Dicas sobre Freios e viagens de moto

Freios e viagens

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Quando viajamos, até mesmo em bates-e-voltas rápidos, costumamos nos preocupar com diversas coisas. Roupas, capacete, acessórios, gasolina, óleo, filtro, celular, pressão dos pneus, onde levar o que vamos levar (carteira, documentos, máquina fotográfica, etc.) e outras coisas, gerais e específicas. Mas, muitas vezes esquecemo-nos dos freios.

Andamos de H-D, e elas são pesadas. Aceleram bem, por conta o motor “torcudo”, mas têm certa dificuldade em parar, por conta da grande massa do veículo.

Falando um pouco em física, ao frearmos transformamos o movimento da moto em calor, através do sistema de freios e do atrito dos pneus com o piso (mais sobre isto em algum artigo futuro). Ao frearmos, o circuito hidráulico de freio aperta as pastilhas contra o disco de freio. O atrito entre as duas superfícies gera calor, que nada mais é que o movimento da moto (energia cinética) sendo transformado em energia térmica.

É um sistema bem eficiente, dependendo da qualidade do material usado. As pastilhas originais H-D são metálicas e freiam bem. Entretanto, foram projetadas para um uso menos intensivo do que aquele encontrado no Brasil. Vimos isto durante nossa viagem aos States. O trânsito lá é mais tranqüilo, assim como as estradas que, mesmo no caso das secundárias, são mais amplas e seguras. E isto exige menos do sistema de freios.

Aqui, o trânsito é caótico, pra dizer o mínimo. A exceção aqui é algum outro veículo nos respeitar… e precisamos ter, acredito, o melhor sistema possível disponível para enfrentar emergências e imprevistos.

Usamos – eu e a Jackie – pastilhas sinterizadas, em vez das metálicas simples. Custam um pouco mais, mas freiam muito mais e têm uma durabilidade maior. São feitas para frear com a maior eficiência possível e não agridem os discos de freio. A melhora é sensível. As traseiras são um pouco mais macias e permitem um controle melhor da roda traseira, principalmente em manobras de baixa velocidade.

Em viagens aqui no Brasil, esta vantagem das sinterizadas é nítida. O controle das frenagens é mais linear, também. Você não precisa “alicatar” o freio para sentir que a moto está parando, as pastilhas sinterizadas transmitem mais confiança e você se preocupa menos com a hora da troca.

Verifique sempre suas pastilhas e o fluido de freio. Não misture tipos diferentes de fluidos ou pastilhas diferentes na mesma roda (por exemplo, a Sportster “R” possui dois discos dianteiros – jamais misture marcas ou tipos diferentes nos discos). Verifique no manual de sua moto o fluido de freio indicado e use-o.

Artigo gentilmente cedido por: Jacqueline Hochberg
subanagarupa.wordpress.com


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