Deixamos o apartamento em Passo Fundo, reservado pelo aplicativo de hospedagem, por volta das 9h. O estacionamento distante complicou um pouco a logística com a bagagem, mas logo resolvemos tudo e partimos pela BR-285, a mesma rodovia pela qual havíamos chegado no dia anterior. Nosso destino era Urubici, em Santa Catarina, distante menos de 400 km. A viagem prometia ser tranquila e sem pressa.
O sol tentava romper as nuvens, e a temperatura agradável de 22ºC nos acompanhava. A paisagem inicial era plana, com vastas plantações de grãos e pastos para gado. Máquinas agrícolas trabalhavam incessantemente, colhendo a safra. A estrada reta facilitava as ultrapassagens, e a viagem fluía com leveza.
As majestosas araucárias, com sua presença pré-histórica, apareciam no horizonte, nos cumes dos morros, adicionando um toque especial à paisagem já exuberante, o céu ainda nublado e a temperatura variando entre 21 e 25ºC. Paramos para abastecer em Caseiros, RS.
Após Lagoa Vermelha, uma obra na estrada nos reteve por um longo tempo. E Em Vacaria, enfrentamos o trânsito lento da cidade até pegarmos a BR-116. Atravessamos a divisa entre o Rio Grande do Sul e Santa Catarina, marcada pelo Rio Pelotas e uma floresta ao redor, compondo uma linda vista. A estrada começou a ganhar curvas sinuosas.
Por volta das 12h30, paramos em um posto perto de Capão Alto para abastecer, fazer um lanche e descansar um pouco. A passagem por Lages foi lenta, mas logo pegamos a BR-282, menos movimentada. Poucos quilômetros depois, nuvens carregadas trouxeram chuva, obrigando-nos a colocar as capas de chuva.
Chegamos à região das Serras de Santa Catarina, onde a estrada, repleta de curvas, exigia atenção redobrada. Antes de Bom Retiro, pegamos a SC-110, contornando serras com curvas ainda mais fechadas. As paisagens eram de tirar o fôlego, mas o asfalto molhado pedia cautela, e placas alertavam sobre gelo na pista.
Cidade | Litros | Valor – R$ | Distância | km / l | R$ / l |
Caseiros | 7,41 | 44,24 | 175,3 | 23,657 | 5,97 |
Capão Alto | 8,08 | 48,56 | 167,1 | 20,681 | 6,01 |
Urubici | 13,81 | 83,55 | 308,4 | 22,332 | 6,05 |
Chegamos a Urubici pouco depois das 15h e encontramos uma ótima pousada para pernoitar. A previsão do tempo não era favorável, mas decidimos arriscar e subir a fantástica Serra do Rio do Rastro. Guardamos a bagagem, pegamos as motos e voltamos para a estrada. Cerca de 85 km nos separavam do mirante, o que nos faria retornar à noite.
O tempo estava nublado, mas sem chuva, e a temperatura era de 20ºC. A estrada sinuosa passava por pequenas vilas com casas de chaminés fumegantes, estufas de hortaliças, galpões de criação de frangos e pomares de maçãs. As paisagens das serras eram lindas.
Trechos com terra caída das encostas e asfalto esburacado mostravam os estragos recentes das chuvas e dificultavam nosso caminho. Após Bom Jardim da Serra, uma densa névoa nos envolveu e, a poucos quilômetros do mirante, a chuva começou. Continuamos sob chuva intensa, que limitava nossa visão.
No mirante, entramos em uma lanchonete para nos abrigar e comer empanadas deliciosas. Esperamos um tempo, mas a chuva não cessou. Iniciamos a volta para Urubici ainda sob chuva, que só parou perto de Bom Jardim da Serra. A noite chegou, trazendo a preocupação da baixa visibilidade, curvas, buracos e faróis altos dos carros em sentido contrário. E ainda pegamos mais chuva ao nos aproximarmos de Urubici.
Chegamos à cidade por volta das 19h20, bastante cansados. Após um banho revigorante, fomos a um restaurante, onde saboreamos uma porção com queijos, azeitonas, legumes e carnes, acompanhada de ótimos chopes. Assim, encerramos um dia cheio de aventuras e emoções na estrada.
O vídeo abaixo mostra imagens registradas durante este dia.
Deixe um comentário