O que é Liberdade? Os mais velhinhos, como eu, talvez consigam se lembrar do slogan “…é uma calça velha, azul e desbotada…” Será…?!
Será subir na moto, e, sair sem rumo, devorando quilômetros, curvas e paisagens sem fim, e sem ter que se preocupar com o trabalho, as contas, as pessoas, os compromissos?
Será poder fazer apenas o que se quer, e, quando se quer? Ou, seria nunca precisar fazer qualquer coisa? Ter grana suficiente pro que se deseja, ou, ainda além? Poder comprar, ou consumir, sem limites? Se alguém vive esse contexto, será que isso faz com que se sinta 100% livre?
Ou, Liberdade envolve ter Poder, amplo, geral e irrestrito? Poder pensar, falar, agir, viver, soberana e despreocupadamente, acima dos reles mortais? Será que essa ideia de vida é sustentável, e possível, assim dessa forma tão absoluta? E, sendo ela possível, seria Liberdade gozar desse privilégio egoistamente exclusivista?
Pra cada um, Liberdade assume imagens bem particulares… Mas, aqui, a gente fala do conceito por trás da palavra: é uma ideia grande, e, complexa demais, pra ser limitada por esses apelos comerciais ou ditatoriais. A questão é ainda anterior, ainda mais profunda, mas, também, muito mais próxima, mais viável.
Deixando de lado os Contos da Carochinha, as fantasias mirabolantes e as utopias teóricas, acho que vale seguir uma linha de pensamento prática e funcional: um conceito funciona quando “aterrissa”, quando é pé no chão, quando a gente consegue por a mão nela.
Pra mim e pra você, Liberdade pode ser a gente identificar, organizar, avaliar e decidir, adequadamente, quais opções tem a ver com o resultado que a gente quer, em toda e qualquer situação da vida. Liberdade, acessível e real, significa a possibilidade de fazer escolhas, e de, tendo noção das consequências delas, viver a partir disso.
Se não existe a Liberdade em seu estado puro, porque a gente vive em sociedade, e os limites de alguém estão sempre interdependentemente relacionados aos limites dos outros, qual seria o contraponto? Então, liberdade versus o que…?! Cadeia? Censura? Preconceito? Bem, essas e outras situações restritivas fazem parte do cotidiano de muita gente, mas, são distantes da realidade de todos, de uma forma geral.
Se a sensação de Liberdade é um anseio comum a todo mundo, qual seria a maior barreira (também inerente a todos) a essa percepção? O que está presente em qualquer vida, ainda que escondidinho no subconsciente da gente, e que, com certeza, ameaça de leve (ou, com todas as suas quatro ferozes patas) a Liberdade da gente, em todas as áreas?
Medo!
Sim, esse velho conhecido da gente, que se esconde atrás de vários nomes, mas que, seja qual for sua camuflagem, afasta, corrói, anula a Liberdade. Medo em formatos diversos, variados e personalizados, mas, sempre Medo. Medo de não dar conta, de encarar o futuro, de adoecer, de ser abandonado, da opinião alheia, de fracassar, de sofrer, de viajar de avião, de sentir dor, de ser traído, de ter sucesso, da velhice, da carência, de morrer, de assumir responsabilidades, de perder, de água, do confronto, das bactérias, de se apaixonar…
Quem nunca sentiu Medo, e, por isso, se viu acuado, impelido, tolhido, paralisado, levado de roldão, inseguro, apavorado, infeliz…?! Como pensar e agir com Liberdade, assim?!
O Medo da solidão pode levar à promiscuidade, à traição, perdendo a Liberdade de se relacionar. Quem nunca teve Medo de não ser aprovado pelos outros, e, por isso, comprou, ou se vestiu, ou se comportou, abrindo mão da sua Liberdade de ser? Quem nunca sofreu por Medo de alguma consequência, e, assim, mentiu, trocando sua Liberdade de consciência por um alívio passageiro?
Não é por acaso que naquele antigo, sábio e completo Manual de Vida chamado Bíblia a ordenança que mais se repete ao longo de todas as suas páginas recheadas de atualíssimos princípios pro seu bem estar é: “Não tenha medo…”. Livre-se do Medo, e, seja realmente livre!
Como identificar e trabalhar os próprios Medos, construindo a própria Liberdade dentro de cada particular contexto pessoal?
Autoconhecimento!
Buscar saber quem a gente é, como a gente é, e, quais são os Princípios, as Prioridades. Assim, a gente pode fazer melhores escolhas, mais alinhadas com o que honestamente se aprendeu a saber sobre si mesmo, sobre a própria vida. Pois é, Liberdade de verdade, assim como muitas outras coisas na vida (inclusive a moto), também requer atenção, disciplina, dedicação e manutenção… rsss…
E, tendo melhores e mais satisfatórios resultados, a gente tem espaço, e energia, pra pensar com mais clareza, pra curtir o presente com mais qualidade, pra se relacionar com mais envolvimento, pra olhar pro futuro com mais tranquilidade… Enfim, pra viver com mais significado.
Isso não parece uma Liberdade boa, agradável, plena (e, possível)…?!
Abraços & beijos, e, até a próxima semana!
Eu sou Eduardo Galdeano, sou Planejador Pessoal, sou motociclista, e aproveito essa oportunidade pra conversar sobre assuntos da vida. Aproveite também: leia, divulgue, comente, opine!
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