Radares Inteligentes

Por ser um veterano motociclista estradeiro, agora aposentado mas ainda pilotando uma gostosa motocicleta de 250cc, venho acompanhando as muitas alterações que o trânsito vem sofrendo no decorrer do tempo. Transformações que estão acontecendo infelizmente para pior em razão do crescente número de veículos; na maior velocidade neles imprimida, seja nas estradas ou dentro das cidades, ambas com pisos mal conservados; ficando ainda pior pelo fato de haver imprudência, negligência e imperícia por parte de muitos dos seus condutores, o que motiva as autoridades a criarem constantemente novas leis e valerem-se de modernos mecanismos para pacificar o grande e violento trânsito que diuturnamente nós, todos nós, somos obrigados a enfrentar nas grandes cidades e estradas do nosso país.

Mas como para todo e qualquer mal existem remédios, milagrosos para uns, porém, danosos para outros por depender da ação e reação de cada pessoa. O mesmo acontece com as conseqüências advindas do trânsito, tendo em vista alguns aceitarem as punições por suas ações incorretas e com isso se educarem; mas lamentavelmente há o caso de existirem outros que não as admitirem, mesmo com indiscutíveis provas devidamente apresentadas. E, dessa forma, continuam nos seus desmandos.

Com base então nessas colocações, afirmo: o fato dos “radares inteligentes” agora adotados registrarem centenas de multas por minuto, mostra que grande número de condutores, sejam eles motociclistas ou motoristas, estão se comportando indevidamente e com isso descumprindo regras estabelecidas em leis que visam a ordem, a paz e a necessária segurança no trânsito.

Foi divulgado que esses radares registram hora, imagem do carro e respectiva placa que é identificada automaticamente e estas informações são enviadas para um banco de dados e daí o próprio sistema retorna com informações para um policial que está na “blitz” adiante, para que ele fique sabendo se está tudo em ordem ou se existe algo a ser apurado.

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Ressalto que tudo isso acontece em apenas quatro segundos por ser um sistema totalmente integrado e programado para analisar, rapidamente, todas as placas dos veículos filmados.

Na veloz pesquisa que faz, indica: quais veículos deverão ser abordados em razão de alguma infração cometida naquela ou em outra ocasião; se existe alguma documentação irregular; e acusa, inclusive, se é caso de veículo clonado, furtado ou roubado.

Com isso o processo de fiscalização é pontual, rápido e eficaz, não perturba a normalidade do trânsito e deixa que ele flua tranquilamente.

Mas, mediante o alto número de infrações registradas por esses “radares inteligentes”, há que se considerar que muitos motociclistas e motoristas precisam rever, urgentemente, suas posturas porque a realidade por eles apresentada é terrível.

E, se mesmo com esses radares os resultados são alarmantes, pensem para o caso da não existência deles. Sem dúvida que seria o caos total no trânsito.

Essa espantosa realidade, devido sua alta periculosidade, levou-me criar a crônica “Fator Emocional” onde mostro a necessidade da inclusão desse “Fator Emocional” como nova e necessária matéria no currículo das moto escolas e auto escolas. Principalmente no currículo do ensino fundamental, onde mais facilmente será “plantada”, nas crianças, uma “semente” que dará positivos resultados no futuro.

Tudo é uma questão de educação adequada e na ocasião devida.

E em havendo também exemplos positivos provocados por pessoas responsáveis e inteligentes, o trânsito e a vida sempre serão mais agradáveis e proveitosas porque existirá o respeito, a harmonia e  a necessária solidariedade entre todos: Pedestres e condutores

Simples, não? Se é simples. então por que complicar?

João Cruz é autor do livro Motociclistas invencíveis
j.v.cruz@oi.com.br

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