Museu Duas Rodas

Museu Duas Rodas

A região de Visconde de Mauá – RJ é conhecida por suas belezas naturais, clima e sua excelente gastronomia. O acesso é feito através de estradas esburacadas e mal conservadas onde carros normais sofrem, mas jipe e Fusca são os meios de transporte preferidos dos moradores e o que se vê são apenas pousadas, sítios e fazendas.

(Informação enviada por Ricardo Leve: A estrada para Visconde de Mauá está toda asfaltada. A serra foi terminada em dezembro de 2011, portanto qualquer moto pode ir lá. A ligação entre Visconde de Mauá e Maromba continua de terra, porém transitavel.)

Por isso mesmo, é surpreendente que exista ali um museu que tem em seu acervo mais de 300 veículos, 100 deles em exposição permanente para visitação pública. Os curadores do museu fazem um rodízio com os veículos em exposição, de modo que cada vez que se visita o museu se tem a oportinidade de ver exemplares diferentes. Não apenas motos, mas também bicicletas e alguns brinquedos, todos em estado impecável.

O museu fica na cidade de Bocaina de Minas (MG) no Parque Corredeiras, um local agradável e com alguns atrativos naturais e esportes radicais, além de ficar a apenas 300 metros de outro belo atrativo que são as cachoeiras do Alcantilado. Ou seja, pra quem vai visitar a região, vale a pena uma visita a este local.

Já no seu lado externo, o visitante é “recebido” por duas velhas bicicletas motorizadas devidamente fixadas em estacas que delimitam a área do museu. No alto do galpão, uma motocicleta Norton foi posicionada para dar a impressão de que está saindo pela parede. No seu interior, as motos são posicionadas no chão enquanto a maior parte das bicicletas, brinquedos e veículos mais leves fica pendurada para aproveitar melhor o espaço. O ambiente também é composto por ferramentas e peças antigas, além de algumas propagandas, que ajudam o clima de volta ao passado. Cada peça tem sua placa identificando ano, modelo e história da marca.

A motocicleta mais antiga do Brasil

As principais atrações do museu são a motocicleta mais antiga do Brasil, uma Wanderer 1902, bicilíndrica 4T de 408 cm3, perfeitamente conservada, e a primeira versão industrializada de uma moto, uma Four-Clymder de 1913, fabricada na Bélgica pela Fábrica Nacional de Armas de Guerra (FN).

O acervo é variado e conta até mesmo com uma moto Yamaha de 1991 e com algumas bicicletas chinesas do início dos anos 90. Mesmo quem não está devidamente familiarizado com o universo das duas rodas não irá se sentir um estranho no ninho ao entrar em contato com algumas marcas conhecidas também pelos seus automóveis, como Triumph, DKW e NSU.

Além das motos e bicicletas de uso normal, alguns veículos curiosos fazem parte do acervo, como a norte-americana Rokon Ranger 1976. Com pneus largos como os de um trator e tração nas duas rodas, era usada principalmente em serviços agrícolas. Uma estranha moto que lembra os nossos “walk-machines” é uma Brockhouse Corgi (Inglaterra) de 1953. Com apenas 35kg, foi projetada originalmente para fins militares durante a 1ª Guerra Mundial, onde era lançada através de pára-quedas nos campos de guerra para facilitar o transporte das tropas.

O museu também possui algumas motos de competição, destacando-se duas Yamaha. Uma delas é um modelo TZ 350 de 1981 e pertenceu ao piloto Jorge Miranda (que segundo consta na placa informativa, chegou a vencer uma corrida oficial com os dois braços engessados). O outro destaque entre as motos de competição fica com o protótipo Yamaha TZ 125R, que passou pelas mãos de pilotos sul-americanos, incluindo dois brasileiros. Atualmente existem apenas dois destes protótipos no mundo, sendo que o outro se encontra no museu da marca no Japão.

Outras peças do museu merecem destaque, como as belas motos Harley-Davidson (há dois modelos em exposição), Jawa, BSA, Zundapp e Norton, impecáveis bicicletas (a maioria delas de origem européia), além de triciclos e outros brinquedos.

O museu funciona todos os dias das 9h às 17h e a entrada custa R$ 15. Telefone (24) 9268-0979

Como chegar:

Para quem vem do Rio de Janeiro ou de São Paulo:

A rodovia (RJ-151) que dá acesso a Visconde de Mauá está entre as cidades de Resende e Itatiaia, e a principal via de acesso é pela Dutra no km 311 tanto para quem vem do Rio de Janeiro quanto para quem vem de São Paulo.

Após deixar a Dutra no km 311, siga pela RJ 151 que é a estrada principal sempre subindo a serra. São 33 km, sendo 18 km de asfalto e 15 de estrada de terra.

Após chegar a Visconde de Mauá, siga as placas do Parque Corredeiras e do Museu Duas Rodas. Ou: contorne o campo de futebol e siga sentido Maringá por 4 km e entre na primeira a direita atravessando o Rio Preto na Ponte da Gávea. Logo a seguir entre novamente à direita e siga por mais 4 km até o Museu e Parque Corredeiras.

Para quem vem de Belo horizonte, Juiz de Fora ou do sul de minas:

Pegar BR 267 até a entrada para Liberdade – MG, depois seguir para Bocaina de Minas-MG, entrar no trevo a 4 km antes de Bocaina para Santo Antônio, seguir para Mirantão que está a 12 km do Alcantilado. São aproximadamente 55 km de Liberdade até o Museu Duas Rodas e o Parque Corredeiras.

Coordenada GPS

522º 18.081
WO 44º 33.129′
Altitude: 1.089m

Endereço para correspondência:

Museu Duas Rodas s/nº – Alcantilado – Visconde de Mauá – Resende – RJ. CEP: 27501-970


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