Paramos para abastecer na saída de Salamanca. Logo fomos atendidos pelo frentista Luiz, mais um brasileiro, este proveniente de Goiânia, que também estava há alguns anos aqui na Europa. Seguimos pela estrada e pela primeira vez sentimos frio. O marcador de temperatura da moto acusava 11º C, porém com o vento que nos castigava, a sensação térmica era próxima de 0º C. Após rodarmos uns 50 km, paramos num posto de gasolina para tomar um café e reforçar nos agasalhos.
Plantada às margens do rio Douro, a aproximadamente 300 km de Lisboa, a história do Porto começa bem antes que a de Portugal. Durante o Império Romano, existiam dois povoados próximos à foz do Douro, de um lado Portus (Porto) e do outro, Cale (Gaia), e o local passou a ser conhecido por Portucale. O seu vinho ganharia importância somente um século mais tarde e se transformaria no principal produto de exportação do país.
Deixamos as motos no hotel e partimos para um city-tour, pois queríamos provar os vinhos da região. Rodamos a pé pelo Centro, seguindo pelo calçadão da Rua Santa Catarina onde passamos no Café Majestic, inaugurado em 1921 com o nome de Elite e tombado em agosto de 1983 como Monumento Histórico. Pegamos um táxi e passamos pela Catedral da Sé, Estação São Bento, Igreja dos Clérigos até chegar ao bairro da Ribeira, centro antigo da cidade e tombado como Patrimônio Mundial pela Unesco em 1986.
Ali, tomamos uma balsa e fizemos o passeio das Seis Pontes pelo Rio Douro, tirando muitas fotos tanto do Porto como de Vila Nova de Gaia. Após o passeio de balsa, pegamos o ônibus CitySightseeing, idêntico àqueles de Barcelona e Madri, e atravessamos para Gaia. Gaia ganhou importância por abrigar, há séculos, os armazéns de vinho do Porto. Lá, enquanto os casais que nos acompanhavam subiam de teleférico até o Mosteiro da serra do Pilar, eu e Lena sentamos num barzinho (Abafa) às margens do Rio Douro e pedimos uns bolinhos de bacalhau e um vinho verde. A recepção foi um pouco fria no início, porém conforme íamos “consumindo”, melhorava o tratamento que nos era dado pelo dono do estabelecimento. Conversamos sobre futebol e sobre o time do Porto, que tem como astro o brasileiro Hulk, além de já terem atuado lá Deco, Carlos Alberto, entre outros.
Bar Abafa
Mais tarde, com o retorno dos casais amigos, enquanto as meninas permaneciam no local, seguimos nós, os marmanjos, para a Cave Quevedo Port Wine (http://quevedoportwine.com/pt/) onde degustamos alguns cálices do líquido vermelho escuro (Vinho do Porto), inclusive alguns rótulos da reserva (envelhecidos). Fomos atendidos pelo Manoel, também motociclista, e ele nos recomendou para jantar a Casa Adão, restaurante com especialidade em frutos do mar. Ao retornamos ao Abafa, o Sr. Bruno Soares e dona Arminda Soares, proprietários do local já eram”velhos” conhecidos do grupo. Tiramos algumas fotos, nos despedimos desejando breve retorno e partimos para a Casa Adão.
A Casa Adão (vejam comentários favoráveis no Google) é um restaurante familiar típico português, onde trabalham o Sr.Adão (proprietário), seu filho e sua esposa, a cozinheira. Fizemos pedidos diversos, sempre de bacalhau ou frutos do mar e comemos muito e bem. Ali, me cobraram por uma “super” dose de whisky envelhecido 15 anos a quantia de 3 euros, preço bem inferior ao cobrado aqui no Brasil.
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