129º dia – Santiago – Mendoza (ARG)

Santiago129° dia – 02/09/13 – 2a. feira – Santiago (Chile)/ Mendoza (Argentina) 364km.

ESSE DIA FOI PE-AGÁ-Ó-DE-A!!

Acordei ainda com muita tonteira e vertigem…

Fiquei no Hostal arrumando a bagagem na moto (é sempre um suplício! Que saudade do meu bauleto da Givi…) e esperando o Kleber que foi pegar um documento na BMW. Depois ele me falou que era o doc da moto!… Chegou. Finalizei minha parte e rumamos para o Paso Los Libertadores (como esse povo de lingua espanhola gosta desse nome…).

A tensão e dúvida era se o Paso não iria fechar. Se fechasse teríamos que voltar e nova tentativa só no dia seguinte como aconteceu com várias pessoas do Hostal.

Tocamos em frente e algum tempo depois, já subindo o morrinho que o pessoal aqui chama de Andes, começou um chuvisquinho. Colocamos a roupa de chuva e seguimos. O chuvisquinho ficou mais frio… Num certo trecho já com neblina vi um teleférico cheio de gente subindo. E o tal do chuvisquinho foi piorando e virou chuva fina. Nessa altura o frio era de rachar. Aí é que a coisa “garrô”. Os pingos começaram a dançar na nossa frente. Eram uns pingos gozados, era leves e desciam e subiam… Um entrou pelo meu nariz. Aí me toquei o que era aquilo…. Era neve! Estava nevando e nós brasileiros lá passando por aquele perrengue! Os dedos congelaram. Pensem num freezer aonde tem aquele gelo nas paredes e vc coloca a mão. Só que a mão fica lá por 20 minutos, meia hora… Os dedos quase caíram… O parabrisas da moto ficou tomado de neve. A roupa, capacete, tudo… Não enxergava nada porque meu parabrisas é alto e ainda tinha uma cacetada de curvas 180° subindo cheia de caminhões e eu tontinho tontinho da labirintite… Ainda bem que o Kleber ia na frente assim eu podia ver a lanterna traseira da moto dele e me guiar melhor.

Chegou num ponto que tinha uma guarita de fiscalização aí pensei: “esses caras ainda vão ficar pedindo documentos nessa neve e frio?!”. Mas era só um papel com a placa do veiculo servindo como passe. Subimos, subimos e o frio cortando até chegar numa cobertura enorme (fotos 1/2) onde os carros faziam fila para aduana e migração. Entramos na fila e ninguém com dó dos motociclistas e o pessoal dos carros lá dentro com ar quente ligado no quentinho… Passamos por toda a burocracia (e estamos no Mercosul…), mas o bom são as aduanas integradas, ou seja, fizemos tudo num local só e não precisamos tirar cópias! Pasmem!

Continuamos e começamos a descer. Aí a temperatura melhorou, a paisagem ficou linda e sol abriu num final de tarde abençoando essa aventura.

Chegamos em Mendoza e custamos a achar um Hostal que pudesse colocar as motos. Ficamos no hostal Lao mais ou menos bom… As motos passaram por dentro (foto 3) da sala de estar (é quase sempre residencia adaptada para hospedagem) e ficamos num quarto de dois beliches sendo uma cama já estava ocupada, mas a pessoa não estava lá.

Bem tarde, já madrugada, chega uma moça mal educada, acende a luz, fazendo barulho e vai dormir.

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