Santa Fé – Villa Carlos Paz

O clima de mais uma partida era como sempre de alegria, agora acompanhado de uma ligeira ansiedade para pegar logo a estrada. Talvez porque naquele momento o avião das esposas já deveria ter pousado em Córdoba e elas oportunamente seguiriam para Villa Carlos Paz, a fim de nos aguardar no hotel.

Como todos os dias, o trem seguia em formação pelas estradas, parando para abastecer a cada 150 / 250 km, conforme as possibilidades. Céu azul e um razoável calor sob o Sol tem sido constante após a saída do Brasil. O GPS às vezes tenta nos dar uma sacaneada, mas fazemos prevalecer as placas de trânsito e o instintivo senso de direção e ele acaba voltando atrás.

As Harleys têm se comportado conforme o esperado de uma máquina robusta e de alto desempenho, sem demonstrarem o mínimo problema e agradecidas com a gasolina Infinia de 98 octanas, sem álcool, a R$ 4,00. Vamos deixar para nos preocupar mais tarde com as consequências da nova mistura de combustível “garapa”, que já nos foi empurrada guela abaixo, sem direito a engasgar.

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Percorremos a RU 19, passamos por San Francisco e pilotamos mais um tanto para chegarmos aos arredores de Córdoba. Contornamos a grande cidade pelo sul, chegando ao nosso destino do dia depois de percorrer 400 km das estradas argentinas, concluindo mais um dia de prazerosa e harmônica pilotagem.

Entramos em Villa Carlos Paz e, como de costume, o Coré assumiu a dianteira com o endereço do hotel plotado no GPS da Ultra. Depois de rodarmos um pouco, quando dobramos uma esquina, ouviu-se um grito na pacata cidade, que ecoou entre as paredes dos prédios baixos, bem no horário da sesta dos velhinhos que preponderam na cidade: “Coré!!!!”. Era a Carminha, encurtando o trajeto definido pelo GPS do maridão, que já estava morrendo de saudades.


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