Santa Rosa – Buenos Aires

Partimos com a chuva, que nos acompanhou até próximo a Buenos Aires, quando finalmente precisamos realmente colocar a capa de chuva por alguns poucos quilômetros. Nesse trajeto, com a aproximação da Capital Federal Argentina o trânsito de caminhões começou a crescer, exigindo cuidados nas ultrapassagens.

Nas retomadas para ultrapassagem, era quando podia ser percebida nitidamente a insuficiência de torque na minha Ultra 2014, porque era imprescindível jogar uma ou duas marchas para baixo, a fim de ganhar mais velocidade, rapidamente. O que não acontecia na minha Electra 2009, pois raramente era necessário reduzir para fazer uma ultrapassagem. Com certeza essa deficiência poderá ser sanada com uma nova regulagem ou remapeamento. Porém, esse detalhe não foi suficiente para impedir que todos os pilotos da expedição não tenham aumentado a sua admiração e confiança em suas poderosas máquinas, que tem a robustez de um trator.

Chegando a Buenos Aires, ao entrarmos na Avenida 9 de Julho, o trânsito estava quase parado devido a uma manifestação em apoio à greve contra um novo imposto sobretaxando o Imposto de Renda. A manifestação popular precedia a greve geral dos meios de transportes, que aconteceria no dia seguinte a nossa chegada. Era uma visão dantesca as 6 Harleys-Davidson torrando no imenso engarrafamento, sob um calor insuportável.

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Normalmente, o trânsito agressivo é consequência principalmente da falta de gentileza ou complacência da maioria dos motoristas de taxi e ônibus. Como em Mendoza, jogam os veículos contra as motos, sendo preciso estarmos muito atentos. Dão a impressão que estão competindo com um concorrente invisível para chegar primeiro a lugar nenhum.

À noite, em Puerto Madeiro, o que foi o sofisticado restaurante Siga la Vaca agora é um buffet, exemplificando o impacto da economia decadente até mesmo no charme típico da exigente classe média argentina.

Percorrido no dia 610 km e 7.720 acumulados durante a viagem de moto.


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