Mais uma trip, agora visitando o BRasil

Bem, alguns aqui devem me conhecer de 2009, quando comprei minha Dafra Kansas 150cc, usada, 1ª Série, com 1.600 Km rodados, a “Guerreira”, como a batizei. Abandonei tudo que tinha e me lancei a uma nova vida ‘nômade’ pelas estradas, saindo do Brasil e indo até os Estados Unidos, onde comprei um Motorhome e fiquei por 2 anos.

 

Depois resolvi deixar os Estados Unidos para trás, já que não aprendia o inglês, e voltei para um país de lingua hispânica, já que é uma língua que falo ‘menos pior’, desde que não fosse de jeito nenhum o México. Por isso optei pela Guatemala, (mais próximo possível dos Estados Unidos, que eu tanto amo), onde acabei alugando uma loja que transformei em minha casa temporária e, lá estou vivendo fazem 3 anos.

 

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Agora, a neura voltou a bater. Precisava de estrada e, como a “Guerreira” ainda não foi nacionalizada na Guatemala, comprei outra moto, uma Yumbo MT 200cc, ‘chinezinha’, e estou de volta às estradas, descendo até o “BRaza”, onde pretendo ficar um ano e depois retornar e, não sei bem ainda, decidir para onde ir.

Saí de ‘Guate’ dia 4 de maio e até agora a viagem foi uma ‘aventura só’. Perdi minha jaqueta nova, zerada, logo depois da fronteira entre Honduras e Nicarágua, com meus óculos de leitura, um mini-tripé, da minha câmera GoPRO, uma câmera de vídeo, ‘chinezinha’, enfim. A jaqueta estava atrás de mim, comigo sentado sobre ela, só que me esqueci e durante o trecho levantei para esticar as pernas que estavam doloridas e assim ela voou, caindo na pista e eu acabei perdendo-a.

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No outro dia, na fronteira de Nicarágua com Costa Rica, na confusão para fazer os trâmites de entrada no país, já que nos outros pelos quais passei eu não precisei fazer nada, já que sou “Estrangeiro Residente”, de Guatemala e estes Países, (Guatemala, El Salvador, Honduras e Nicarágua), fazem parte do ‘Bloco do G4, acabei ‘dando bobeira’, minha carteira com meus documentos pessoais e documentos da moto cairam no chão e foram roubados por um ‘punguista de fronteira’ que, ao descobrir que ali não tinha nada de valor, acabou me contactando e me vendendo de volta por 30 Dólares todos os ‘meus’ documentos.

Segui até Costa Rica então, parando em Playas del Coco, Guanacaste, onde fiquei num camping na beira da praia, bem no centro da cidade. No quinto dia que estava ali, enquanto tomava um refrigerante para aliviar o calor no bar ao lado, acabei conhecendo um casal, ele italiano de Milão e ela uma BRazuca de Fortaleza, que logo me apresentou duas outras amigas, Dijanna, nicaraguense, moradora de Playa del Coco e Lina, uma espanhola que também vive aqui, mas como turista ainda.

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Dijanna e Lina

Nessa noite, pra completar toda a ‘encrenca’, não sei como até agora, um ‘rato de praia’, abriu minha barraca, comigo dormindo dentro, roubou minha maleta de tanque da moto, com meu notebook, um Kindle, minha GoPRO, uma câmera à prova d’água Toshiba, passou por cima de mim, pegou no bolso da barraca meu GPS, meu telefone, um LG vagabundinho, e se foi.

Quando despertei às 4 da manhã foi uma surpresa. Sorte que as pessoas que eu havia conhecido, à excessão da española e da brasileira, eram bem relacionadas na cidade. Dijanna era uma mulher muito respeitada, considerada e conhecida pela ‘malandragem’ local. Logo pela manhã, quando eu consegui contacta-la e contar o ocorrido, ela imediatamente veio ao meu encontro e em menos de 15 minutos já sabia quem havia me roubado, onde morava e para quem estava vendendo minhas coisas. Roberto, o italiano, já havia sido policial aqui em Playas del Coco, juntou-se a ela e sairam para o lugar onde o ‘cara’ estava e conseguiram recuperar a maleta, a GoPRO, o chip do telefone e o notebook. Fiquei no prejuizo da câmera Toshiba, do Kindle, GPS e telefone, que já haviam sido vendidos e virado ‘pedras de crack’. Mesmo assim 2 dias depois, o celular apareceu, mas a pessoa que comprou queria 40 Dólares por ele, mas o celular não valia nem 20. Então deixei para lá.

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Fer e Roberto

O GPS era um Nuvi 1300, vagabundinho. Como tenho um Nuvi 2555 LMT de reserva, que estava na maleta de alumínio, ele não fará falta. Assim como a Toshiba, que apesar de ser uma boa câmera, é barata também, coisa de 60 Dólares e o Kindle, que eu comprei quando morava nos Estados Unidos, custa em torno de 30 Dólares.

Agora eu estou na casa de Dijanna, que não me deixou continuar no camping depois disso. Ficarei por aqui até o início de julho, quando o navio, o mesmo que eu vim com a ‘Guerreira’ em 2010, voltará para Panamá City e assim eu embarcarei a ‘Kapetynha’, para Turbo na Colombia.

Acompanhe minha história no site www.guerreando.com.br


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