Estudamos o clima para os próximos dias e, com o coração apertado, decidimos antecipar nossa partida de Urubici. Cancelamos os passeios planejados pelas serras de Santa Catarina devido à previsão de fortes chuvas que tornariam qualquer passeio prejudicado. Era melhor deixar a promessa de um retorno futuro do que ficar trancados na pousada, frustrados por não poder sair.
Colocamos a bagagem nas motos e vestimos as capas de chuva. Partimos por volta das 8h45 sob céu nublado e chuva fina. A temperatura estava agradável, 19ºC. A SC-110, conhecida por suas paisagens deslumbrantes, estava envolta em nuvens baixas, ocultando sua beleza. Uma derrapada com a traseira da moto logo na saída da cidade nos lembrou da necessidade de cautela. O piso molhado exigia atenção redobrada nas inúmeras curvas. Mesmo com a chuva atrapalhando a visão, não deixamos de nos maravilhar com as cachoeiras que se derramavam pelas encostas ao longo da estrada.
Paramos em Alfredo Wagner para um lanche rápido. A breve pausa ajudou a aliviar a tensão acumulada na estrada. Seguimos pela BR-282, agora mais movimentada e com a chuva persistente, exigindo toda nossa concentração. O ritmo era lento devido ao asfalto escorregadio e ao grande fluxo de veículos. Longas filas se formavam na descida em direção ao litoral. Motoristas impacientes faziam ultrapassagens arriscadas, tornando nossa jornada ainda mais desafiadora. Um carro que vinha no sentido contrário, em uma manobra inconsequente, invadiu nossa pista, forçando-nos a sair para o acostamento estreito e precário para evitar uma colisão.
Em Palhoça, pegamos a BR-101, uma rodovia duplicada e bem sinalizada. A chuva deu uma breve trégua, mas a passagem pela movimentada Região Metropolitana de Florianópolis manteve nosso avanço lento. As nuvens escuras no horizonte anunciavam que a pausa da chuva seria curta.
Pouco depois do meio-dia, paramos em Biguaçu para abastecer as motos e fazer um lanche reforçado. A temperatura subiu para 27ºC e a chuva voltou, agora mais fraca. A estrada costeava o litoral, e o Oceano Atlântico, coberto por nuvens negras, parecia sombrio e sem o habitual colorido. Passamos por Balneário Camboriú admirando a quantidade e a altura dos arranha-céus da cidade.
Cidade | Litros | Valor – R$ | Distância | km / l | R$ / l |
Biguaçú | 6,435 | 37,13 | 167,2 | 25,983 | 5,77 |
Joinville | 7,63 | 44,18 | 160,0 | 20,970 | 5,79 |
Antes de Itajaí, a chuva se intensificou e a visibilidade piorou. Nossas botas e luvas, teoricamente impermeáveis, começaram a falhar, deixando a água entrar e nos molhar. Passamos por quatro praças de pedágio; embora as tarifas não fossem caras, as filas e as paradas sob chuva diminuíam nosso ritmo.
Chegamos a Curitiba pouco antes das 17h, sob chuva forte. As ruas estavam alagadas e o trânsito, complicado. Finalmente, chegamos ao apartamento que havíamos reservado pelo aplicativo de hospedagem. Depois de guardar a bagagem e tomar um banho relaxante, fomos a um supermercado próximo para comprar itens para os lanches da noite e do dia seguinte.
Cada dia na estrada traz seus desafios e encantos. Apesar das adversidades, a liberdade e a beleza dos caminhos percorridos são recompensas inigualáveis.
O vídeo abaixo mostra imagens registradas neste dia:
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