Bad Ragaz – Mulhouse

Saí de Bad Ragaz por volta das 10 da manhã. A idéia era atravessar a Suíça e entrar na França pela Basileia (Basel para os mais viajados, o que não é o meu caso). O GPS foi me presenteando com estradas espetaculares. Uma pena eu não poder parar a todo momento para fazer as fotos de praxe (o tornozelo incomoda um pouco). De qualquer forma, alguma coisa eu consegui, até mesmo a enfermeira sueca se exercitando.

O maior problema foi que o Tomtom me fez atravessar Zurich de cabo a rabo, às 13 horas, com um calor senegalês e, ao final, todos os acessos à rodovia fechados por obras. Foi terrível, até que parei ao lado de um peão e perguntei a ele como fazer para sair dali (o inglês nessas horas brota, naturalmente entremeado com alguns putaquiupariu, etc.). O cara me mandou seguir para uma cidade (ou bairro) chamado Watt, pegar à direita e sair seguindo umas pequenas setas laranja indicando “Dielsdorf” (como entendi isso é coisa de São Cypriano) por uns 3 km que iria encontrar um trevo onde deveria pegar o sentido Basel. Pronto, perfeito, apesar do Tomtom ficar alucinado e me mandar para tudo quanto era lado. Ignorei-o e consegui sair da enrascada.

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Em Mulhouse fui direto para o a Cité de l’Automobile, mas, sinceramente, me decepcionei. Meu sonho era conhecer a coleção de Bugattis dos Irmãos Schlumpf e acabei vendo Dauphine, Tatra e umas aberrações que mereciam estar num desmanche bem muquirana. A história desses dois irmãos é incrível. Um deles cuidava dos negócios (indústria têxtil) e o outro de comprar Bugattis em qualquer parte do mundo. Eles prepararam um local, sob a fábrica, onde restauravam e expunham os carros apenas para eles mesmos. Ninguém tinha acesso e até a quantidade de carros era ignorada. No final dos anos 60, a indústria têxtil deslocou-se para a Ásia e os negócios entraram em decadência. Funcionários permanentemente em greve acabaram descobrindo o “museu secreto”. Eles mantiveram os irmãos presos por uma semana, precisando a polícia solta-los e, claro, eles fugiram para a Suíça (eram suíços). Os trabalhadores, junto com Associações de automobilismo, governo e outros dinossauros resolveram abrir o museu ao público para ressarcimento de direitos trabalhistas. Foi um sucesso de público, mas o governo resolveu vender as melhores peças e se ressarcir de tributos sonegados. Os trabalhadores ficaram chupando dedo e o museu hoje parece que é gerido pelo estado. As teias de aranha no painel da entrada já dizem tudo. A administração é amadorística, sem temática e sem a menor lógica na distribuição dos espaços. Um acervo misturando Ferrari F40, Renault Dauphine e um Tatra no mesmo espaço, fora o resto. O que se salva mesmo são as seis Bugattis Atalante, pois até mesmo a enorme Bugatti La Royale conversível é uma réplica.

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Atrás do museu tem uma pista onde você paga 300 euros para dar 4 ou 5 voltas em uns carros dos anos 60: Triumph Spitfire, Jaguar XK-150, MG Midget, Ferrari, etc…

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