Moto? Nem pensar! Mas… era o jeito!

Estranho o título acima, mas foi assim que tudo começou. Transcorria o início do ano de 1962 – isso mesmo, fazem 51 anos! – eu morava em Salvador, fazia faculdade das 8 às 12h10 e trabalhava em um banco, entrando às 12h30. Não havia como chegar no horário usando ônibus, lotação ou mesmo carro, pois tinha que atravessar todo o centro da cidade na hora do “rush”. Fazia esse trajeto andando (praticamente correndo) e chegava 12h32, 12h34, que me rendiam reclamações no fim do mês.

Dai, um colega propôs: por que você não compra uma Vespa? Daria para chegar no horário sem dificuldade, porque quanto mais congestionado o trânsito, melhor para usar os corredores. “Comprar uma Vespa? Eu? Nem pensar! Mas pensei, pensei e vi que a ideia era boa a ideia. Resolveria, sim, meu problema, mas….será que dá certo? Não deu outra e duas semanas depois, comprei minha primeira moto, na época o que existiam eram as Vespas e Lambretas. Que alívio, conseguia chegar a tempo até de fazer um rápido almoço que era servido numa cantina no próprio prédio.

Bom, estava resolvido meu problema de transporte. Aí, chegou o fim de semana, praia, bater uma bolinha com os amigos e apareceu o outro lado da moto: a curtição, a facilidade para desfrutar dos domingos na praia, as namoradas, que maravilha.
Bom, isso tudo em 1962, mas daí pra cá, praticamente nunca deixei de ter motos. Vieram ainda nessa época outras Vespas, Turunas, MLs, algumas CBs 400 (inesquecíveis), CBs 450… Com alguns intervalos, até 1996 foram muitas.

Achei, então, que era hora de parar, já não tinha idade para essas brincadeiras, porque aí a moto era só para curtição nos finais de semana. Corria o ano de 1998 e vendi a última, uma CB 400 II, vinho, super linda!

O tempo continuou a passar e lá se foram dez anos (na verdade, perdi 10 anos!), aposentei-me e, ai, não deu mais, a saudade dos bons tempos das curtições em 2 rodas, agora morando em Guarapari, ES, um Estado lindíssimo, tanto pelas praias como pelas regiões serranas, boas estradas, muitas curvas (uau!) e, em 2008, voltei a ter minhas motos e a fazer viagens até mais longas.

Mês passado fui a Campinas – SP, já andei mais da metade do ES e agora vou me integrar aos Fazedores de Chuva e conhecer todos os nossos 78 municípios.

Sou administrador, aposentado, tenho 72 anos e praticamente 51 de motociclismo. Não sei quando vou parar, ainda não penso nisso e acredito no dito que fala “não há melhor jeito de viver o pouco tempo que nos é dado”, mas, quando morrer, quero ser CROMADO….rsrsrs.


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