O programa da minha viagem de moto pela Europa hoje era um prato cheio para motoqueiros: atravessar os Pirineus passando por Col de Toumalet e Col d’Abisque pegando o rumo de Roncesvalle na Espanha.
O dia amanheceu lindo, sem uma nuvem no céu, mas fazendo aquele frio que justifica colocar a tal da “segunda pele”. Os romeiros e a maioria dos milicos já tinham ido embora, esvaziando os cafés à beira rio. Com isso, aproveitei para saborear com calma meu capuccino e o tal de “Le croissant”. Os Pirineus que me aguardassem… e como isso me custou caro…
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Acabei o cafe e segui a direção informada pelo Tomtom Macoute (o GPS), depois de rodar uns poucos quilômetros, você divisa alguns picos ainda cobertos de neve que, ao derreter, alimentam os rios que correm no sopé da cadeia de montanhas e fazem a festa dos pescadores, da turma do “rafting” e de velhos motoqueiros que adoram fotografar esses momentos.
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Resolvi acelerar o passo e ia muito bem quando começou a subida, a estrada estreitando, passando por povoados antiquíssimos, em alguns pontos só permitindo a passagem de um carro. Claro que tive de parar.
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Mais à frente algumas cabanas de pedra que pareciam à espera de um artista para retrata-las. Nessas horas lamento profundamente minha falta de conhecimento e técnica para capturar a magia do lugar. Que falta faz uma pintora na minha vida !
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Depois disso foi um incrível cortejo de carros antigos precedidos por dois motociclistas batedores da polícia.
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E foi assim, parando aqui e ali que o GPS me levou de volta ao ponto de partida! Pedi outro caminho e ele mandou-me entrar numa picada que nem bicicleta passava… enlouqueceu de vez o desgraçado ! Abri o meu mapão e mandei ver, pelo menos cheguei a uma estação de esqui, morto de fome e fiz a melhor refeição até agora: uma bisnaga, com um queijo com cheiro de xulé (um tal de fromage ou coisa que o valha) com uma fatia de uma espécie de presunto metido a macho e uma chavena de chá de hortelã. Muito bom, se bem que esse negócio de chavena parece meio boiola, mas que é elegante lá isso é.
Melhor ainda quando o dono do café me avisou que o Col d’Aubisque estava fechado, mas os GPSs não sabiam disso. Peguei a estrada que ele me indicou, mas isso tirou-me totalmente do planejamento. Cansado e desorientado, resolvi procurar um hotel para um banho bem quente e me aboletar na cama que o frio está brabo agora à noite. Foi só o tempo de traçar estas benditas linhas para não deixar acumular serviço.
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