Diuturnamente, abnegados motociclistas vêm enfrentando pesado trânsito para usufruírem as delícias que suas motos lhes proporcionam.
Existe porém uma outra gama de motociclistas que diuturnamente têm de enfrentar denodadamente esse mesmo trânsito pesado e violento, não por diversão, mas sim pela constante luta para sua sobrevivência.
Chova, faça sol, seja dia ou noite, esteja frio ou calor, lá está ele sobre sua moto, cumprindo sua obrigação com cautela e educação no trânsito. Isso assim faz porque ele sabe que é “O Profissional”. E é dessa forma que leva sustento para seus familiares e para si também.
Mas eis que alguém, bem intencionado ou não, tem a ideia de premiar com um adicional em dinheiro todo aquele que mais entregas fizer no menor tempo possível. E para piorar, outros adotaram essa mesma ideia.
E o que foi que isso causou? Se antes o risco de transitar pelas ruas e estradas com a moto era grande, com esse prêmio tudo piorou, pois quem não deseja honestamente ganhar mais um pouco para poder dar melhor qualidade de vida e conforto à sua família?
Pois foi aí que entrou o malfadado ‘Presente de Grego’.
Na corrida pela premiação, esses profissionais esqueciam dos riscos que estavam correndo e também das multas que certamente iriam receber em razão da desobediência às leis, por estarem ansiosos para chegar o mais depressa possível nos locais onde as entregas seriam feitas, sem pensar nas consequências adversas que poderiam acontecer.
Mas felizmente a Lei que passou a vigorar em julho de 2011 chegou em boa hora, evitando que continuassem os motoboys perdendo dinheiro com multas, arriscando suas vidas e lotando hospitais, muitos deles com sequelas graves que os impediriam de continuar trabalhando na mesma atividade. Atividade na qual já se acostumaram e dela gostavam.
Mas se por um lado deixou de ganhar maior remuneração em razão da Lei, por outro lado ganhou mais segurança para continuar exercendo seu trabalho durante um longo tempo e ainda economizando nas multas.
Sei de muitos desses bons profissionais; que por se dedicarem com amor e profissionalismo ao que faziam; que por terem adotado o devido cuidado e respeito às normas legais e às pessoas, de simples motoboys passaram a empresários com brilhante futuro pela frente. E a experiência adquirida transmitem-na de forma inteligente aos dedicados empregados.
Quem sabe se esse ‘Presente de Grego’ não foi um alerta para que os empresários que lidam com essa mão de obra repensem no que fazer para o bem estar e segurança dos deus empregados e dessa forma tenham todos, patrões e empregados, melhores resultados?
E sabe quem mais agradecerá por essa postura? A sociedade!
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