Agora iniciamos a segunda etapa da nossa viagem de moto e vamos para a bela região do sul do Chile. Saímos facilmente de Santiago com a ajuda da navegadora Patricia e o apoio do GPS, sem nenhum problema, ao contrário da complicada chegada. Imediatamente, acessamos a Ruta 5, a continuação da Panamerican Highway, que rasga o Chile de norte a sul.
No início do dia, nuvens carregadas cobriam o céu e a temperatura ficou cada vez mais baixa, exigindo agasalho e a segunda-pele. Sobre uma estrada excelente, as Harleys mantinham o giro alto, seguindo os carros locais, um pouquinho acima da velocidade permitida de 120 km.
No terceiro abastecimento, na loja de conveniências do posto de gasolina, a atendente comentou que a irmã dela mora em Pucón, quando me mostrou no celular uma foto da casa dela com O Vulcão Villarica ao fundo… bafejando fumaça. Ao perguntar se a foto era antiga, me respondeu sorrindo que naquele momento o vulcão se encontrava em alerta amarelo. Imediatamente, divulguei a situação ao grupo e foi consenso continuar, reforçado pelo Coré (& Carminha) que se prontificou em apagar o fogo fazendo xixi na cratera, traduzindo em imagem a confiança do grupo. Lembro que desde a primeira informação de atividade sísmica, quando ainda estávamos no Rio de Janeiro, todos tinham abortado o plano B, que seria ir para o norte, o Atacama, após o encontro de Mendoza.
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Ainda na Ruta 5, nas imediações da entrada para Villarica, já era possível ver o vulcão expelindo suaves baforadas de fumaça no ar.
Quando chegamos no Gran Hotel Pucón Resort & Club, situado às margens do Lago Villarica, soubemos que o vulcão entrara em alerta laranja. E mesmo assim todos decidiram continuar, talvez, tendo em vista a tranquilidade das pessoas locais da cidade. Mas, por via das dúvidas, vamos deixar as Harleys abastecidas e arrumadas, prontas para a decolagem.
Percorridos 790 km no dia e 5.170 km desde o início da viagem.
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