A moto e os acessórios usados na viagem pelos pasos andinos

Quais são os acessórios que realmente valeram a pena o investimento e quais foram os que não suportaram as exigências da viagem? Quais foram os que não levei e que fizeram falta? O que achei da moto?

As mudanças e acessórios que fiz / coloquei na Sertão:

  • Pneus Mitas E07;
  • Câmaras grossas;
  • Suporte para GPS Touratech;
  • GPS Garmim Zumo 660 com o suporte RAM que faz parte do kit que vem junto;
  • Protetor da Motopointrc que protege também a carenagem lateral da moto;
  • Pedaleira caseira, feita pelo mecânico;
  • Suporte para alforje ou baú de alumínio, da Motopointrc;
  • Baú de alumínio de uma empresa de Curitiba, que eu já tinha, com adaptação para o suporte;
  • Lubrificador de corrente por gravidade Tutoro;
  • Levantador de guidão 20mm.

Pneus Mitas E07, ótimo para os trechos sem pavimento e também muito bons para o asfalto. Junto com as câmaras grossas e a calibragem para moto com carga, foram perfeitos. Passei por muitos trechos com pedras, algumas bem afiadas, tanto que o pneu voltou todo riscado. Mas não houve nenhum furo e protegeram bem as rodas de impactos. Com certeza, colocaria este conjunto novamente. Mas se for só asfalto, melhor o Mitas E08.

Suporte Touratech, que é fixado no para brisas, mais o suporte Ram, com o GPS Zumo. Ele balança bastante na estrada de terra, mas mesmo assim, não atrapalha a visualização da tela que, a meu ver, tem um bom tamanho. O fixação que fica acima do painel é outro ponto positivo, dessa forma, você não precisa abaixar a cabeça para olhar o GPS e não atrapalha a visualização da estrada.

Protetor de motor e pedaleira caseira. Tive apenas uma queda na areia, que riscou o protetor, mas protegeu a moto e minha perna. A pedaleira é um item fundamental em trechos longos, ajuda muito a descansar a perna, não viaje sem.

Suporte para Baú e os Baús. Fizeram seu papel. Como fui eu que instalei, eu sabia, que estavam bem fixos na moto. Somente dois parafusos, do lado esquerdo, que vieram colocados da fábrica, afrouxaram, mas foram reapertados no caminho. Estes suportes são muito robustos, estão aprovados. Meus baús não entram água ou pó.

Lubrificador de corrente por gravidade. Talvez funcione bem no asfalto, mas na estrada de terra, o óleo de motor junta muito pó. Melhor lubrificar com spray, apesar do trabalho.

Levantador de guidão, ajuda na ergonomia.

BMW G 650 GS Sertão. A moto se comportou muito bem. Com certeza, seria minha escolha para nova viagem. Peso razoável e economia de combustível. Nesse quesito ela é campeã, não tem pra ninguém, anda bem e bebe como uma 250cc. Mesmo apresentando dois problemas durante a viagem – que foram cobertos pela garantia – a suspensão dianteira direita vazou e o sensor do descanso lateral soltou.

Um equipamento que me chamou a atenção foram as manoplas originais da GS. São perfeitas, não tive nenhum problema com calos. Outro acessório original, que não dá para ir para lugares frios sem: o aquecedor de manoplas faz uma diferença…

Pela segunda vez não usei o camel back. Tenho o modelo mule de 3 litros, que também é mochila. Na trilha não me atrapalha, mas nas viagens de moto me dá dor na lombar, desisto de usar. Talvez da próxima vez, leve um modelo que seja só para carregar água de no máximo 1,5 litros.

Máquina fotográfica grande, usei uma Sony pequena na Transamazônica, que teve problemas na fixação da memória, três dias antes da viagem. Fui obrigado a levar uma Nikon D90. É uma ótima maquina, tem bateria que dura muito, mas tirar ela da mala tanque, tirar a capa de proteção e o protetor da lente, dá muito trabalho!

Só levo roupa de tecido sintético, que seca rápido e não fica com cheiro. Na próxima viagem, vou levar menos roupa ainda. Desta vez levei cinco cuecas, cinco meias, cinco camisetas, uma bermuda, uma calça, segunda pele e uma blusa para frio extremo. Da próxima vez só vou levar duas cuecas, duas camisetas e duas meias, mais os outros itens unitários.

De moto, menos é mais!

Acho que é isso!


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