9º dia – Rio Branco – Assis Brasil-AC

9º dia – 05/maio/2013 – Rio Branco-AC – Assis Brasil-AC

Mapa nono dia

Desperto sempre antes do relógio. Diz minha cunhada que esse “povo mais velho” dorme pouco… 6 horas levanto e lá vem aquela trabalheira toda de arrumar tuuudo novamente, que só nós motociclistas sabemos.

Saio do banho já suado. Deve fazer 30 graus, mas a sensação térmica deve ser de 50º! Ruy, que é friorento pra caramba, também suava em bicas.

Bagagem nas motos, damos partida nas nossas máquinas. Ligo a chave, a ignição, espero apagar a luz do painel e damos partida. Motor ronca forte. Pedal de marcha pra baixo e vem o “pancadão” (como diz o Fernando Franco, de Cabo Frio) de engate da 1ª. Baixamos a viseira e estamos prontos para mais uma jornada. Serão 330km até Assis Brasil – AC. Pouca distância, mas vem a incerteza do que pegaríamos pela frente.

Estrada boa, asfalto um tapete. Depois de alguns quilômetros, o primeiro buraco. O segundo. Terceiro. Uma infinidade de buracos, panelas, crateras, etc. Vergonha saber que uma estrada construída há 5 anos já está toda deteriorada. Notamos que a camada de asfalto tem uns 5cm, não mais que isso. Lembramos das estradas da Alemanha e suíça. Sub-base de 50cm em várias camadas de material. Primeiro mundo.

Mas contornamos tudo com calma e segurança. O Cardo nos ajuda muito nessa hora. Quem está na frente dá as dicas pro outro. De repente uma chuva grossa. Paramos para vestir nossas “confortáveis” roupas de chuva (pizza delivery, quem vai?). Depois de um ” P” trabalho voltamos a rodar. Mas né que vem a lady? Todo mundo conhece essa lady.. Lei de Murphy: não deu 5km a chuva pára…

Curiosamente, encontramos vários motociclistas em “big trail” sentido contrário.

Chegamos a Brasiléia antes da hora do almoço, mas (dica) em todo lugar na região o almoço é de meio dia à uma e meia. Passou disso fica tudo vazio. Tanque cheio, suor escorrendo, damos partida em direção a Assis Brasil. Novamente, estrada alternando trechos ótimos e péssimos. Vamos com todo cuidado para poupar nosso equipamento.

Chegada em Assis Brasil, estacionando minha moto, quase parado, passei por cima de um tachão e a moto começou a tombar. Não fosse o Ruy e uns brasileiros que estavam lá iria pro chão. Aí descobri o que quer dizer a palavra tachão: é a corruptela de ta(no)chão. Interessante que esses brasileiros (gaúchos) trouxeram uma frota de ônibus urbanos de Santa Maria (RS) até aqui e depois outros motoristas peruanos continuariam até Equador, local de destino. Fazemos os procedimentos para controle de passaporte e alfândega. No Brasil descomplicado, no Perú mais burocrático, mas nada demais (sem “mordida$”). Os policiais até ficaram contentes quando entregamos os adesivos do PHD para eles. Nesse momento cai maior chuvão! Ainda bem que estávamos abrigados dentro da alfândega. A sorte está do nosso lado, sempre!

Policiais peruanos

Policiais peruanos
Os policiais boa praça com o adesivo PHD

O problema é que entramos no Perú, mas das duas alternativas a melhor ainda é essa…

Dica dos locais, fomos para a Pousada Renascer (até parece nome de templo religioso). Fiquei num quarto com penteadeira rosa e branca e o Ruy num quarto todo rosa (fotos anexas). Me racham a cara de vergonha!…

Ruy no hotel em Assis Brasil
Ruy em um quarto cor de “pink”

Fernando no hotel em Assis Brasil
Eu com um penteadeira de criança

Ruy descansou uma hora (a hora da “siesta” dele é por volta das 18h…), depois fomos jantar numa lanchonete na praça e voltamos pra trabalhar nos diários.

Ficamos sensibilizados com todas as mensagens rcebidas. Continuem torcendo por nós.

Redator – Fernando


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