vinha o arroz de ‘agregado’ (acompanhamento), mas não estava lá essas coisas.

O dia seguinte ficamos em Santiago para turistar. De manhã fomos à loja da Harley Davidson para conhecer e comprar umas lembrancinhas. Fomos também à loja da BMW que nos surpreendeu com os preços elevados dos acessórios e roupas. Ainda mais caros que os preços da Harley Davidson. Andamos de Ubber e Cabify, com preços equivalentes ao Brasil, sem problemas.

Aqui cabe uma observação. Na Argentina é mais difícil aceitarem nossos cartões de crédito (‘tarjetas’), principalmente nos postos de gasolina. Lá optamos por pagamento em ‘efectivo’ (em dinheiro). Já no Chile, havíamos feito câmbio em San Pedro e depois utilizamos os cartões ao longo de toda a estrada nos postos e restaurantes. Usamos o dinheiro somente para pequenas despesas.

Numa dessas pequenas compras, provavelmente no centro da cidade, recebi uma nota falsa de $5.000, que só vim a saber mais tarde quando fui pagar um café e a funcionária me disse que era falsa. Percebi que muitos comerciantes usam uma espécie de caneta com um feixe de luz para fazer a leitura das marcas d’água nas notas. Foi assim que descobrimos que aquela nota era falsa. Segundo nos disseram, é comum passarem notas falsas por lá. Assumi o prejuízo (cerca de R$ 25,00) e guardei a nota como lembrança do passeio.

Seguimos para a Plaza de Armas, no centro de Santiago, lugar muito bonito, com muitos prédios antigos. Visitamos o Mercado Central onde tomamos um delicioso chopp Kunstmann, da Cidade de Valdívia. Aliás, experimentamos várias cervejas diferentes pela viagem: Quilmes, Escudo, Andes, Kunstmann e muitas outras mais.

Almoçamos no centro e seguimos à pé para o Pátio Bela Vista, que queríamos conhecer, passando pelo Parque Florestal. No caminho nos abordou o Ricardo, brasileiro que trabalha como guia em Santiago há um ano e estava indo para a mesma direção e nos acompanhou até lá, nos dando várias dicas interessantes.

Tomamos mais algumas cervejas por lá e voltamos para o hotel, sempre à pé. Andamos bastante, mas foi muito interessante porque sentimos o clima da cidade. Chegamos ao hotel cansados e nos preparamos para descansar para o dia seguinte, quando faríamos a aduana para a volta à Argentina, com destino a Mendoza.


Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Para adquirir os livros abaixo, acesse o site do autor: romuloprovetti.com

Livro A caminho do céu - uma viagem de moto pelo Altiplano Andino
A caminho do Atacama
Livro sobre viagem de moto pelo Himalaia
Livro sobre viagem de moto até Ushuaia
Um brasileiro e uma moto no Himalaia indiano