Era hora de voltar para a estrada, deixando para trás os momentos mágicos de Mendoza. Aquela cidade encantadora, com suas ruas limpas, largas e arborizadas, foi um lugar perfeito de descanso e descobertas. Mas o chamado da estrada era irresistível.
Saímos tarde do hotel, relutantes em abandonar o conforto, mas a jornada nos chamava. No posto de combustíveis, abastecemos as motos sob um céu nublado e uma temperatura de 16ºC, um friozinho revigorante para a viagem que nos aguardava.
Deixamos a área urbana em cerca de 20 minutos, a cidade desaparecendo lentamente no retrovisor.
Uma leve garoa começou a cair, trazendo uma sensação fria que nos obrigou a parar para reforçar as roupas. A temperatura desceu para 11ºC, o vento cortante nos acompanhava.
Seguíamos pela Ruta Nacional 7, uma estrada bem conservada que serpenteava por vastas plantações de uvas. Um policial nos parou, aconselhando cuidado com o frio que poderia afetar nossos reflexos.
Por volta das 11h20, passamos por uma praça de pedágio onde até as motocicletas pagavam a tarifa. Logo depois, em Desaguadero, paramos para abastecer e fazer um lanche. No estacionamento da lanchonete, encontramos outros motociclistas, todos em direção a San Luís para um encontro de motos. Havia um sentimento de camaradagem no ar, um lembrete de que, na estrada, nunca estamos realmente sozinhos.
A paisagem era árida, marcada por arbustos retorcidos, sob um céu nublado e uma temperatura de 14ºC. A chuva fina nos acompanhava incessante.
Em San Luís, o vento aumentou, batendo forte contra nossos corpos enquanto edifícios modernos surgiam à beira da estrada.
Pouco depois das 15h, paramos em Juan Jorba para abastecer novamente e aquecer nossos corpos. A chuva cessara, mas a temperatura caiu para 10ºC. Minha bota descolou o solado, deixando a água gelada entrar, esfriando meu pé e adicionando um desafio a mais à jornada.
A paisagem se transformou enquanto atravessávamos planícies vastas com plantações de soja e milho. O horizonte estava obscurecido por nuvens densas, criando uma atmosfera de introspecção. Em uma barreira policial, fomos questionados sobre nossa origem e destino e recebemos mais conselhos: o policial nos alertou sobre as faixas escorregadias na estrada e recomendou que viajássemos um atrás do outro, nunca lado a lado.
Cidade | Litros | Valor em moeda local | Valor – R$ | Distância | km / l | R$ – l |
Desaguadero | 9,355 | 8831 | 51,26 | 179,7 | 19,209 | 5,48 |
Alfredo Racca | 6,582 | 6213 | 36,53 | 134,3 | 20,404 | 5,55 |
Rio Quarto | 7,481 | 7400 | 44,82 | 145,0 | 19,382 | 5,99 |
Villa Maria | 7,652 | 7500 | 45,92 | 158,4 | 20,700 | 6,00 |
Em Villa Mercedes, pegamos a Ruta Nacional 8. A estrada era adornada com gramados extensos e árvores bem cuidadas, mas os quebra-molas e sinais das cidades pelo caminho nos obrigavam a diminuir nosso ritmo. A chuva fina voltou a nos acompanhar, e a temperatura variava entre 11 e 13ºC.
A noite já se insinuava no horizonte quando chegamos a Villa Maria. Procuramos pelo hotel que havíamos planejado, mas não o encontramos. Optamos por um apart hotel próximo, apesar do preço salgado. Descarregamos as motos e, depois, fomos a um restaurante próximo. Ali, brindamos com cerveja e nos deliciamos com uma refeição saborosa, comemorando mais um dia de aventura e superação na imensidão das estradas da Argentina.
Cada quilômetro percorrido, cada desafio enfrentado, tornava essa viagem uma aventura única, deixando marcas indeléveis na memória.
O vídeo abaixo mostra imagens deste dia desafiador.
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