O plano era alcançar Minas ainda hoje, chegando o mais próximo possível de casa. Saímos do apartamento alugado no centro de Curitiba por volta das 8h30, as ruas movimentadas e a temperatura agradável de 22ºC. Seguimos em direção à BR-116, a Rodovia Régis Bittencourt, debaixo de uma garoa leve que nos acompanhava como um lembrete da fragilidade do clima.
Deixando Curitiba para trás, fizemos uma breve parada em frente ao portal da Estrada da Graciosa. Infelizmente, o tempo ruim, com chuva que ia e vinha, nos fez desistir de percorrer aquela estrada mágica, pavimentada com pedras escorregadias, atravessando a Serra do Mar rumo ao litoral paranaense.
O dia foi marcado por várias paradas em pedágios. Perdi a conta de quantos passamos, mas foram muitos. Embora as tarifas da Régis Bittencourt sejam mais baixas do que em outras estradas privatizadas, as condições da rodovia deixavam a desejar. Enfrentamos trechos esburacados e irregulares, desafiando nossa paciência e nossas habilidades na pilotagem.
Um acidente com um caminhão causou um congestionamento de vários quilômetros. Atravessamos pelo corredor entre os veículos, avançando com cuidado e paciência e agradecendo pela agilidade que nossas motos nos proporcionavam.
O céu finalmente abriu e o sol apareceu forte, trazendo um calor intenso de 31ºC. Pouco depois do meio-dia, paramos em um posto em Miracatu para abastecer as motos e almoçar sanduíches. A Serra do Cafezal nos recebeu com suas curvas fechadas, túneis e viadutos que serpenteiam por morros cobertos pela mata atlântica. Caminhões pesados tornavam as ultrapassagens um desafio constante.
Para evitar o trânsito caótico de São Paulo, após Embu das Artes pegamos o Rodoanel Mário Covas, seguindo pelas rodovias Anhanguera, SP-354 e Dom Pedro I.
Cidade | Litros | Valor – R$ | Distância | km / l | R$ / l |
Campina Grande do Sul | 9,76 | 58,46 | 202,9 | 20,789 | 5,99 |
Maracatu | 9,22 | 55,00 | 194,8 | 21,128 | 5,97 |
Itapecerica | 4,77 | 29,04 | 102,5 | 21,488 | 6,09 |
Itapeva | 6,381 | 35,03 | 193,8 | 30,371 | 5,49 |
Foi na Dom Pedro I que o acaso nos presenteou com um encontro inesperado. Ao passar por Atibaia, avistei um Jeep conduzido por um velho amigo motociclista, Alfredo, que não via há anos. Buzinei e paramos adiante para um abraço caloroso e e uma rápida conversa cheia de saudade.
De volta à estrada, seguimos até a BR-381, a rodovia Fernão Dias. Um grave acidente perto de Camanducaia paralisou o tráfego, fazendo-nos perder precioso tempo. A tarde já se despedia, então decidimos procurar um hotel na cidade. Não satisfeitos com as opções, decidimos seguir adiante até Pouso Alegre, onde encontramos um bom hotel de beira de estrada.
Mais tarde, fomos a um shopping próximo para jantar. Dormimos com a expectativa de que, amanhã, finalmente estaríamos em casa. A estrada nos testava, mas também nos presenteava com encontros e memórias que carregaremos para sempre.
O vídeo abaixo mostra imagens registradas neste dia.
Deixe um comentário