109° dia – Bogotá (COL)

109° dia – 13/08/13 – 3a. feira – Bogotá (Colômbia).

Tomamos café e fomos enfrentar a aduana de Bogotá para depois retirar as motos.

Apesar se acompanhados pelo Manoel, funcionário da Air Cargo Pack, a liberação das motos demorou a manhã inteira.

No Panamá, tive problemas com meu cartão pré pago Amex “Global” Travel, porque não funciona no Panamá, ou seja, de “Global” não tem nada… (não recomendo Amex. O Visa é aceito em todo lugar – só tem o inconveniente dos 6% da Dilma). Estava super estressado em como pagar o frete todo adiantado em efetivo… Mas a Leiby, autorizada pela Raquel de Bogotá gentilmente me permitiu pagar parte no embarque para depois saldar o restante no destino. Como na ida tive um prejuízo de USD220 por conta de terem colocado 2 motos no mesmo palet e irem roçando uma na outra (era a BMW GSA contra uma Harley… adivinhem quem levou a pior?…) e tinha tudo documentado, fotografado e enviado para a matriz, pensei em negociar a diferença. Qual nada… Foram irredutíveis deram mil motivos contábeis e não assumiram a responsabilidade. Lembro de quando na ida, na hora de contratar os serviços, o Paulo Giorgiani, que me acompanhava para ajudar, perguntou ao Captain, dono ou chefão de lá, se havia seguro. A resposta se assemelhou a um “La garantia soy yo…”. Nessa hora olhamos um para o outro e parecia que estávamos adivinhando…. Creio que o que norteia a filosofia de uma empresa de transporte de carga é receber a carga intacta e entregar também intacta. Enfim, fiquei no prejuízo… Imagino o que estes senhores fariam se um filho brincando com bola quebrasse a vidraça de um vizinho. “Não posso pagar esse vidro porque não tenho contabilidade para isso, blá blá blá…”.

Paciência… Aprendemos com as experiências, ou seja, não recomendo essa Air Cargo Pack. Não são sérios.

Bom, tudo pago e liberado, foi outro sufoco pata baixar as motos das docas apesar de terem melhorado e trocado a terrível rampa da ida por um rack especial. Só que fizeram para motos pequenas e quase não deu para as nossas. A do Ruy não coube e teve que ser transferida para um caminhão e depois descer numa rampa de outra doca(Ruy não vi essa operação se foi assim. Pode corrigir à vontade).

Isso resolvido, fomos para a nova oficina da YCCC (Yamaha Custom Club Colômbia) dos amigos de Bogotá. Havia sido mudada e tinha um forte contrato com a policia local. A oficina estava abarrotada de motos. O Ruy deixou a dele lá, o Roberto foi trocar as lanternas traseiras da KTM, mas deu zebra e de uma coisa simples se tornou um problemão. Deixou a moto lá também. Mas foi o dia inteiro sob chuva e frio e de noite para ir ao hotel foi outro sufoco para pegar um taxi. Apareceu um e os dois foram no taxi e eu, de moto, fui seguindo. Só que era noite, chovendo, ruas alagadas, o taxista andando rápido e eu com o pára-brisas todo respingado, viseira e óculos idem e quase sem enxergar nada, fui passando pelos lençóis de água, rezando para não cair em algum buraco (dizem que Bogotá é a capital mundial do buraco) ou pior, bueiro, e tomando cada banho dos outros carros que me passavam à toda sem a minima consideração com um motociclista.

Chegamos no hotel e, apesar de encharcado (mesmo com roupa de chuva), estava bem. Faz parte da aventura…

Um bom banho, um espaguete à carbonara com uma cervejinha serviram para apagar o lado não bom do dia.

Redação PHD Fernando


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