61° dia – 26/06/13 – 4a. feira – Whitehorse (Canadá)/ Chicken (Alaska) via Dawson City -727 km.
Acordamos bem, apesar da claridade no quarto, mesmo sendo de manhã bem cedo. Por ser verão, os dias são mais longos e as noites curtas.
Demos uma volta na cidade de Whitehorse para conhecer melhor e achamos muito interessante. Tem casas antigas preservadas / restauradas, o que dá um certo charme ao local.
Comemos um sanduba numa delicatessen, enchemos o tanque e galão de gasolina (bem cara no Canadá…) e pegamos a chamada Taylor Road.
Sensação gostosa de sentir um friozinho matutino, estando bem agasalhado, o sol já indo alto, as nuvens dando lugar a um céu azul limpo, contrastando com as florestas verdes e densas.
Logo, veio a visão de um lago que, por ser de manhã cedo, ainda não havia vento e o efeito era de um espelho.
Por muitos quilômetros não havia postos de gasolina e rodamos até quase dar pane seca. Depois de dois postos fechados (o GPS indicava posto, mas não previa, é claro, que estavam desativados). Ainda bem que encontramos um quase chegando em Dawson City.
Essa escala foi uma agradável surpresa. Cidade temática da febre do ouro no ano de 1896. Temática, porque as casas, lojas e hotéis estão preservados como no original e dão um visual único ao local.
A estrada se alternava entre bom asfalto e trechos de “loose gravel”, uma espécie do nosso cascalho solto. Foi um trecho de 70 km aproximadamente.
Comemos um sanduíche, andamos para conhecer a cidade, e tomamos um sorvete. Para mim, dos mais saborosos que já provei (o meu foi Coffee Flakes).
Tem passeio de barco a vapor, tipo do Mississipi nos rios Yucon e Klondike, que se juntam lá e um barco no seco para visitação.
Para continuar na direção de Fairbanks, atravessamos o rio Yukon de balsa gratuita.
Na fila estavam dois rapazes com motos BMW tipo Big Trail. Quando souberam que vínhamos do Brasil e indo para norte do Alaska, principalmente de Harley, ficaram surpresos e exclamaram “are you crazy?!”.
E nos sentimos “crazy” mesmo, porque do outro lado era só terra. Parecia o rípio de Ushuaia, segundo o Ruy, que já se aventurou lá.
Passamos por trechos com neve congelada, o que deu todo um charme na paisagem e depois chegamos na fronteira dos EUA. Fizemos a entrada desburocratizada como sempre nesse país. Já estávamos no Alaska!! ESTAMOS QUASE CHEGANDO LÁ!! Prudhoe Bay, here we go!!…
Mas foram quase 200km de puro “loose gravel”, poeira e terra. Se a intenção era chegar a Fairbanks, com essa situação se tornou impossível. Tentamos chegar a Tok mas já cansados (eram 22h) acabamos ficando antes, em Chicken, numa cabana a USD 99 e ainda demos gracas a Deus por estar disponível.
Não tinha comida, pois pela hora estava tudo fechado. Foi só um banho (o banheiro é comunitário) e fomos tentar descansar. Tentar porque agora é meia noite e meia e ainda está claro e MUITO quente… O pôr do sol está previsto para 0:40h!…
Redação PHD Fernando
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