O dia começou com um bom café da manhã no apart hotel onde passamos a noite. Energizados e prontos para a viagem, arrumamos nossas bagagens nas motos e começamos a jornada por volta das 8h45. O céu estava nublado e o frio da manhã nos envolvia, com os termômetros marcando 13ºC.
Deixamos o hotel e, antes de pegar a estrada, paramos em um posto para abastecer as motos. A saída de Villa Maria foi tranquila, o trânsito matutino parecia ainda despertar.
Seguimos pela Ruta 158, a mesma que nos havia trazido à cidade no dia anterior. Era uma estrada de pista simples, repleta de buracos que demandavam nossa constante atenção. Mas, em contrapartida, nos oferecia grandes retas atravessavam uma planície salpicada de fazendas, onde o gado pastava preguiçosamente. O horizonte infinito permitia ver longe, e a estrada cortava pequenas cidades cheias de quebra-molas e semáforos que nos obrigava a desacelerar e quebrar o ritmo da viagem.
Após passarmos por San Francisco, entramos na Ruta Nacional 19, uma estrada duplicada e em ótimas condições. As nuvens foram se dissipando gradualmente e o sol despontou no céu, aquecendo nossa rota e fazendo a temperatura subir para 19ºC. A estrada, com suas longas retas, atravessava fazendas de gado e campos de cultivo de grãos. Passamos por praças de pedágio onde, felizmente, as motocicletas eram isentas de pagamento.
Cidade | Litros | Valor em moeda local | Valor – R$ | Distância | km / l | R$ / l |
Clucellas | 9,674 | 9519 | 58,42 | 191,8 | 19,826 | 6,04 |
La picada Entre Rios | 8,827 | 8005 | 43,49 | 151,8 | 18,318 | 5,25 |
Federal | 8,907 | 8604 | 52,69 | 168,0 | 18,862 | 5,92 |
Paso de los Libres | 11,182 | 11003 | 62,79 | 214,7 | 19,201 | 5,62 |
Pouco depois do meio-dia, chegamos a Santa Fé, uma cidade grande e bonita às margens de vários rios. Atravessá-la foi um desafio, com trânsito intenso que nos obrigou a andar a passos lentos. Cruzamos os rios Salado e Santa Fé por longas pontes e, em seguida, passamos sob o Rio Paraná por um túnel, onde pagamos uma taxa de pedágio.
Após o túnel, chegamos a Paraná e seguimos pela Ruta 12 até a Ruta 127, ambas com pistas simples, sem acostamento e bastante movimentadas. O céu voltou a ficar nublado e a temperatura pairava nos 21ºC. Paramos em La Picada para abastecer e lanchar, mas a lanchonete só oferecia bobagens.
A paisagem ao longo da estrada era dominada por vegetação baixa e retorcida, com muitos pássaros fazendo seus ninhos nos postes de energia elétrica.
Às 16h, paramos na cidade de Federal para mais um abastecimento. A temperatura estava agradável, em 24ºC. Pegamos então a Ruta 14, uma excelente estrada duplicada e bem sinalizada.
O dia começava a se despedir e o cansaço nos envolvia. Quando avistamos um hotel de beira de estrada com boa aparência, resolvemos parar e verificar a possibilidade de pernoitar ali. Infelizmente, eles só aceitavam pesos argentinos, e não tínhamos a quantia necessária em espécie. Seguimos então até a fronteira com o Brasil, onde os trâmites de saída da Argentina e entrada no Brasil foram rápidos.
Atravessamos o Rio Uruguai, pela ponte que liga os dois países e estava em péssimas condições, com enormes buracos no asfalto. Finalmente, chegamos ao nosso país. Fomos direto ao centro de Uruguaiana, onde encontramos um hotel. Terminamos o dia com uma deliciosa refeição em uma churrascaria, celebrando mais um capítulo de nossa aventura sobre duas rodas.
A seguir, vídeo com imagens registradas durante este dia.
Deixe um comentário