Alaska

“O Ruy já tinha decidido fazer essa viagem para Prudhoe Bay – Alaska. Tinha vistos tirados, vacinas, etc., mas não tinha um parceiro para a empreitada e até pensou em fazê-la sozinho. Nos encontramos no evento de inauguração do “Espaço Cap. Senra” na BH Harley-Davidson, ele me viu e puxou o assunto meio que sondando… quem sabe você topa… Prudhoe Bay… de moto… 4 a 5 meses de viagem… Alaska… etc, etc… e eu topei na hora. Imaginava mas não sabia que iria ser tão espetacular assim! E agora estamos aqui, no destino final, objetivo maior da nossa conquista, sonho realizado de uma viagem ao nosso ver épica…

Contar com uma torcida fiel como a de vocês, acompanhando, vibrando a cada curva, a cada paisagem que descrevíamos, sofrendo junto a cada problema e passando apertado conosco a cada sufoco, foi o maior incentivo para essa nossa conquista!

Todos os dias fazíamos um pensamento positivo, uma espécie de oração íntima, agradecendo a quem nos protege lá de cima para cada dia viajado e pedindo para proteger e abençoar a todos vocês familiares, esposas, filhos, amigos, pessoas que amamos e que nos amam e também aquelas que conhecemos na estrada, mas que passaram a nos acompanhar nos diários e nos incentivando com palavras amigas…

Gente,…. ESTAMOS AQUI!!! CONSEGUIMOS!!! 66 dias atrás estávamos saindo de BH escoltados por um grupo de Harleys (mais 2 jipes de casais de amigos queridos meus) e com as palavras de incentivo ainda ecoando nos ouvidos e batendo junto com o coração. Um coração apertado, já levando saudades de uma vida tranquila junto às pessoas queridas e que amamos.

Pensamos algumas vezes que, cada quilômetro, rodado representava uma surpresa e experiência a mais nas nossas vidas e viver tudo isso seria um momento único.

E foi! Sem dúvida. Passamos por muitas situações criticas e tivemos que tomar decisões difíceis. Mas nada comparado com os últimos 400 quilômetros, quando por várias e varias vezes pensamos que num segundo, um erro de avaliação de frenagem e leitura de piso poderia colocar tudo a perder. É que na noite anterior havia chovido fortíssimo e estava tudo enlameado. Cada metro de deslocamento tinha que ser cuidadosamente estudado, porque as motos de uns 400 kg com bagagem, etc., deslizavam e derrapavam quase sem controle.

Mas essa é uma historia que vamos contar com detalhes no nosso relato do dia 01/julho… Agora temos um dia para relaxar e curtir a sensação de missão cumprida (compriiida…).

Amanhã voltaremos a enfrentar esses 400 km, sempre com cuidado e cautela nas estradas, mas curtindo cada caminho novo e paisagens sempre mutantes pelos climas tão diversos que vamos voltar a atravessar.

Com emoção deixamos o nosso obrigado a todos!”

Redação PHD Fernando


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