Partimos cedo, já que neste dia teríamos pela frente os temidos “Caracoles”. Porém, ainda dentro de Viña del Mar, a moto de Sergio apagou em plena estrada. Paramos em um bar enquanto aguardávamos a solução do problema.
Demorou bem mais do que o previsto. Ele precisou retirar o filtro de gasolina da moto para que ela conseguisse andar. Eu apelidei sua moto de “muito católica”, já que só gostava de andar com gasolina batizada.
Saímos efetivamente perto do meio dia, percorrendo a orla do Pacífico de Vina del Mar e belos cenários. Pela primeira vez consegui ver pelicanos parados nas pedras, além de hotéis, restaurantes e belas mansões.
Seguimos até a localidade de Los Andes, última parada antes de subirmos em direção à Cordilheira. Gata atrás, registrando belas imagens, com rios ao lado de grandes penhascos e a Cordilheira ao fundo, aguardando a nossa chegada.
Após percorrermos mais de 60 quilômetros, finalmente eles: “Los Caracoles”, estrada que nos leva ao topo da Cordilheira dos Andes e fronteira do Chile com a Argentina. São dezenas de curvas beirando penhascos e sem acostamentos. A primeira visão é simplesmente chocante. Ao lado da montanha, a estrada com suas idas e vindas e diversos carros e caminhões parecendo estar empilhados uns sobre os outros.
Começamos então a subida dos caracoles.
Cruzamos com diversos caminhões imensos nas curvas totalmente fechadas, onde qualquer falha humana ou da máquina poderia provocar acidente fatal. Além disso, construíram túneis gélidos e escuros nos trechos onde podem ocorrer deslizamentos de neve. Proporcionando emoção maior, o Cristo Redentor, túnel com aproximadamente 5 quilômetros de extensão, com escuridão quase total. Parecia que nos encontrávamos dentro de uma geladeira.
Paramos no alto, onde fica a fronteira do Chile e da Argentina, para fotos.
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