Viagem de moto pelo Brasil

Fazedores de Chuva: o resgate

(Me orientando e me resgatando internamente com uma viagem externa)

Eu sempre me achei bem meio desorientada… ou pra trocar boas afirmações, desapegada demais…
Eu queria ir, eu ia, simplesmente ia…
Não era importante chegar… às vezes nem sabia onde chegar…

Nessa viagem, eu saí com um destino, um início, um meio e um fim (só que não)
Por cargas do “destino” eu saí com um roteiro e sabendo por onde iria passar e onde eu queria chegar.
Um colega fez todo o roteiro e eu resolvi acompanha-lo até um trecho e depois seguir até onde cismei de ir: Chuí

Eu queria fazer a minha viagem, fazia um tempo que eu precisava me retirar, me resgatar.
Porém eu iria sair com mais 2 pessoas: meu colega que resolveu continuar a viagem dele e me acompanhar e mais uma pessoa que se manifestou e criou coragem.
Bom, eu sabia que assim não seria exatamente a minha viagem, mas quem sabe, depois, o que iria acontecer?
Bora lá começar!

Então, por “brincadeira” do Universo, ele fez no 3º dia fundir meu motor e a partir dali, fiquei sozinha.
Não era isso que eu queria?

Agora sim, eu poderia então estar comigo mesma e literalmente ter que orientar!
Externamente falando eu era péssima de mapas, de rotas e direções, agora eu sou menos pior, kkkkkkkk
Mas eu tinha um roteiro e aprendi a olhar e entender por onde ir e aproveitar coisas que provavelmente eu nem veria se não soubesse por onde passar.
E ao mesmo tempo, mantive meu desprendimento para estar aberta a seguir o caminho por onde os próximos sinais do Universo me mandar.

Costumo dizer que eu não tenho tempo e nem espaço e isso é o VIVER NA ESTRADA.
Como eu já contei no outro tópico, eu já vivi no mundo, já fui mochileira e essa viagem tinha o intuito de resgatar o que vivi e resgatar em mim o brilho nos olhos pela vida que já tinha se perdido.
Me reconhecer novamente, me reencontrar; e aposto sempre num grande retiro, numa grande viagem solo pelo mundo afora.
Então, sem tempo pra acabar, sem lugar pra fixar, só resta seguir até… chegar…

Pois é, pra chegar eu teria que me orientar, mochilando de moto, tendo um lugar pra chegar, eu precisava aprender a ler, ler o mapa, ler a rota e bolar um trajeto de por onde ir, que horas e tudo isso que foi novidade para mim, confesso.
Me orientando assim eu chegaria lá!

Viagem de moto brasil 3

E dos perrengues, pra completar, fiquei sem velocímetro por uns 2 dias! Ou seja, de tanto eu falar que sou desorientada, lá vem o Universo de novo e fala:
Toma! Desoriente-se!
Eu aprendi a ler, mas não tinha mais como sabe quantos km andei, nem em que velocidade eu passei um radar…

Só comprovei que aquilo que está dentro de mim e eu afirmo, verei fora de mim!
Mudei e me orientei.
Parei de falar que era desorientada e decidi como eu queria ser.
Assim, verei externamente na minha vida o que está dentro de mim

Apesar dos perrengues, ou talvez por eles, só vi gente boa, pessoas que me acolheram com tanto carinho, nada de ruim e de mau.
Só coisa legal! Lugares lindos e tudo o que eu precisava.
Tudo depende do seu olhar, o que você quer enxergar.

Viagem de moto brasil 4

Essa é a viagem da vida!

Fazedores De Chuva: Então, Do Uai ao Chuí, enfim, concluí!

Vivendo novas histórias e revivendo antigas vivências cumpri um objetivo, para mim, auto desafio.
Missão pessoal cumprida, hora de voltar pra casa.
Volto viva de vida e instigada a continuar a estrada.
Iniciei então os 3 desafios: Cardeal, Bandeirante e Rodoviário.

E como canta a canção: “ando devagar pois já tive pressa”

Me acompanha nessas aventuras também lá no Instagram: @forasteira.estradeira

E no YouTube: Na Motoca com a Estê


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