Viagem de moto até o Atacama, Chile

Viagem de moto pelo Deserto do Atacama e Pasos Andinos

Ha alguns meses, estou preparando este roteiro:

Sairei do Brasil por Foz do Iguaçu, entrando no Paraguai. Sigo em direção a Assuncion, entro na Argentina pela cidade de Clorinda, sigo pelo interior até chegar em Calilegua.

Subo para Humahuaca, Iruya e La Quiaca, onde entrarei na Bolívia, indo até a cidade de Uyuni, onde descanso um dia, para melhorar a aclimatação.

Se o Salar do Uyuni já estiver inundado (provável), sigo para San Cristobal, Alota, e entro no Deserto na Reserva Eduardo Avaroa, pernoite em alojamento, no outro dia passo pela Laguna Colorada, Arbol de Piedra, Geyser Sol de la Mañana, Laguna Verde, e entrando no Chile pelo Paso Hito Cajon.

Com salar seco, atravesso todo ele até chegar em Chiguana e seguir o caminho normal – aumenta um dia.

Aqui, quem vai decidir o próximo passo será o corpo. Estando bem, sigo para Susquez; precisando de uma descanso, desço para San Pedro de Atacama.

Continuando, sigo para San Antônio de los Cobres pelo ruta 40, Abra del Acay e Cachi até chegar em Cafayete.

Talvez um dia de descanso nas termas de Fiambala, para depois encarar o Paso San Francisco até chegar em Copiapó no Chile.

Já no outro dia, volto para a Argentina, agora entrando pelo Paso Pircas Negras, até chegar na cidade de Villa Union.

Depois desse passeio, começo o caminho de volta para casa, Santiago del Estero, Corrientes, Foz, casa.

O prazo máximo para cumprir o trajeto é de 20 dias, km total 8.000 km, grande parte por estradas de terra, e 500 km pelo deserto com muita areia.

A ideia é rodar, conhecer o caminho e suas atrações, ficar quando o corpo pedir, sair cedo para aproveitar a tranquilidade e o frescor da manhã, pois a média de temperatura estará na casa dos 38 graus.

Levarei uma barraca, saco de dormir, fogareiro a combustível MSR e comida liofilizada. Estes itens serão somente para emergência, pois pretendo comer e dormir em hotéis.

Gasolina reserva será levada quase em todo o percurso. Usarei um tanque de barco de 12 litros para isso, mas na travessia do deserto, terei que carregar pelo menos uns 15 litros, porque o consumo deverá ser maior: transitarei por 500 km por volta dos 4.300m de altitude, chegando aos 4950 m.

Agua, sempre 2 litros na moto. No deserto, 5 litros.

Ferramentas básicas para moto e para conserto dos pneus, câmaras reserva, filtro de ar para as 2 motos.

Pneus mitas E07

Integrantes: eu, 40 anos, BMW G 650 GS Sertão

Meu filho: 19 anos, Honda XRE300

GPS Zumo 660 e Nuvi 1450, usaremos os mapas TRC 12-12, Mapear 990, Conosur, Viajeros e Bol R11.

Teremos ainda que levar roupas para frio extremo, para a travessia do deserto, onde a noite a temperatura pode chegar no verão perto dos -5 graus, nas travessias dos pasos também pode haver queda de temperatura. Este ano eu passei pela região dia 02 de janeiro, peguei uma temperatura perto dos 5 graus positivos. Dois dias depois, nevou intensamente em toda a região…

Distâncias, serão tentativas, apenas para ter uma cidade como objetivo.

Sairei de Arapongas onde passarei a passagem de Ano.

Arapongas – Foz do Iguaçu – Paraguai – Clorinda, Argentina – 835 km e passagem por 2 aduanas

Clorinda/AR – Calilegua/AR – 900 km passando pelo verdadeiro Chaco, muito quente, cidades pequenas e grandes extensões sem combustível.

Calilegua/AR – Humahuaca – Iruya/AR – 315 km Depois de San Salvador de Jujuy começa a subida e a altitude começa a alterar nosso corpo, que ainda não acostumou com a diminuição do oxigênio.

Iruya/AR – La Quiaca – Villazon/BO – Tupiza/BO ou Uyuni – Até Tupiza, 280 km, mas a aduana de Villazon pode ser muito demorada. Se der tempo, sigo direto para Uyuni/BO, que está distante mais 200 km só de terra.

Uyuni, dia para aclimatar, e ir até o Salar em excursão, se estiver alagado.

Uyuni – San Cristóbal – Alota (gasolina e alojamento) – Laguna Hedionda (alojamento) – Hotel Ojito (hotel de luxo no meio do deserto, tem até restaurante) – 250 km só em estradas de terra e grande partes com de areia. Neste dia, tudo fica mais difícil, pois adicionarei mais 20 kg na moto: 15 litros de gasolina e 5 de água.

Logo após o Hotel, entro na Reserva de Fauna Andina Eduardo Avaroa – Arbol de Piedra – Laguna Colorada – Geiser – Laguna Salada – Rocas de Dali – Laguna Verde – Laguna Blanca – Paso Hito Cajon, até a estrada R27, que desce para San Pedro de Atacama/CH ou Susques/AR. Até a estrada, são 180 km. Este será o pior dia, pois quase toda a estrada será de areia, em alguns lugares bem profunda, e sempre a uma altitude mínima de 4300 m, chegando até aos 4950 m, não sei o que será pior, pilotar na areia funda ou a altitude, que suga toda a nossa energia rapidamente. Alcançando o asfalto decido, levando em conta o esgotamento físico, se desço para uma altitude mais agradável a 50 km em San Pedro de Atacama, ou continuo para Susquez/AR a 240 km.

Depois de um dia de descanso, volto para as grandes altitudes: San Antonio de los Cobre/AR, Abral del Acay (5000 m), Cachi até Cafayete – 430 km

Cafayete a Fiambala – 460 km. Fiambala possui uma terma municipal, muito agradável para um dia de descanso, antes de partir para altitudes ainda maiores.

Fiambala/AR – Paso San Francisco – Copiapó/CH – 449 km. Neste dia subo perto dos 4800m, estando nesta altitude por várias horas. Depois, desço em Copiapó, ja no Chile, ao nível do mar.

Copiapó/CH – Paso Pircas Negras – Villa Union/AR – 450 km. Vou descobrir qual será a sensação de sair do nível do mar e novamente subir aos 4000 m.

Villa Union/AR – Santiago del Estero/AR – 670 km. Começo o regresso para casa.

Santiago del Estero/AR – Corrientes/AR – 630 km

Corrientes/AR – Foz do Iguaçu/BR – 630 km

Foz do Iguaçu – Casa – 630 km

Como já disse, tenho 20 dias para fazer o percurso. Serão quase 8000 km, sendo o ponto alto da viagem a passagem por 500 km de deserto na Bolivia.

Eu e meu filho pilotamos off road há muito tempo, mas a areia e a grande altitude serão as grandes dificuldades a serem vencidas.

Viagem de moto

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